Capítulo 27 - Trilhas vermelhas.

1.4K 75 26
                                    


Ohana Pov.

Senti seus braços rodearem minha cintura, seu peito se apertando contra as minhas costas. Eu sorri em êxtase, trezentas mil emoções bombardeando o meu corpo.

: - Você achou mesmo que eu iria passar mais um dia longe de você, Ohana?

Larissa beijou o pé do meu ouvido depois de sussurrar, eu podia sentir seu sorriso contra a minha pele. Separei os lábios para suspirar

: - Você é uma filha da mãe, para não dizer coisa pior.

Foi tudo o que eu disse antes de descer do banco e me jogar nos braços dela, uma glória completa. Nos abraçamos com força, suspiramos longamente, nossos corações batendo juntos de um jeito insano. Éramos nós novamente, juntas, respirando no mesmo metro quadrado, as mãos tocando os lugares que foram destinadas a tocar, os corpos grudados de um jeito que seria pecado pensar em separar. Eu não conseguia raciocinar.

: - Meu Deus, Ohana. - Larissa disse com a voz abafada contra a curva do meu pescoço, sua mão direita subindo por minhas costas enquanto a outra se manteve firme na minha nuca. Meus olhos estavam fechados, eu queria sentir cada músculo dela, cada reação à mim, cada palpitação. - Que saudades desse teu cheiro, do teu corpo grudado em mim desse jeito. Por Deus! Que saudades.

Eu sorri. Ela sabia que eu estava sentindo o mesmo. Ficamos longos minutos abraçadas. Com as mãos trêmulas ela segurou meu rosto, nossos olhos se encontraram. Senti minhas pernas fraquejarem com o que enxerguei naquele castanho, um brilho monstruoso fixo em seu olhar. Nós não sorriamos, estávamos tão concentradas em nos adorar que não restava espaço para outra coisa.

Ela estava linda, mais bonita que a imagem da minha mente conseguia se lembrar. Os cabelos soltos caindo por seus ombros.

Em um movimento brusco e rápido, Larissa me puxou pela nuca colando nossas bocas. Eu gemi de satisfação, meu corpo ficando mole de um jeito vergonhoso. Envolvi meus braços em seu pescoço e separei os lábios para receber sua língua aveludada, que deslizou para dentro como se tivesse voltando para o lugar que nunca deveria ter saído.

Larissa enfiou a mão direita entre as mechas do meu cabelo com pressa, fechando seus dedos ao redor delas para puxar com certa força. Nossas línguas começaram uma batalha incansável por espaço, aquele atrito molhado e delicioso nos fazendo suspirar de segundo em segundo. Que saudades eu sentia daquela pegada, daquele gosto, daquele cheiro, daquele beijo alucinante que só ela sabia dar. Beijar Larissa era mesmo um labirinto de sensações, ela fazia você sentir tudo ao mesmo tempo, sem pausa, sem hesitação.

Enquanto ela serpenteava a língua ao redor de meus lábios para logo depois enfiá-la de volta em minha boca, seus dedos faziam carícias delirantes em meu couro cabeludo, seu braço esquerdo ao redor da minha cintura me forçando para frente, me apertando contra ela, me aconchegando, me esfregando. Eu não sabia dizer se o gemido choroso que soltei foi por causa da mordida que ganhei no lábio inferior, ou por causa da chupadinha acompanhada daquele barulhinho gostoso que veio em seguida. Eu só sei dizer que permaneci de olhos fechados quando nossos lábios foram separados, meu corpo e minha alma entregues da melhor forma para ela, minha namorada. Eu sorri. Ela suspirou.

: - Tua boca me deixa... - Abri os olhos para encará-la, as íris em um castanho mais escuro queimavam. Ela não precisava dizer, eu podia enxergar nitidamente como a deixava. E acredite, o efeito era o mesmo em mim. - Você não tem noção do que está me fazendo sentir agora, Ohana.

: - Eu tenho porque você está me fazendo sentir o mesmo.

Ela estava de volta. Estava ali comigo. Depois de trocarmos mais alguns beijos e abraços apertados, Larissa foi deixar suas malas no
meu quarto, logo depois preparamos algo bem gostoso para o nosso jantar. Eu só sabia sorrir.

Falling in love for the last time - Versão Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora