𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 1

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🅜︎🅔︎🅛︎🅐︎🅝︎🅘︎🅔︎ 🅟︎🅞︎🅥︎'🅢︎

Abri meus olhos com dificuldade devido a claridade e me assustei com uma figura masculina sentada em uma cadeira em minha frente me olhando como um maluco.

- Vejo que acordou passarinha - diz ainda me olhando com aqueles olhos como se quisesse me devorar.

Fiquei calada e comecei a tremer talvez pudesse ser de fome ou de medo, enfim o que sei é que naquele momento eu não conseguia dizer nada não conseguia falar nada, queria gritar por ajuda
Queria me levantar e lutar, tentar fugir.

Mas a única coisa que conseguir fazer foi me encolher no canto da parede e ficar calada.
Era como se algo me impedisse de falar ou fazer alguma coisa.

- Está com fome? - disse se levantando da cadeira onde estava sentado - que pergunta a minha, dois dias sem comer como não estar com fome não é passarinha?- e rindo foi até a pequena porta saindo por ela.

Estou morrendo de medo, não sei o que fiz pra estar aqui.
De repente uma súbita vontade de morrer se faz presente, percebi a gravidade dos acontecimentos.

E se eu não conseguir sair daqui?E se eu não sair daqui?
E se eu morrer?Ou pior se esse homem me fazer algum mal ? Se ele me estuprar?

O desespero me atinge e sinto uma angústia grande em meu peito.

Vejo a pequena portinha se abrir e ele sair de lá com uma bandeja em mãos
De longe arrisco ser um pão e um copo, somente.

- Coma passarinha - diz colocando a bandeja perto de minhas pernas - Você está muito magrinha - Seu comentário me deixa desconfortável.

Mas também já era de se esperar, tantos dias sem comer e quando comia era só uma fruta roubada de uma banca de algum horti-fruit.

- Preciso de você bem gordinha, não vai ter graça te comer tão seca - torço pra ele não estar falando no sentido literal e nem no sentido não literal, ambos seriam assustadores pra mim.

Só não entendi como ele quer me engordar com pão e água.

- Ande!!- diz ríspido quando não toco na bandeja- Não tenho o dia todo pra ficar aqui esperando a donzela comer.

Eu que não vou comer esse pão.
Vai que está envenenado?

- Quando eu chegar aqui não quero ver um farelo desse pão ou você sofrerá as consequências!

Olho o velho indo em direção a porta e fico em dúvida se como ou não.

Acho melhor comer.
Se estiver envenenado morro agora mesmo
Se não estiver e não comer acho que morrerei pelas mãos dele.

Com receio pego aquele pedaço de pão e dou a primeira mordida.
Mesmo que seja um simples pão meu estômago agradece por ser a primeira comida ingerida em dias.

Depois de algum tempo o velho voltou e sorrindo olhou pra mim.

- Muito bem passarinha

E pegando a bandeja foi embora.

Olho em volta e não vejo nenhuma saída somente aquela portinha assustadora .
Olho em meu corpo e me vejo ensanguentada com as mãos sujas, uma mistura de sangue e a poeira desse lugar.

Estava sentada no chão em um cômodo escuro e sujo.
Nenhum móvel se fazia presente nesse lugar.

Tento pensar em um jeito de sair daqui mas me sinto cansada o suficiente para não conseguir formular nenhuma ideia concreta.

Tento lutar contra o cansaço e não dormir
Não sei o que me espera acordada quem dirá dormindo.

Estou fraca e com sono, tanto sono que nem vejo quando deito no chão gélido com a mão esquerda pra cima devido estar acorrentada e fecho os olhos.
E sem perceber o sono me toma e lá estou eu.
Frágil, indefesa, fraca e agora, sem nenhum tipo de proteção.

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𝙷𝙴𝚈, 𝙲𝚘𝚖𝚘 𝚎𝚜𝚝𝚊̃𝚘?
𝚟𝚘𝚝𝚎𝚖  𝚎  𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎𝚖  𝚋𝚊𝚜𝚝𝚊𝚗𝚝𝚎, 𝚙𝚘𝚒𝚜  𝚊𝚓𝚞𝚍𝚊 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘!
𝙰𝚝𝚎́ 𝚘 𝚙𝚛𝚘𝚡𝚒𝚖𝚘 𝚌𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘       ♡´・ᴗ・'♡

Fugindo do inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora