𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 3

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🅜︎🅔︎🅛︎🅐︎🅝︎🅘︎🅔︎ 🅟︎🅞︎🅥︎'🅢︎

Algum tempo depois o homem entra pela portinha com uma algema em mãos.
E com uma chave me solta brutalmente da barra de ferro onde estava acorrentada.

Nem deu tempo de sentir o alívio de ter as mãos soltas, pois no mesmo instante ele me agarra pela cintura colocando meus braços para trás.

Sinto nojo e vontade de vomitar quando o velho começa a beijar meu pescoço e dizer que sou linda, gostosa e várias outras coisas que se não fosse por esse contexto me sentiria bem, admirada.

Mas nesse momento o que eu sinto com essas palavras são nojo,medo e tudo de ruim.

Enquanto uma de suas mãos me seguram com força, me machucando, a outra passeia pelo meu corpo e as lágrimas molham meu rosto.

Rapidamente a algema que ele segurava é colocada nos meus pulsos e ele me puxa até a portinha me levando pra fora dela.

Por fora posso constatar que isso é uma espécie de porta secreta, pois do lado de fora,quando a portinha é fechada ela se funde a parede e desaparece.

Andamos por um corredor escuro, até chegar em uma porta de madeira, a casa toda era escura.
Parece que nem tinha janelas ou talvez isso nem fosse uma casa.

Tentei o máximo não gritar e "cooperar" nesses últimos dias e nesse momento,para que o homem (o qual nem o nome sei, e não quero saber) me deixe sozinha nesse tal banho.

Assim tenho mais chances de fugir.
Sei que até agora eu pareci idiota por não ter gritado por ajuda. Mas, se gritasse ele iria me vigiar por achar que eu iria fugir então 0 chances de escapar daqui.

Quando ele destrancou a porta fechei meus olhos devido a claridade e fui puxada novamente.

Por fora era tipo uma floresta com casas bem distantes uma da outra.
Pude ver as casas pois essa espécie de rancho em que estava fica no alto de uma colina.

Tentei olhar bem os detalhes do lugar pra caso não consiga fugir e volte pra cá, talvez tenha uma segunda tentativa.

Fui empurrada mais uma vez pra andar, e descemos aquela colina até chegar em uma casa , velha, acabada. Mas quando entramos estava limpa e organizada.
Nem parece que é desse imundo aí ao meu lado.

Então lembrei que ele disse da esposa.
E se ela estiver aqui vai me ajudar?
Melhor não, se ela estiver com ele, ele me mata nesse mesmo instante.

Esse tempo todo de silêncio estava me assustando.
Era como se ele estivesse calado pra me observar, tentar ver minhas reações e saber se eu ia fugir ou não.

Enquanto adentravamos mais na casa pude ver o quão pobre ele parecia ser.
Os móveis caídos aos pedaços, o piso de madeira com alguns lugares faltando, o telhado com mais espaço com buraco do que coberto.

Chegamos ao banheiro e ele me jogou lá dentro com força.

- Tome banho rápido, não sei se minha mulher vai demorar- disse com uma cara de bosta.

Olhei ao redor do banheiro e vi um monte com roupas e uma toalha.

Virei de frente pra ele, ainda sem dizer uma palavra e gesticulei para que me soltasse das algemas.

- Se você fizer uma gracinha eu te mato na hora,nem espero você estar gorda pra te matar, entendeu?- olhou em meus olhos esperando uma resposta - Entendeu, Porra?- Gritou e assenti com a cabeça.

Tirou as algemas e suspirei aliviada, massageei meus pulsos já vermelhos por ficarem tantos dias presos.

Quando olhei pra cima ele me olhou com uma cara de " tá esperando oque?"
E olhei pra porta do banheiro.

- Ah! Você está escolhendo de mais não, passarinha?- segurou meu maxilar com força e gemi de dor.

- Vou satisfazer sua vontade- soltou meu rosto e se distanciou - Mas só dessa vez, hein?

Fechou a porta e me apressei em tirar minhas roupas e começar a tomar banho.
Quanto menos tempo de banho, mais tempo de fuga eu tinha.
Tirei todo o sangue seco do meu corpo passei uma água no cabelo e passei um resto sabonete que havia ali em meu corpo.

Sai do chuveiro e com ele ainda ligado e vesti as roupas que estavam na pia.

Olhei em volta buscando uma saída e vi uma pequena janela que fazia a passagem de ar.

Como não estou comendo direito a dias acho que consigo passar.
E depois é só correr e torcer pra não morrer.

É agora ou nunca!

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Fugindo do inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora