Capítulo 2

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Fazia cerca de meia hora que Harry encontrava-se na idêntica posição enquanto encarava o teto e tentava contar quantos problemas precisava resolver, começando pelo simplório fato de precisar de um emprego.

O luxo do apartamento onde moravam situava-se nos pequenos e expressivos detalhes: o acabamento de alta qualidade, materiais como mármores, madeiras nobres e porcelanatos eram algumas das marcas registradas do ambientes.

Além disso, como foi projetada por um arquiteto específico, Harry tinha o próprio quarto dos sonhos em sua cama de dossel e terminou criando um ambiente tão confortável em seu quarto que se perguntassem um local para passar o resto de sua vida, ele não hesitaria antes de responder lá.

No período onde ele e Louis cessaram não sendo mais capazes de suportar a tensão e o carinho que passava longe de ser amigável, Harry acabava por dormir com ele, em seu quarto, todas as noite.

Ainda assim, nunca abriu mão de seu cantinho único e quando Tomlinson não estava em casa, o cacheado ficava estudando através do computador em sua mesa inteiramente minimalista e organizada em tons neutros com uma iluminação amarelada de um abajur.

Agora, ele podia voltar a morar naquele quarto. Isto caso os barulhos de panelas caindo não desviassem toda a sua atenção, seguida de uma gargalhada de Louis, pela própria bagunça que fazia.

— Pelo amor de Deus, o tempo passa e esse homem nunca amadurece. — Suspirou Harry, levantando-se já estressado.

— Oh, bom dia, flor do dia! — Louis riu assim que o notou chegar. Ele estava sem camisa, apenas com uma bermuda e encontrava-se agachado ao passo que recolhia as panelas esparramadas pelo chão. — Eu te acordei?

— Claro, né, Tomlinson! Pergunta besta. — Resmungou, dramatizando ao tempo que se jogava no sofá da sala.

— Não é culpa minha se você tem vida de madame e pode acordar a hora que quiser. — Lamentou falsamente Louis, abrindo um ovo na frigideira. — Eu sou trabalhador, sabia? Tenho horário para cumprir.

— Primeiramente, não tenho vida de madame, estou a procura de um emprego. E segundamente, você pode muito bem sair a hora que quiser, se soubesse não derrubar todas as merdas das panelas que estão no armário!

— Mas eu precisava da última. — Defendeu-se com seu típico tom de sonsice vindo à tona. — E aí, quando eu a puxei, todas caíram. Não foi minha culpa...

— E a sua gargalhada logo após o ocorrido? Hein? Claramente, não estava preocupado em me acordar. — Styles bufou.

— Mas eu não estava preocupado mesmo. — Louis riu, olhando-o por cima do ombro, antes de retomar a atenção no omelete. — De qualquer forma, você estava a 4 meses viajando, logo, não merece mais horas de sono do que eu.

— Ah, Tomlinson, vá se foder. — Harry o mostrou seu dedo do meio, anteriormente de fazer careta ao sentir o cheiro do omelete que ele preparava. — Ovos, manteiga e baicon, sério? Não podia ser mais gorduroso, não? Depois passa mal e me fala que não sabe porquê.

— Blá-blá-blá. — Louis arremessou o omelete da frigideira para o prato, encaminhando-se para comer na mesa ao lado do sofá. — Ah, me mama, porra.

— Jamais cometeria tal tortura. — Harry riu irônico.

— Algo me diz que você já cometeu. — Sorriu cafajeste, antes de devorar seu café da manhã. — E não me recordo de ouvir você reclamar...

— É óbvio. — O cacheado revirou os olhos. — Eu estava cego naquela época.

— Cego, uhum.

Tomlinson continuou comendo seu omelete tranquilamente e Harry ficou silencioso, de repente, ao se dar conta de algo.

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