Capítulo 4

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Serenamente, Harry dormia em sua cama dossel com um colchão agudamente macio e ressonava baixinho em completo estado de paz.

Mas isso se manteve somente até ser rudemente acordado pelos barulhos de Louis.

De novo.

— Ainda irei matar esse homem. — Amaldiçoou baixinho, levantando-se. — Eu prometo.

O escândalo não cessou.

Styles calçou suas pantufas, enrolando-se no roupão, antes de abrir a porta de seu quarto e ir até a sala.

— Posso saber porquê caralhos esse escândalo todo às 7 da manhã? — Coçou os olhos, suspirando fundo. Já era a segunda vez seguida que Tomlinson fazia aquilo. — Não sei se sabe, mas é possível respeitar o sono alheio.

— Olhe isso! — Com perplexidade, Louis apontou para os aparelhos auditivos de Harry sobre o móvel onde situava-se a Tv. — Você não pode deixá-los jogados assim, Harry, pelo amor de Deus.

Sua testa franziu-se em confusão, mal conseguindo processar, uma parte de seu cérebro ainda encontrava-se adormecido.

Mas seu queixo faltou tocar o chão, quando entendeu.

Por ter nascido prematuro com apenas 7 meses, Styles não teve sua audição desenvolvida por completo e descobriu aos 4 anos, que havia uma singela perda auditiva.

No cotidiano, não fazia muita diferença porque ele era capaz de escutar até que bem sem os aparelhos, como naquela mesma situação, em que fora despertado pelos gritos de Tomlinson.

Porém, sim, ele ouvia um pouquinho mais baixo que o comum.

Usando seus aparelhos auditivos, sua audição se normalizava.

A perda era pouca e por isso nunca fora algo tão revelante em sua vida, embora Harry houvesse passado por algumas situações desagradáveis quando mais jovem.

Incluindo o bullying, mais expresso durante a infância, uma vez que o ridicularizavam, chamando-o de surdo na escola.

E isso nem era o pior, pois nada conseguia ser mais doloroso do que deparar-se com burburinhos e olhares demorados demais para os aparelhos em suas orelhas.

Apesar disso, Louis sempre fora o seu protetor nato, e de seus aparelhos auditivos também.

Eles eram extremamente caros, uma vez que eram o de última linha e necessitava haver cuidado para não quebrá-los por sua delicadeza.

Ás vezes, Harry nem notava deixá-los jogados em algum canto, mas Louis sempre brigava com si por isso e dado a cena que presenteava, isso não havia mudado.

— Olha, eu... — Esvaiu-se do ar pesado. — Só me esqueci de guarda-los, cheguei tarde.

— Se esqueceu? Harry, isso é importante! — Suspira. — Não pode sair deixando em qualquer lugar. Eu sei que você mal costuma usá-los em casa, mas também sei que fica desconfortável quando te falam algo na rua e você até ouve, mas não consegue entender ao certo o que disseram. Então, por favor, tenha mais cuidado com os seus aparelhos.

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