O PLANO

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Ao retornar ao universo de Dylan Áureo, gotas intensas de chuva começam a respingar nas roupas e no rosto de Dylan e Emma. Ao olhar para o céu escuro, que está tomado por nuvens e raios, tomado por um nervosismo angustiante, ele gritou:
– Dylan!
Poucos segundos se passaram até que, em meio aos raios, um ser voador surgisse. Brilhando em tons de roxo e amarelo. Ao pousar no chão, Dylan vê o Cristalsapien que Áureo se transformou, fazendo-o se lembrar de Sugilite nesse mesmo momento.
– Vim assim que percebi sua presença. – Áureo disse, em seguida olhando para Emma nos braços dele.
– Eu não sei o que aconteceu!
O Crystalsapien se aproximou e observou ela. Ele viu o colar da mesma, com os dois amuletos grudados. Parecia que ele já sabia o que havia ocorrido.
– Você atiçou uma das irmãs Bezel quando aproximou os amuletos. – Ele disse. – Quando uma acordou, a outra que está dentro de Emma também. Mas ela não possui o equilíbrio.
– Ela sofreu amnésia! – Dylan afirma. – A anos que ela não se lembra de várias coisas.
Quando Dylan disse isso, as coisas pareciam fazer sentido. Ao pensar um pouco, ele pega Emma pelos braços e diz:
– Venha comigo.
Os dois voaram juntos até casa. Ao invés de abrir a porta com a senha, Áureo forçou a maçaneta da porta, parecia estar travada, mas ela abriu e com isso, acabou mostrando seu quarto normal. Emma foi deixada na cama dele.
– O que você vai fazer? – Dylan perguntou.
– Se ela já usou esses poderes de Bezel antes, talvez só precise de um estímulo, fazer ela recuperar as memórias.
Dylan se lembrou de como tentou entender o cérebro humano e que não sabia como isso poderia dar certo.
– Isso pode demorar anos até você achar a solução, a mente é confusa e... – Áureo o interrompeu nessa hora.
– Apesar de você estar certo... acho que se esqueceu que eu posso ver tudo, Dylan. – Ele olhou para o mesmo, com seus olhos bem abertos, refletindo o vasto desconhecido do universo. – Eu vou trazer Emma de volta.
Dylan não disse nada. Um breve sentimento de confiança aflorou em si. Ele olha pra Emma deitada na cama, imóvel e com os olhos abertos e vazios, o medo era grande e o sentimento de culpa ainda maior.
– Isso me faz lembrar de antes, quando eu falhei. Eu fiz a escolha errada e acabei estragando tudo. – Ele olhou para o lado e deu uma breve risada. – Ainda é possível que eu não consiga derrotar aquela criatura lá fora.
Áureo compreende o que ele sente, com isso, toca no ombro de Dylan e diz:
– Paradoxo me contou um pouco sobre você, quando veio até mim. O Destino talvez seja como uma correnteza, e nossas escolhas são como pedras jogadas na água. Talvez o rumo não mude, mas as águas estarão para sempre alteradas. – Dylan voltou a olhar para Áureo enquanto dizia aquelas palavras. – Apesar de difícil, somos a prova viva de que fazemos escolhas além do Destino. Senão, por que somos tão diferentes? Por favor, aceite as escolhas que já fez, e confie no que irá fazer.
Enquanto isso, Âmbar, Dayla e Dyl esperavam por alguma resposta de Dylan na fortaleza do Paradoxo. Dyl havia saído da sala de registros e estava muito desfocado desde então.
– O que você tem? – Âmbar perguntou para Dyl, enquanto ele olhava para a janela.
– Nada. – Ele respondeu friamente.
Âmbar e Dayla se olham, achando estranho essa atitude, mas, logo em seguida, os três se surpreenderam com o teletransportador se reativando. Dylan havia retornado à fortaleza. mbar correu até ele, preocupado, ele diz:
– Está tudo bem? – Ele o olhou mais de perto nesse momento. – Por que você está molhado?
Por um breve momento, Dylan teve a mesma visão de antes. O céu azul com nuvens brancas, o chão refletia o céu. Um ser estrelado estava com os braços erguidos e, abaixo dele, havia uma pessoa caída. Com roupas pretas e partes douradas. Era isso que ele precisava?
– Precisamos derrotar o monstro. – Dylan disse. Ele sentia confiança.
– Então... – Dayla disse. – Pensamos em um plano enquanto você estava fora.
Dylan olhou para ela, ele queria ouvir o que eles tem em mente. Âmbar começou a falar sobre:
– Minha espada pode absorver e expelir energia, que nem eu fiz quando enfrentamos o monstro. Então, pensamos... – Dayla começou a falar a partir desse ponto.
– Poderíamos usar dessa energia contra o monstro, porém, ele ja sabe que mbar pode fazer isso contra ele e a criatura não deve ser burra.
– É por isso que pensamos... – Âmbar continua. – E se não precisarmos matar a criatura nesse momento, mas sim, fechar o portal coma energia dela e ganhar tempo? Dyl leu os arquivos do Paradoxo e...
Dylan olhou para ele nesse mesmo momento. Várias dúvidas vieram à sua mente. Será que Dyl leu o registro que dizia sobre o Sapien Celestial? O que ele sabe?
– Aparentemente, a fissura que se abriu está sendo aos poucos forçada a se abrir mais com o uso da energia dessa criatura. – Dayla afirma. – Essa criatura usa energia cósmica para forçar a abertura. Roendo aos poucos o tecido do espaço tempo. Porém. Se usarmos essa energia, podemos reverter o processo.
– Mas o que garante que isso não vai abrir mais ainda o portal? – Dylan pergunta.
– Fácil. Com o uso do Feedback, é possível consumir a energia e reproduzi-la, revertendo a polaridade, ele é o melhor Alien condutor que existe, é quase perfeito. Com isso, essa energia é transmitida de volta para a espada, que lança a energia de uma maneira constante e singular contra o portal.
– Como vocês sabem disso?
Os três se olharam nesse momento e depois olharam para Dylan.
– Faz quase dois dias que você saiu indo se encontrar com a Emma. – Âmbar afirma.
– O tempo corre diferente aqui. – Dyl afirma.
Dylan então pensou na possibilidade do plano não dar certo. Depois se lembrou do que Paradoxo dizia sobre o Sapien Celestial, tem que ser isso.
– Antes de tentarmos algo. Quero pedir um favor. – Dylan diz aos três. – Me esperem de dentro do portal, no meu universo, eu irei tentar fazer algo a mais no plano de vocês e todos estarão seguros.
– O que? – Âmbar questiona. – Depois de tudo o que bolamos, o tempo que levamos para se encontrar, a gente tinha que enfrentar essa coisa juntos.
– É uma maneira mais segura. Eu não sei como isso vai funcionar, mas preciso que confiem em mim. Eu confio em vocês.
Dyl sabia sobre o que isso se tratava. Dayla e Âmbar, por não entenderem o que ele pretende, ficam pensativos, e Dylan percebeu isso. Ao se aproximar dos dois , Dylan diz:
– O plano de vocês é genial. Mas acho que preciso tentar uma coisa antes disso. – Por fim ele olha para Âmbar. – Eu confio em você para liderar eles, você confia em mim?
Dylan estendeu a mão dourada para ele, para cumprimentá-lo. mbar olhou para ele nesse momento e, enfim, apertou sua mão se cumprimentado. Por fim, Dylan pede:
– Preciso que ligue o teletransportador. – Os dois começaram a caminhar até o maquinário. Dayla olhou para Dyl, e o viu olhando fixamente para Dylan de uma maneira que transmite más intenções, seu olhar e estranho. – Coloque na coordenada 10011.
O brilho intenso do portal se ativando começou a se emitir. Dylan caminhou em direção ao pedestal. Ao subir um degrau, rapidamente Dyl correu até ele, tentando chegar antes.
– O que é isso? – Ambar questiona.
Quando Dylan se virou, ele apenas viu o rosto de Dyl, indo em direção a ele com um olhar zangado. Dyl tentou o empurrar para o lado, longe do portal, mas Dylan se segurou e o segurou também. Ele estava usando sua mão metálica para tentar contê-lo, porém, não queria machucá-lo.
Nesse momento, Dyl, usou a outra mão para tentar socar Dylan. Ele conseguiu segurar seu punho na mesma hora.

O sistema de segurança enfim soou um sinal, dizendo:– Alarme, o teletransportador  não pode ficar aberto por muito tempo

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O sistema de segurança enfim soou um sinal, dizendo:
– Alarme, o teletransportador não pode ficar aberto por muito tempo. Tempo de funcionamento aceitável é de 30 segundos. Consequências graves podem acontecer contra a fortaleza e a integridade do sistema a partir desse tempo.
– O portal vai perder controle! – mbar disse. – Quem cria um portal que pode ferrar tudo?
– Eu vou usar o poder do Sapien Celestial! – Dyl afirma, dizendo isso para Dylan. Os dois se seguraram ali.
– Você não entende!
– Eu não me importo com seu mundo, eu vou salvar o meu. – Dyl afirma. – Me larga!
Dylan então olhou para o portal, depois para mbar e Dayla, ele não podia piorar a situação, por isso, ele puxa Dyl junto consigo para dentro do portal, que estava aberto a quase um minuto e drenando a energia do motor.
Quando os dois passaram pelo feixe de energia, o mesmo se fechou.
– Energia do motor quase esgotada. Entrando em modo de recarga. – Dizia o sistema da fortaleza. – aguarde a recarga.
– Ótimo! – Âmbar diz, ironicamente. – Estamos presos aqui
Todas as luzes estavam desligadas e foram substituídas pelas luzes de emergência, que emitem um brilho vermelho.
– Que merda foi essa que acabou de acontecer? – Dayla pergunta.
mbar começa a pensar no que tinha acontecido.
– Acho que não deveria confiar no Dyl desde o começo.
– Ele era estranho mas... não era mal, né?
mbar olhou para Dayla depois que ela disse isso.
– Ele me disse que, em todos os dias que usou o Omnitrix, ele deixou somente um super-vilão vivo. – Dayla parecia não entender, mas estava curiosa. – Era ele mesmo.
– Um assassino?
Âmbar e Dayla ficaram muito preocupado com isso, olhando de volta para o portal inativo e se perguntando: Para onde será que eles foram?
Dylan e Dyl caíram no chão quando se teletransportaram. Ao sentir o solo, eles percebem que se encontram em um ambiente frio, o chão parecia ter uma fina camada de água. O chão refletia seus rostos e o céu. Um céu azulado, cheio de nuvens brancas. Se olhar com mais atenção, vai dar para ver estrelas. Não eram estrelas, na verdade, eram universos.
Bem no centro, os dois olharam a mesma coisa. Exatamente o que Dylan viu nas visões. Por que ele as teve? Por que ele viu aquilo? Por que ele viu o Alien X? Seus braços estavam estendidos e presos a um arco dourado. Uma prisão?
– O que você quer com isso, Dyl? – Ele perguntou.
– Eu vou conseguir consertar meu mundo. Apagar o mal.
Ao olhar para Dyl, os dois se levantam. Estando um frente ao outro,
– E você sabe o que é o mal? Sabe diferenciar? – Dylan o questiona.
– Eu quero redenção.
– Você é mal.
Dylan não tinha certeza sobre isso. Mas ainda sim, ele seguiu o conselho de Paradoxo ao conhecer seu pior lado. Ele se encontrou. Ele conhece seus limites. Por fim, ele diz:
– Eu não vou deixar você ir até ele.
Dyl deu uma rápida risada. Depois olha para Dylan com um olhar intenso.
– Então teremos um segundo round. – Dyl afirma, se preparando para se transformar. – Não vou me segurar dessa vez.

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