2. Sobre portas e janelas.

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Hellou, voltei como prometido que eu falei que seria terça mas na vdd era quarta (já é quarta)

Hellou, voltei como prometido que eu falei que seria terça mas na vdd era quarta (já é quarta)

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"Às vezes você precisa fechar uma porta para abrir uma janela"

Tyler, The Creator - NEW MAGIC WAND


Um ano depois.

Belial soltou um grande bocejo que mais parecia um rugido antes de voltar a deitar sua grande cabeça perto do pé de Sakura. Tempos atrás, ela estremeceria de medo de ver seu pequeno pé gordo perto daqueles dentes enormes.

Abaixou a mão, esfregando entre as orelhas e voltou a atenção para a pasta cheia de relatórios. Também, a algum tempo atrás, ler essas folhas, para ela era como ler outra língua.

Mas ali havia muito mais do que um desafio linguístico concretizado, era o que se podia chamar de milagre. Aconteceu que alguém disse que ela poderia aprender sobre administração, e ela descobriu que poderia mesmo, que ela poderia viajar para a Itália, conhecer Roma e o Vaticano, passear de lancha na costa Amalfitana, comer e dormir numa mansão em Verona, beber vinho enquanto deslizava pelas águas azuis de Veneza.

Tudo isso enquanto ainda aprendia sobre manejar a administração de grandes redes hoteleiras, surfando em milhares de cifras e se esquivando do perigo nas esquinas da máfia, também claro.

No fim, não era um milagre, apenas o lado ensolarado de uma situação complexa.

Não que fosse uma reclamação. O que cai do céu não é para ser questionado.

Sentiu um abraço forte por trás, e por um instante sentiu calafrios antes de perceber que era apenas Karin – que também poderia ser assustadora – saudando-a com seus abraços apertados.

— Já acordou, querida?

— E você acordada tão cedo? Não me diga que está ansiosa? – Karin rebateu, seu forte acento italiano ainda era um pouco desafiador para Sakura. A jovem contornou a poltrona e onde estava, passando por sobre Belial e foi se acomodar na outra poltrona.

Sakura sorriu, tentando parecer natural. Se sentia emocionada que Karin e os rapazes gostassem tanto dela, porque fora o lado obscuro, a família Uchiha foi extremamente calorosa com ela. Diria até que estranhamente afetuosa, mesmo assim ela era agradecida de ter uma oportunidade tão valiosa que não era dada nem a pessoas jovens, quanto menos a alguém como ela.

Karin era mais velha que Cheryl, mas seu temperamento ácido, talvez até seus cabelos ruivos eram o que despertavam o lado materno de Sakura, e talvez a falta de uma mãe fizesse Karin se sentir da mesma forma sobre a ideia de ela voltar para a América, sua casa, perto dos filhos cujo único meio de contato foi lançado nas águas da baía quando passaram pela ponte.

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