Dominado por Ele 📍 Livro 2 ... Verdades da Máfia

Primeiro encontro

Antes

- Já chega Gulf !! - suspiro irritado, mais uma vez, lá estava Bright querendo me controlar, era como um irmão mais velho ainda que tivéssemos a mesma idade, mas acho que por ter salvo ele daquela vida patética de pedinte, ele agora acha que me deve algo. Bem ele realmente deve, o dinheiro que tem, as vadias que come depois que arrumei aquele cabelo e corpo lamentável que ele tinha. Mas não me importo com isso, meu alvo é grande demais para que outras coisas roubem minha atenção - Tá já parei, pode jogar ele no rio - me ergo do chão, abandonado ali o corpo ao qual eu atingia até pouco tempo atrás.

Me sento em uma cadeira recebendo um garrafa de água em minhas mãos, naquele ângulo consigo encarar perfeitamente a porta de entrada do escritório, talvez pela exaustão do corpo minhas barreiras descem trazendo aquelas lembranças irritante de volta.

A mulher foi jogada no chão, sempre amparada pela criança que chorava ao seu lado - Esta mesmo disposta a se colocar no lugar dele ? - o homem barbudo que se aproximou, puxa os cabelos da mulher lhe fazendo erguer o rosto, e observar de perto enquanto ele toca com desejo o rosto moreno do menor. A mulher chorosa e devastada apenas implora pra que o garoto seja liberado, prometendo fazer qualquer coisa que o homem assim quisesse, se ele pudesse prometer a integridade do garoto.

Sorrindo de forma asquerosa o homem lambe o rosto da mulher, tornando a jogá-la no chão, e dando ordens a seus homens de que a levassem e preparassem para algo que o menor não entendeu. Mas infelizmente a partir daquele dia se tornou uma cena comum a sua vida.

- Ahhh, os milagres de um banho morno - mergulho por inteiro na água quente da banheira, os sais de banho evaporaram ao meu redor fazendo cosquinhas em minha pele. Os últimos anos tem sido difíceis, não que os antes deles tenham sido fáceis alguma vez, mas agora ser o responsável por praticamente tudo, era estressante demais. Lidar com coisas as quais eu mais repudiava em minha vida, foi assustador mas com a ajuda de algumas pessoas meu fardo foi aliviado, Bright era um desses, um amigo que fiz ainda que não em um cenário amistoso, se tornou alguém em que tenho confiança, o que é raro nesse meio onde o poder é mais importante do que lealdade e princípios. Meus pensamentos viajam enquanto a espuma começa a sumir e a água esfriar, saio da banheira me sentindo revigorado. Me visto com uma box preta e uma camisa solta, ao contrário do que possam imaginar devido a minha " profissão" não gosto de tons escuros, sou mais chegado aos pastéis e neutros, mas em algumas ocasiões os preto e vermelho passam um bom recado.

Me jogo na cama, pegando o celular e oscilando entre assistir uma série ou um porno, franzi as sobrancelhas quando o aparelho toca, indicando uma chamada em andamento - O que quer Vachirawit ?? - a voz agitada que vem do outro lado me atinge - Ele chegou - me aprumo na cama - O que ??? Como, não era pra acontecer tão cedo - meu cérebro já começa a perder o foco - Não sei, mas estão ... - os barulhos de tiro já começavam a ser ouvidos pela casa e através do aparelho - Porra... Vaii, sai de logo e espera eu te procurar. Fica escondido, entendeu ! - instrui Brigth enquanto já corria em direção ao banheiro. Arranco o terceiro azulejo da segunda fileira de cima pra baixo, abrindo o fundo falso que havia ali. Jogo o celular lá dentro, junto com alguns documentos e dólares. Fecho novamente e corro pro quarto já ouvindo a baderna lá fora aumentar - Vamos lá Kanawut, chegou a hora, mostra teu talento - me ajeito na cama, demorando um pouco pra escolher a pose mais inocente que conseguisse, mas por fim apenas permaneço sentado na cama - Lágrimas, preciso de lágrimas - pensei em voltar no banheiro e molhar o rosto, mas não seria suficiente, estou preste a alcançar um colírio na gaveta ao lado da cama quando a porta é aberta, e duas sombras enormes com armas em punho invadiram meu quarto. Me faço de surpreso, deixando até um gritinho fino ecoar pelo quarto. Um deles manda que eu não me mexa, enquanto outro parece chamar alguém pelo ponto em sua orelha. Momentos depois um homem alto, com ombros largos e um semblante sério atravessa a porta. Ele se aproxima de mim, mas eu me mantenho imóvel - Quem é você ? - as armas continuam sendo apontadas pra mim, mas mantenho o teatro, respirando devagar e optando por me manter em silêncio, fingindo estar muito assustado pra falar qualquer coisa.

Ele me olha dos pés à cabeça, e tenho que me segurar pra não morder os lábios, "oh homem gostoso, faria muito ele na minha cama ". Após alguns segundos, ele instrui os outros dois a manter os olhos sobre mim, enquanto ele deixa o quarto - Ele deve ta indo buscar o chefe - sussurrou um dos homens, eu pisco algumas vezes, me encolhendo um pouco mais na cama e abraçando as pernas, escondendo meu rosto entre os joelhos e tendo que usar uma manobra infantil pra me dar credibilidade. Enfiei o mais discreto possível os dedos na garganta, esperando o reflexo de vômito pra me causar lágrimas nos olhos, eu tinha dificuldades de vomitar, então não corria o risco de ser descoberto, até por que os outros dois não estavam nem um pouco preocupados comigo pra dizer a verdade. " O tal Suppasit devia rever seus guardas ". Ouço eles cumprimentando alguém que se aproximava, esfrego rapidamente os dedos úmidos no lençol e ergo minha cabeça, não estando preparado pro que via diante de meus olhos.

Aqueles ombros largos, vestido em um terno impecavelmente alinhado àquele corpo PER.FEI.TO. Ele vinham se aproximando e me deixando cada vez mais quente, aquele homem era um tesão ambulante, eu precisava manter o personagem, mas quando seu cheiro de Whisky e cigarros, misturado a pólvora e sangue chegaram até mim, senti uma contração no estomago. - Que bela surpresa - a voz rouca que saiu dos finos lábios enquanto aquela mão grande e veiuda segurava meu queixo, quase arruinou meu plano. Tive que usar todas minhas forças para manter o controle de meu pênis, ou ele teria saltado diante dos olhos daquele cara implorando pra ser chupado. Mas não estava funcionando, aquele homem era gostoso demais pra deixar passar, vi que ele ergueu a mão como se fosse me bater, e se ele fizesse, eu praticamente gozaria na frente dele. Aproveito a deixa pra fechar os olhos como se estivesse com medo, assim que o escuro cobre meus pensamentos penso em qualquer coisa que me deixe mais calmo, porém os abro rapidamente quando sinto o calor de sua mão contra minha bochecha. Um toque tão cálido que me surpreende me fazendo encara-lo novamente, o sorriso cafajeste que enfeita aquele rosto e seus olhos profundo quase me hipnotizaram, estava tão perdido ali que não pude conter o ofego quando suas mãos destruíram minha camisa " Puta que pariu, era minha preferida seu maluco ". Rapidamente cobri meu membro, que já se tornava duro ali embaixo, se ele visse que eu estava excitado jamais acreditaria na mentira da "vítima virgem". Por sorte ele não parece ter notado, bom pra mim, mas quando mais aquele demônio me observava, lambendo os lábios e deixando estampado em seu rosto aquele olhar de desejo, mais difícil fica pra mim controlar a ereção.

Ouvi muito falar do tal Suppasit, o floricultor ou qualquer outra merda de apelido brega, mas achei que ele fosse o tipo velho decrépito que coleciona brinquedos e se acha irresistível, nunca tive muita descrição física sobre ele. Aquele infeliz apenas explorava as pessoas, não era muito de conversar com elas. Mas agora diante desse homem, percebo que talvez minha missão não seja de todo uma tortuosa vingança, talvez eu possa ter algumas alegrias durante o tempo em que estiver infiltrado em sua máfia.

Vejo ele me encarar mais um pouco, sorrindo, antes de acender um cigarro. Ele se aproxima do outro gostoso, que se eu tiver a chance pego também. Ainda estava nervoso, tudo dependia de conseguir sua atenção, mas logo a excitação foi substituída pelo alívio quando um tapinha foi dado no ombro do homem e as palavras saíram sussurradas de sua boca junto com a fumaça escura do cigarro - Leve-o para o jardim.

Obrigada por ler 🌻 ☀️