Welcome to the Jungle

Recomeço

JIMIN

Senti o doce encostar dos seus lábios em minha pele. Os dedos longos me acariciaram sem pressa. Observei-o cuidadosamente, cada detalhe do rosto agora desperto era lindo.

— Eu senti sua falta, todos os dias — disse num sussurro.

Seu olhar castanho, as linhas marcantes dos seus lábios finos e o cabelo preto como o céu de uma noite estrelada.

— Me perdoe — falou com remorso. — Se suas contas estiverem certas, eu dormi por quase cem dias e noites. Fiquei com medo que me odiasse.

Senti seu hálito tocar a curva do meu pescoço, estremeci.

— Como poderia odiar o lobo que acolheu? Não foi sua culpa, mesmo de olhos fechados, eu o senti sempre por perto — respondi. — Você nunca me deixou de verdade.

— É bondade sua pensar tão bem de um ser como eu, um lobo não merece sua dedicação, eu causei um grande alvoroço — ele tocou minha barriga. — Foi você que lutou com bravura, graças a sua coragem muitos dos nossos conseguiram retornar para casa.

— Suas palavras me fazem parecer importante — sorri agradecido, encostando minha testa na sua. — Mas, ainda há muito o que fazer.

Ele sorriu, debruçando o rosto em minha direção.

— De certo, você é a pessoa mais importante do mundo para mim, assim como nossos filhotes serão a esperança do norte.

Eu deveria lhe contar a verdade, pensei. Não queria preocupá-lo, justo agora que se martirizava por não estar desperto desde o que aconteceu no oeste.

Aproveitar cada instante da sua total presença agora era tudo o que meu coração desejava, o corpo ansiava.

— Me diga, o que você quer? — senti o calor da sua pele e as mãos desfazer o laço que prendia minhas vestes. — Deixe-me cuidar de você por hoje.

— Quero que o dia de hoje nunca acabe, que eu possa permanecer aqui, onde minhas mãos o alcance sempre que desejar.

Minhas palavras sinceras não pareciam mais surpreendê-lo como de costume. Ao contrário, ele sorriu aproximando a palma da minha mão e beijando-a.

— Pois, se esta é a tua vontade, saiba que não hesitarei em atendê-la.

O beijo começou cálido, como uma pequena fagulha na palha seca. Mesmo perdendo o fôlego, os dedos ásperos me tocaram com delicadeza. Não percebi o quanto senti falta desse contato íntimo até chegar ali.

Diante dele, continuava sendo uma ovelha, pronto para ser devorado. Mas, aquele lobo não era mais o mesmo alfa misterioso que me salvou, eu o conhecia melhor agora, e carregava comigo um pedaço de si.

Estremeci a cada deslize dos dedos compridos.

— Jungkook, estou duro — falei, como quem confessa um segredo vergonhoso, com as maçãs do rosto quentes. Mas, não me importava de falar tal coisa a ele, pois seu falo estava marcado no tecido que o cobria.

— Não espere eu pedir, segure como faz com o seu — trouxe minha mão para entre as pernas.

— O que te faz pensar que fiz isso antes?

— Um palpite — respirou fundo quando envolvi seu membro. — Espero que não tenha esquecido a sensação.

— Desde que o conheci, há muitas sensações das quais jamais esquecerei. Ter você dentro de mim é uma delas.

Ele sorriu.

— Isso é bom — disse, encostando ambos os membros.

— É quente — respondi.