Roubos

29 5 0
                                    


Eram quase 22h na delegacia de Gotham. Os polícias trabalhavam avidamente. Alguns em crimes pequenos, outros estavam em interrogatórios, outros se dividiam em equipes para procurar pistas do serial killer e outros estavam responsáveis pelo caso de Chip.

Alguns pareciam estar bem com o trabalho designado, o Comissário Gordon era um bom exemplo de determinação e calma, enquanto poucos só queria estar em qualquer outro caso, tipo a detetive Wheeler.

No momento, essa equipe vasculhava os arquivos do pen-drive de Conner, procurava qualquer coisa suspeita dentro do livro de Rachel, mas todos tinham que esperar o laboratório mandar a análise do óleo de amendoim encontrado no armário de Donna. Aquela sim era a maior suspeita da equipe.

Quando o relógio bateu 22:20, a detetive Wheeler estava preparada para ir embora. Colocou a bolsa no ombro, deixou a chave de sua viatura na gaveta com tranca em sua mesa e se despediu do esquadrão.

- Até amanhã. – acenou

- Até, detetive. – Comissário Gordon assentiu com a cabeça enquanto tomava um gole de café de sua caneca

Mas quando ia sair da sala, alguém alto e grande rompeu pelas portas, parecendo muito irritado. Dois policias vinham atrás dele, ofegantes. Obviamente, falharam em contê-lo no andar de baixo. O Comissário Gordon se levantou imediatamente quando viu quem era o homem.

Bruce Wayne.

E logo atrás dele, estava seu filho caçula, Damian, com um sorriso presunçoso e braços cruzados, com os olhos atirando lâminas na detetive, que assustada com a entrada, deu um passo atrás.

- Sr. Wayne. – Jim cumprimentou – Em que posso ajudá-lo?

- Eu quero falar com a detetive Wheeler! – foi direto, a voz grave e baixa enviando calafrios em Wheeler

Imediatamente, todos da equipe olharam para ela, que respirou fundo e deu um passo à frente, ignorando Damian, que arqueava uma sobrancelha desafiadoramente.

- Sim, Sr. Wayne?

Bruce se virou para ela, parecendo muito irritado. Ele se aproximou até estar bem próximo dela.

- Que ideia foi essa de revirar o armário do meu filho e das outras crianças?

- Sr. Wayne, tive ordens de fazer isso. É uma investigação de homicídio e precisamos...

- Sim, eu entendo isso. – a cortou – O que eu não entendo é como alguém com uma carreira tão promissora foi tão baixa ao ponto de revirar o armário de seis alunos, de uma escola particular, sem um mandato?

O Comissário Gordon arregalou os olhos e se aproximou. A detetive trincou os dentes e amaldiçoou a peste de olhos verdes que continuava com aquele sorriso zombeteiro.

- Sem um mandato? – Jim Gordon perguntou, pasmo – Como assim?

- O que foi que ela disse na escola, Damian? – Bruce se virou para o filho

- "Não preciso de um mandado. Os armários são propriedades da escola, o que torna um mandado dispensável" – ele recitou, exatamente o que lhe foi dito na escola – E começou a fuçar em tudo, apesar dos nossos protestos.

- Detetive Wheeler, isso é verdade? – Jim se virou para ela, com o rosto vermelho. Raiva ou vergonha, talvez os dois

Wheeler sabia que se ficasse em silêncio aumentariam suas consequências, então bufou.

- Você me deu autorização para pedir um mandato quando sugeriram que os armários fossem revistados.

- E eu esperava que você seguisse as regras. Esperasse que o pedido fosse aprovado e estivesse com o mandato em mãos na hora de executar o seu trabalho!

Um de nós é tristeOnde histórias criam vida. Descubra agora