Já era 19:49 da noite quando Conner finalmente chegou em casa depois do longo dia que ele teve. Entre tentar se concentrar nas aulas com o co-capitão do time de basquete falando um monte de besteiras no seu ouvido, perder o treino de basquete, ficar na detenção e presenciar aquela cena sem conseguir fazer muita coisa para ajudar, as últimas 2 horas foram uma benção necessária para ele, e Conner já se sentia mais leve. Ele parou na porta de casa, respondeu a mensagem com um sorriso o rosto e entrou.
Na sala, encontrou seu irmão caçula, Jon, dormindo no sofá com o controle pendurado na mão. Ele sorriu e foi até lá, desligando a TV e puxando o cobertor um pouco mais para cobrir o corpo pequeno de 9 anos do irmão.
- Mãe! Pai! Cheguei! – gritou e foi até a cozinha, ouvindo os passos apressados de seus pais descendo as escadas
- Ah, Conner! – Louis foi a primeira a aparecer na porta, e quando o viu, correu ao filho, o abraçando apertado – Querido, eu sinto muito. Deve ter sido horrível!
- Mãe, do que você tá falando? – perguntou confuso, abraçando a mãe
- A escola ligou e contou o que aconteceu na detenção. – Clark, seu pai, disse. Tanto ele quanto Louis pareciam bem abalados
- Ah, claro. Eu ia contar mais tarde. Mas tá tudo bem, acham que foi uma reação alérgica de alguma coisa que ele comeu no almoço, ele já foi levado para o hospital. – deu de ombros e se virou para a geladeira, pegando o jarro de suco e o colocando sobre o balcão – Amanhã ele já deve estar na escola, irritando todo mundo como sempre. – colocou um pouco de suco em um copo, recebendo silêncio dos pais, que pareciam mais abalados ainda – Que foi?
- Querido, você não sabe? – Louis perguntou com calma
- Sei o quê?
- Filho. – Clark colocou as mãos sobre os ombros de Conner, cuidadoso – O Chip morreu.
Os olhos azuis de Conner se arregalaram e o copo quase escorregou de suas mãos. Clark e Louis o olharam preocupados. O adolescente se sentou em uma das bancadas da cozinha quando uma onda de tontura passou por ele.
- Quando?
- A escola ligou faz 1 hora. Disseram que o hospital registrou a morte mais ou menos meia hora depois que chegou no hospital. Onde você estava?
- Eu... – balançou a cabeça – Eu saí com os garotos do time, a gente foi no... campinho jogar futebol, então eu não fiquei com o celular. – suspirou – Falaram com os pais do Chip?
- Acreditamos que sim.
Conner fixou os olhos no copo de suco de morango, vermelho como o rosto de Chip estava horas atrás. Agora, seu rosto ficaria branco até virar cinza, porque ele estava morto.
Rachel escorregou para sua cadeira no fundo da sala, sabendo que sua cabeça estaria distraída demais para prestar atenção na aula de física. Tirou o fichário e estojo da mochila e focou os olhos na lousa, ainda em branco, mas era melhor se concentrar nisso do que nos 26 pares de olhos fixos nela.
A morte de Chip já era notícia na escola toda, mesmo sem o About That, os alunos eram bem antenados as notícias sobre seus colegas.
Finalmente, o professor entrou na sala e se sentou na mesa, arrumando seus papéis, pronto para começar a fazer a chamada.
- Psiu! – alguém jogou uma bola de papel nela
Rachel ignorou, mas quando a terceira bolinha a acertou, ela respirou fundo e virou o rosto para quem a chamava. Malchior Roreck estava quase atirando outra bola, mas quando a viu olhando para ele, sorriu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um de nós é triste
FanfictionSete alunos entram na detenção e apenas seis saem com vida. Todos são suspeitos e tem algo a esconder. Em uma tarde após um longo dia de aula, sete alunos vão parar na detenção. A nerd certinha, o "bad boy" filho de milionário, a rainha do baile sor...