- qual é seu nome? -

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O meu corpo cai no chão com uma aterrissagem lenta e controlada. Eu estava moído, mal tinha consciência da destruição que tinha feito.

Deitado no chão, fui ganhando consciência. Eu olhava em volta e vía caos e destruição.

Eu não entendia o que estava acontecendo, achava que era um sonho, ou melhor, um pesadelo.

Os meus olhos confusos que choravam em desespero mudavam rápidamente de direção junto ao meu corpo ainda agachado.

E de uma vez, um balde de agua fria se derrubou sobre mim, a ficha caiu. Eu me vía no meio daqueles entulhos lembrando da situação na qual eu tinha acabado de passar. Eu entrei em pânico, e novamente minha mente tomou um banho de pensamentos obscuros que me faziam tremer e chorar mais ainda. Além de tudo também estava confuso com a descoberta recente de que eu tinha poderes. É até ridículo de se pensar, eu achava que era humano, e de repente, eu destruo a escola com os meus "poderes".

- QUE MERDA EU FIZ, QUE, MERDA EU FIZ?!?! CARLA, CARLA, CARLAAAAAAAAAAA - Eu gritava em desespero, eu me sentia um assassino, porque eu realmente fui um.

- NÃÃO.. não... não, não, na, na-não. - E de repende, pra ficar pior, vozes surgiram na minha cabeça, elas diziam coisas que por um momento me acalmaram.

- Acalma, ta tudo bem. Eles mereceram, eles deviam se afogar no próprio sangue. Você foi um anjo, não fique assim. A terra foi purificada, essas pessoas a poluiam. Está tudo bem. Você é melhor - Eu cai no chão e fiquei encolhido com medo, estava no puro delírio da loucura, ou talvez essa voz realmente exista.

- É MELHOR VOCÊ PARAR, ME DEIXA EM PAZ CARALHO! - Não... Não, não, não, não, não, não. - Disse a voz.

Depois de ter gritado múltiplas outras vezes, eu tomei uma atitude rígida.
As minhas duas mãos passearam pelo meu corpo com extrema violência, minha unha arrancava minha pele, mas a voz continuou.

- EU DISSE PRA PARAR - Minhas mãos foram diretamente a minha cabeça e uma força surgiu em meu corpo, uma força estranha e poderosa que nunca tinha tido.

Minhas mãos seguiram a minha cabeça e elas a prensava com extrema força, enquanto isso minhas unhas faziam o excelente trabalho de aranhar fortemente as laterais da minha cabeça. Minha cabeça explode e eu morro.

Fim.

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Não...

Isso não é um fim. Eu estou te vendo, leitor. Ok, eu tenho uma pergunta:

Oque uma pessoa faz quando ela mesma explode violentamente sua própria cabeça? Se você respondeu que ela morre e que ela não pode fazer absolutamente mais porra nenhuma, sua resposta está... Correta!

Mas eu não sou um humano qualquer, quer dizer, se eu realmente for um humano. Enfim, isso eu vou descobrir ainda.

Se eu quiser voltar a minha história agora e simplesmente fazer com que eu reviva de uma forma inexplicável, eu posso!

Eu não sei como eu posso, na verdade... Eu não sei como eu estou conversando com você, co.. Como?

Mas afinal... Qual é seu no-

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*Abro os olhos*

Minhas respiração está ofegante, eu simplesmente acordo desesperado com as sirenes de políciais e ambulâncias. A minhas pernas se ergueram e corri diretamente para o meio de um arbusto para tentar me safar.

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