9- Café

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- Escolheu os livros? - Marilia perguntou enquanto guardava seu celular no bolso e eu ia em sua direção.

- Escolhi, vamos passar ali na mesa da bibliotecária e vamos embora - Falei para a mesma, vendo ela apenas concordar com a cabeça - Não deu trabalho para arrumar aquilo tudo de livro?

-Dez minutinhos - A mesma pegou um pacotinho de chiclete no bolso - Quer um?

Apenas concordei, recebendo um chiclete da mesma.

E então, saindo da biblioteca em poucos minutos.

- Ah, não - Reclamei - Eu não acredito que começou a chover.

- Estamos no inverno, mocinha. É a coisa mais normal possível - Marilia falou enquanto colocava a mão no bolso.

- Vamos ter que ficar sentadas aqui até passar, eu não vou na chuva. Ainda mais nesse frio, não quero ficar doente.

- Vamos, chuva não mata, Maraisa - A mesma falou rapidamente - E se ficar doente eu cuido de você.

- Como se isso fosse uma grande coisa - Ela me olhou em seguida, sorrindo meio sem graça.

No qual, ficamos completamente mudas por uns cinco minutos.

- E se fossemos no café aqui ao lado? - Marilia perguntou - Podemos beber um expresso e comer algo enquanto esperamos a chuva acalmar.

- Não sei, prefiro meu quarto.

- Vamos parar de ser anti social? É só um café, e aliás eu que vou pagar a conta. Faz companhia para mim, poxa - Ela me olhou - Vamos?

- Ok, vamos.

Apenas senti ela pegar minha mão, me puxando em direção ao café.

No qual, ficamos longos minutos lá.

Saindo quando a chuva havia acalmado e somente uma garoa caia levemente.

E então, andamos em direção a nossas casas enquanto trocavamos algumas palavras.

-Gostou? - Marilia perguntou assim que parei em frente ao meu portão - Minha companhia é boa?

- Gostei mais do café.

- Ok, eu entendo - Ela sorriu, colocando sua mão no bolso - Você gostou do chicletinho também, fica para você essa pacotinho fechado - A mesma levou na minha direção o pacotinho.

-Não, não precisa me dar o chiclete, Marilia.

- Pode pegar, eu tenho uma caixa desses em caixa -Peguei assim que ela levou na minha direção novamente - E sei lá, lembra de mim quando for pegar um - Ela piscou, indo em direção ao seu portão.

Sorri sem mostrar os dentes, e ao ver ela abrir o portão da sua casa me pronunciei.

-Eu gostei da sua companhia, viu - Falei, a olhando -Obrigada por ir comigo até lá, e pelo café também.

Vi a mesma sorrir enquanto concordava com a cabeça, e eu apenas segui em direção a porta de casa tentando ao máximo não sorrir igual uma idiota.

[…..]

Amor de Inverno |adpt malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora