27- Desculpa,Eu Te Amo

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- Ele te machucou? Chegou a tentar alguma coisa? - Marilia perguntou assim que paramos no lado de fora da balada.

Apenas neguei com a cabeça.

-Eu posso te levar em casa? - Ela tocou meu rosto - Hein?

-Nã-não - Falei ao passar a mão no rosto.

-Sim, eu vou levar. Você está bêbada, e não é seguro para você estar sozinha essa hora.

-Ok, mamãe - Sussurrei.

- Para de ser assim, Maraisa. Pelo menos um pouco - Ela tocou no meu rosto novamente.

-Eu vou sozinha.

-Não, não vai. Eu vou deixar a moto para o meu irmão, e eu vou com você a pé. Tenho medo de você cair da moto.

-Uh, preocupada.

- Ok, você está mais idiota que o normal, mas vem, vamos para casa.

A mesma apenas segurou minha mão, me guiando até a minha casa.

Passei o caminho inteiro quieta, apenas sentindo meu estômago incomodar enquanto minha cabeça rodava.

- Pronto - Marilia me largou no portão.

E eu apenas me segurei na grade, fechando meus olhos com força enquanto fazia uma cara não muito boa.

- O que está sentindo? - Ela tocou na minha cabeça.

- Tá... - Apontei para meu estômago.

- Incomodando? - Tocou no meu rosto em seguida, eu apenas concordei - Provavelmente você vai expulsar o que bebeu daqui a pouco, eu vou entrar com você, ok?

- Nã-não precisa...

- Precisa sim, deixa eu cuidar de você, birrenta - A mesma me olhou - Vem.

A mesma entrou comigo, e ao pisar na sala ouvi a voz da minha mãe.

- Carla Maraisa , finalmente - Ela veio na minha direção - Você não atendeu nem o celular, menina.

-E-Eu tô viva, relaxa - Me sentei no sofá, jogando minha cabeça para trás.

- E bêbada - Maiara falou em seguida - Oi, Marilia.

A mesma apenas mexeu a cabeça em sinal de cumprimento.

- Almira, você tem algum chá aqui? - A mesma perguntou.

- Vish, o chá que ela quer só você pode dar - Maiara respondeu.

Apenas percebendo um sorriso meio sem jeito nascer nos lábios da loira.

- Mas agora é sério, ela está ruinzinha do estômago. Tem alguma coisa, Almira?

- Claro, vou fazer para ela.

Marilia concordou com a cabeça, enquanto minha mãe saia da sala.

E então, poucos minutos se passaram.

- Muito enjôo? Não acalmou mais? - Ela perguntou, tocando meu rosto, e eu neguei com a cabeça.

- A-acho que e-eu preciso ir banheiro - Sussurrei, me levando enquanto me apoiava no sofá.

- Calma, eu vou com você - Marilia me segurou em seguida.

-Não, a-a cena não é bo

- Foda se, você não está bem e eu só quero te ajudar. Agora vem antes que fique mais forte.

A mesma me guiou em direção ao banheiro, ficando comigo o tempo todo enquanto eu expulsava tudo que havia bebido naquela noite.

Me ajudando a escovar o dente logo após. E então, me guiando até meu quarto logo após.

Vendo minha mãe entrar com a xícara de chá em mãos em seguida.

- Aqui, o chá - Ela falou entregando a xícara para a Marilia.

- Está muito quente? - Ela perguntou, vendo minha mãe negar com a cabeça - Eu posso provar para você não queimar a língua ou tem nojo? - Me olhou.

- Po-pode...

E então, ela provou num pequeno golinho.

- Está bom, pode beber - Levou a xícara até a minha boca, fazendo com que eu bebesse um gole - Fraquinho, não é? - Concordei.

-Eu fiz fraco para não irritar o estômago dela - Minha mãe falou - Mas agora eu vou dormir, qualquer coisa pode chamar. Boa noite.

- Boa noite - Marilia respondeu.

- Boa noite, Maraisa.

- Noite - Respondi.

Em poucos minutos terminei o chá, e então, abracei o corpo de Marilia.

- Vo-você vai ficar comigo hoje?

- Vou, pode ficar tranquila.

- E depois não vai mais falar comigo, não é?

- Amanhã nós conversamos, Maraisa-Ela fez carinho no meu rosto - Mas tudo depende praticamente de você.

Ela deixou um selinho nos meus lábios.

- Agora dorme, você precisa descansar - Apenas a abracei mais - Boa noite.

Senti um beijo na minha cabeça, e em seguida ela desligou a luz.

- Desculpa, eu te amo - Sussurrei.

-Eu também - Ouvi o sussurro da mesma.

E em poucos minutos acabei dormindo.

[...]

Amor de Inverno |adpt malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora