nothing could spoil my day! or could?

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Pov S/n

Acordo a contragosto, mesmo que nada me impedisse de continuar na cama, algo me incomodava, o quarto estava devidamente escuro, o ar-condicionado ligado causava o clima perfeito para mais uma ou duas horas de sono, isso sem contar os cobertores macios junto ao travesseiro enorme, tudo indicava que não haveria nada melhor fora daquela cama, a não ser.

S/n - Lilly? - chamo pela garota, a voz mais rouca do que imaginava e uma pequena dor na garganta provavelmente pela madrugada fria e os drinks gelados

Tateio toda a cama em busca de alguém e suspiro frustrada ao não encontrar nada, me forçando a me sentar na cama e abrir os olhos em busca das mulheres, mas nenhuma das duas estava presente no quarto, sabendo que não iria valer a pena voltar a dormir, me levanto preguiçosamente me arrastando até o banheiro do quarto em busca de lavar o rosto e acordar para o dia que viria

Assim que me olho no espelho minha mente estava confusa entre rir ou ficar assustada com o estado do meu corpo, estava sem roupas e em frente ao espelho do banheiro pude notar as marcas deixadas pela noite, teoricamente horas atrás, que tomavam toda sua pele em tons que em outros momentos da vida a assombrariam

Decidida a tomar um banho antes de descer para cozinha em busca das causadoras do uso excessivo de maquiagem que precisaria nos próximos dias, abro a agua agradecendo mentalmente pela temperatura agradável antes de tomar um banho consideravelmente rápido, recordando que noite passada acabei não pegando nenhuma roupa de Lilly acabei checando seu armário  assim que sai do banho em busca de algo para vestir, e uau, era a cara dela

O guarda-roupa parecia milimetricamente organizado por cores e tipos de roupas, separados pelos shorts, calças, blusas, vestidos, isso sem contar que parecia ser dividido para cada estação do ano, era impressionante como Lilly poderia ser tão organizada e mandona, era realmente a mãe do grupo

Afim de não bagunçar muito suas coisas peguei uma blusa branca e short de tecido mais solto e confortável, penteei os cabelos enquanto descia as escadas e assim que chego ao primeiro degrau vejo Lilly e Jessy jogadas ao sofá, as duas pareciam cansadas, mas provavelmente era a mesma sensação do resto da cidade após o festival, Lilly vestia uma blusa branca que em si servia quase como um vestido, e Jessy... Jessy usava uma calcinha, unicamente uma calcinha, o que parecia tentação de mais para... espera que horas eram?

S/n - bom dia - digo em um tom baixo devido a dor que tomava minha garganta, mas pareceu ser o suficiente para chamar a atenção das duas mulheres

L - bom dia bebê, que bom que acordou, estávamos quase avisando Dan do falecimento - a ironia presente em sua voz me fez revirar os olhos pela gracinha mas não pude deixar de sorrir, deixei a escova de cabelo sobre a bancada e me arrastei até o sofá onde iria me sentar entre as duas mas Lilly me impede me puxando ao seu colo e beijando meus lábios

J - são quase quatro da tarde - ouço a voz de Jessy o que me faz voltar a realidade e me separar de Lilly em um súbito de surpresa

Sn - quatro da tarde?! - estava surpresa por não me lembrar de ja ter dormido por tanto tempo, mas relaxo ao lembrar que horas realmente fui adormecer naquela madrugada, o que fazia parecer um horário razoável - caramba, que horas levantaram?

J - perto da uma da tarde, ficamos preocupadas de ter te esgotado de mais - o sorriso maroto em seus lábios mostrava que não era bem preocupação que ela estava sentindo - está com fome?

S/n - agora que perguntou, morrendo

L - senta ai, vou esquentar a comida - Lilly me da um ultimo selinho antes de se levantar indo em direção a cozinha

sentada no sofá percebo que as duas assistiam alguma serie ou filme na Tv, e antes de perguntar do que se tratava, me aproximo de Jessy colocando as mãos em seu rosto e a puxando para um beijo muito bem correspondido pela mesma

S/n - bom dia - com um sorriso bobo no rosto, falo assim que separamos o beijo e ela retribui com um sorriso encantador

J - bom dia - por alguns segundos, meu rosto desce sobre o corpo de Jessy, não dava para negar, era muita tentação independente do horário - meus olhos estão um pouco mais em cima - Jessy riu, aquela risada que mexia com algo dentro de mim mais do que me lembro de qualquer coisa ja ter mexido

S/n - seus olhos são perfeitos mas tenho que apreciar o resto também - deixando a vergonha de lado, após tudo que ja havia passado, levo minhas mãos de sua cintura aos seus seios, vendo quase hipnotizada como seus mamilos ficavam rígidos ao toque das minhas mãos - o que estão assistindo.. - pergunto ainda perdida, passeando as mãos sobre seu corpo e tentando me controlar por estar cansada de mais para fazer qualquer coisa que não seja ficar abraçada a elas

J - Carol, e um filme, ja viu? - Jessy se deita sobre as almofadas me puxando para deitar junto a ela

S/n - acho que não, sobre o que é?

J - você vai ver, estamos apenas no começo

L - comida servida - Lilly chega com o prato, o cheiro maravilhoso tomando conta do ambiente, não demoro a me sentar e pegar o prato morrendo de fome - paciência, esta quente - Lilly me alerta enquanto se sentava junto a Jessy - vou precisar sair daqui a pouco, Cléo pediu minha ajuda com algum projeto com a mãe dela e eu prometi ajudar, espero que não se importem - era fofo ver a cena das duas juntas, Lilly parecia boba apenas de olhar para Jessy e tocar seus cabelos carinhosamente

J - na verdade também vou precisar ir - Jessy morde o lábio, aquele sinal de nervosismo que eu havia aprendido a algum tempo - algumas pessoas gostam de estender o festival, e meu irmão vai precisar de uma força no Aurora hoje, mas pode ir comigo se quiser S/a - sorri agradecida, sabia que ela não queria me deixar só, mas apenas nego comendo

S/n - não sou muito fã de bares sabe - sorri meio sem graça pelas lembranças difíceis - acho que vou voltar para casa e dormir mais um pouco

L - ta vendo, um bebê, come e dorme o dia todo - finjo estar ofendida com o comentário mas não parece adiantar ja que Jessy continua a provocação

J - e se deixar passa o dia com a boca no peito - a mesma brinca segurando os próprios seios e Lilly se abaixa rapidamente mordendo seu peito esquerdo - puta merda Lilly! - não pude segurar de rir alto da cena, serio, acho que nunca ri tanto ao ponto da minha barriga doer como naquele momento

L - o que eu posso fazer, deixou ai boiando... - era notório que Lilly se segurava o máximo para não rir também enquanto eu ja não tinha mais escrúpulos - um beijinho amor - Lilly tenta fazer um charme para beijar Jessy que escondia o rosto a todo custo enquanto eu recuperava o ar

céus, eu não quero perder isso nunca

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Após um tempo na casa de Lilly acabei tendo que voltar para casa, Lilly e Jessy estavam ocupadas e mesmo que quisesse passar a tarde inteira com elas sabia que seus compromissos eram importantes

Lilly me ofereceu carona, mas eu neguei mesmo que ela fosse insistente, sabia o caminho de volta e queria aproveitar para andar pela cidade apenas com minha própria companhia, ja era tarde, o que fazia o tempo ficar ainda mais bonito, o sol começando a se por fazia com que as luzes do céu ficassem em tons alaranjados refletindo sobre as arvores, o próprio céu estavam em misturas de azul, rosa e laranja tornando o lugar tão bonito quanto qualquer outro que ja estive

Não estava muito longe de casa, faltava apenas virar uma rua e chegaria ao meu destino, não havia entrado em contato com Dan ainda, imaginei que também estivesse dormindo após o festival de ontem, além do mais, se eu já estava morta sem uma ressaca, não quero nem imaginar o estado dele

Assim que viro a esquina, caminho a casa de Dan que era uma das ultimas daquela rua, percebo uma presença batendo na porta, mas claramente não era Dan, tanto pela estatura, quanto pelo fato de que não estaria batendo na própria casa, eu não podia vê-lo, sim vê-lo, era claramente um homem, mas algo ruim tomou meu peito como uma sensação de que havia algo errado

Não me mexi mais, a força que o homem batia na porta mostrava que não estava ali com muita alegria, mas o que fez com que aquela sensação se espalhasse por todo meu corpo, fazendo um enjoou me atingir no mesmo instante e sentir que iria desmaiar ali mesmo, foi quando o homem se virou minimamente em minha direção, não me vendo, mas me fazendo vê-lo o suficiente, para saber que aquele homem que batia insistentemente contra a porta, não era ninguém mais ninguém menos, que meu pai.

Entre as árvores de Duskwood (Lilly Donfort and Jessy Hawkins / you)Onde histórias criam vida. Descubra agora