Como todas as manhãs e noites agiam conforme as suas constantes rotinas inabaláveis, veio-se o esplendor do anoitecer pairar sobre o céu sem fronteiras, acompanhada de leves gotas frias que aos poucos se acrescentavam em sua intensidade.
O soar de suas gotículas chocando-se contra a superfície da terra era tão hipnotizante...
O grupo de jovens atualmente abrigados na casa continuavam a conversar, contar piadas e principalmente, se divertirem com a companhia uns dos outros com ideias mirabolantes de entretenimento e jogos que surgiam em seu meio, reunidos em volta da mesa de jantar.
Todos descontraídos, porém, quase ignorando por completo tudo o que passaram anteriormente até chegarem onde estão, como se nunca houvesse acontecido...
– Não tem uma garrafa perdida por aí Chase? – Ouvia-se uma voz vinda da sala dizer.
– Talvez eu tenha, porque? Quer fazer um verdade ou desafio? – Questionou o filhote entretido.
– Claro, porque não? – Respondeu uma voz feminina entusiasmada.
– Perai que eu vou pegar.
Enquanto a movimentação contagiada de euforia se mantinha dentro daquela casa, um jovem se mantinha concentrado em seus pensamentos, observando a lua ainda visível na chuva pela sacada.
– Vai ficar a noite inteira aí fora ou vai entrar e comer alguma coisa? – Perguntou uma voz familiar que observava o garoto um pouco distante.
– Acho que vou ficar aqui mesmo, porque? Algum problema com isso, Dark? – Respondeu rapidamente, virando seu rosto para o mesmo.
– Eu conheço essa sua cara Guerra, até mesmo estando com outra aparência. – Disse se encostando na porta. – Me diz, o que está pensando?
– O que fizemos Dark? O que eu fiz?? – Perguntou em tom baixo, encarando sem rumo o mar a sua frente com um olhar vazio.
– Foi um erro, nós...
– Não Dark. – Interrompeu sua fala consoladora. – Não foi um erro, deveríamos ter parado quando tivemos a chance, sabemos disso.
– Não sabíamos o que ocorreria, essa era a questão. – Falou o colega persistente com sua escolha de palavras, tentando tranquilizar seu amigo.
– Dark! Olhe lá dentro. – Pediu apontando para o grupo de amigos reunidos na sala. – O que você vê?
– Vejo... Pessoas normais, felizes. – Analisou com mais atenção, descrevendo-as aos poucos e virando levemente o rosto durante seus exemplos. Pondo sua mão no queixo enquanto formulava mais respostas. – Talvez... Descontraídas? Despreocupadas?
– Exato! – Respondeu alto, deixando o explícito semblante de óbvio transparecer sobre sua face. – O que ELES tem haver com o nosso, o meu erro?!
– Eles foram vítimas, todos fomos! – Afirmou seu ponto de vista angustiado com a auto acusação pessimista de Guerra. – Não é nossa culpa, muito menos sua, porque diz isso? Porque agora?
– Foi o mesmo com o Chase... Não quero que se repita novamente. – Virou seu rosto para o nada, apoiando-se sobre a sacada enquanto cerrava as mãos com força.
– Aquilo foi um acidente, não foi sua culpa...!
– Foi. Ah se foi! – Riu seco de si mesmo ao lembrar de suas escolhas no passado. – Ele só teve uma vida normal porque eu o entreguei para Ryder no fim de tudo, para que pudesse viver novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Patrulha Canina: Em uma quebra no Tempo (Interativa) (Parada)
Fiksi PenggemarA Terceira História da "Linha Linha do Tempo" Cujo a Primeira é: Patrulha Canina: Abandonando a Baía Seguida por: Skase: A origem do Amor (ainda não postada) É finalmente essa Para melhor compreensão, ler as histórias anteriores Uma história totalme...