Capítulo 4

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(duas semanas depois)

                                JAKE

Duas semanas se passaram desde minha suspensão, hoje finalmente volto ao trabalho, já estava ansioso por isso.

Olho no relógio e são 06:00 da manhã, alongo meus braços e pernas, corro pelo quarto de um canto a outro, vou ao banheiro e faço minhas higienes pessoais, após tomar um belo banho gelado, visto minha farda, seguindo o cronograma de plantões, hoje estarei escalado então levarei meus produtos de higiene pessoal para mais tarde. Coloco tudo dentro da mochila, tomo um café reforçado, termino de arrumar as coisas e vou para garagem pegar minha moto e logo sair.

Assim que subo na moto ouço meu celular vibrar, pego o mesmo que estava no bolso e atendo vendo ser Mike.

— Oi. – digo colocando o celular dentro do capacete.

— Acordou agora donzela? — ele brinca.

— Até parece. — ligo a moto e dou partida na mesma ainda falando com Mike. — Por que me ligou? Está com tanta saudade de mim que não consegue esperar eu chegar na delegacia? — sorrio.

— Vai sonhando. — ele sorri. — Assim que chegar aqui, venha direto para minha sala, preciso falar com você.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele desliga o telefone na minha cara. — babaca autoritário. — digo sorrindo.

Mike e eu somos amigos há alguns anos, ele trabalhava como agente do FBI na época em que nos conhecemos. Costumo dizer a Mike que ele foi meu anjo da guarda, graças a Mike consegui minha condicional e agora sou um homem quase livre. Tenho ele como um irmão, Mike me ajudou a recomeçar, morei com ele e com Raquel durante quase dois anos, fiz faculdade de direito aos meus vinte e três anos e hoje sou apaixonado pela minha profissão.

Chego na sede da delegacia e como de costume deixo minha moto no estacionamento onde as outras viaturas ficam, desço da mesma e sigo rumo a sala de Mike. Bato na porta e ouço ele mandar eu entrar, e assim eu faço, me sento na cadeira a frente de Mike que me olha sorridente.

— Espero que você não tenha ficado bravo com sua suspensão. — ele diz arrumando uma pilha de documentos. — Não poderia deixar de tomar tal decisão, afinal você agrediu um policial.

— Para de lorota e vai logo direto ao ponto. — digo.

— Sabe que se você não fosse meu melhor amigo eu poderia te prender agora né? — ele ergue uma sobrancelha.

— Você não vai fazer isso. — Sorrio. — Vamos Mike, diga logo o que é.

— Certo. — ele coça a garganta. — Tenho um caso para você. — Mike me entrega um papel, no mesmo havia a foto de uma moça muito bonita e grifado grande que a mesma estava desaparecida.

— Quem é essa? — digo olhando a foto, notando uma pequena semelhança nos olhos dela.

— Hannah Donfort. — ele fala. — Ela é filha de Natan Donfot prefeito da pequena cidade onde eles moram.

— Onde eles moram? — indago.

— Duskwood, já ouviu falar?

— Ah, sim, Duskwood. — sorrio. — Morei em Conville ate meus dez anos, sempre ia para Duskwood quando tinha os festivais.

— Que ótimo, sabia que você ia ser ótimo para esse caso. — ele se levanta e vai até sua máquina de café.

— Quê? Oque eu tenho a ver com isso. — pondero.

— Muita coisa, o delegado de Duskwood é um velho amigo meu, ele pediu que eu fosse a Duskwood ajudar no caso. Mas você sabe, Raquel e eu estamos em um período difícil do nosso casamento e eu não posso deixar a delegacia sozinha, e muito menos te deixar aqui com o Pietro, iriam acabar se matando.

TARDE DE MAISOnde histórias criam vida. Descubra agora