West Bay. Ilhas Cayman, Caribe.
19° 21' 59.99" N, 81° 24' 59.99" W.
As Ilhas Cayman se auto proclamavam a capital gastronômica do Caribe. Koji não sabia se era por causa dos mais de duzentos restaurantes ecléticos, verdadeiros micro polos gastronômicos ou se a culinária deles era igualmente divina.
Pelo menos, seria o ponto de partida para um encontro que poderia mudar o seu próprio destino ou selá-lo para sempre.
Leslie ajustava a fina alça da parte de cima do biquini enquanto voltava do banheiro, algo que ela fez questão de ir antes mesmo de qualquer coisa. Ela não usava maquiagem, ainda mais a beira da praia, logo não entendeu os motivos para ela ir até lá logo após a chegada deles ao restaurante.
Riu de forma nasal. Havia desistido de entendê-la. Era imprevisível demais.
A tanga, amarrada ao quadril balançava sutilmente com o vento. Perceptível também foi parte dos habitantes locais olhando para ela. Gargalhou quando a mulher de um vendedor de frutos do mar arremessou um saco de camarão na cabeça de seu marido.
Ele mereceu. O homem só faltou entortar a cabeça. Como ele disse para sua mãe no passado, Leslie tinha envelhecido bem, muito bem por sinal.
Ela arqueou a sobrancelha ao vê-lo se levantar para puxar a cadeira para ela.
— Do que está rindo?
— De nada. — O hilário casal já tinha sumido no horizonte. — O que a patroa vai pedir? — Pegou o cardápio.
— Você pode pedir o que quiser, menos camarão e mariscos. — Leslie respondeu sem nem sequer olhar para o menu e isso o fez franzir o cenho. Ao notar sua reação, ela completou. — Você é alérgico a mariscos, então não vamos pedir nada disso.
— Como sabe que...
— Sou observadora. — Resumiu sem dar explicações. — Também carrego na minha bolsa, — que ela repousou sobre seu colo — duas injeções de epinefrina. Além do que você viu pela manhã.
— Uma mulher preparada. — Anuiu. Em dois anos de relacionamento, ele nunca tinha dito que era alérgico a mariscos.
Por um momento, imaginou uma Leslie sorridente sobre seu caixão após ele falecer devido a ingestão acidental de camarão.
Não à toa, Illya dizia que eles não eram um casal normal.
Você sequer sabe a história, costumava rebater. Tinha saudades do melhor amigo, talvez com ele a seu lado, ele teria alguma chance...
Balançou a cabeça e pediu uma porção média de pratos baseados em peixes e alguns sucos para Leslie que deixou de ter uma expressão séria. Os lábios dela tremeram e arquearam um pouco em um sutil sorriso de canto de boca.
Observar nunca foi uma característica só dela. Ele lembrou que sua esposa jamais tomava refrigerantes ou bebidas alcóolicas. Também não fumava. Era daquelas cujo corpo era um templo e tinha uma regra de alimentação bastante saudável.
Sem contar os produtos para a pele. Junto a tudo isso e a cultura do bem-estar...
O melhor de tudo para Koji estava em outro ponto: o respeito. Ela não criticava seu amor pelo vinho e pelos drinques que gostava de preparar. Um hobby que passou a ter ao saber dos rumores de que ela era uma mestra em envenenamento.
No mais, gostava do companheirismo e respeito dela por seus gostos. Uma pena que após ela ter sua vingança, após cruzarem o rubicão, eles andariam em vias distintas da avenida chamada destino.
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Instintos Criminais [Em Hiatus]
Боевик"Se você acha que pode lidar com ela, está redondamente enganado" Ela quer vingança. Ele, redenção. Koji não quer saber de mafiosos. Lavar o dinheiro dos ricos e poderosos, para criminosos da pior espécie, não é seu passatempo preferido. Preso ao ma...