Capítulo onze

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— Sophie, o que está acontecendo? - Questionou a senhora Everdeen, observando o estado vegetativo é preocupante de sua filha.

Elas estavam tendo uma conversa sobre a mais recente situação da saúde tanto mental, quanto física de Sophie.

Era perceptível que algo fora do comum estava acontecendo. Mal humor, estresse constante, ódio excessivo, entre outros traços que demonstravam algo errado.

— Você não era assim... - Murmurou de forma calma e doce. — Está sentindo falta de Tom? - Indagou após alguns segundos em silencio. — Ele estará de volta em poucas horas, e tenho certeza de que ele vai querer passar todo o tempo do mundo com você, querida. - Observou Everdeen se colocar de pé.

— Eu não estou com ciúmes, se é o que você está cogitando em voz alta. Apenas me estressei porque meu professor não permitiu que eu treinasse. - Suspirou com tédio.

— Eu não consigo entender o que o balé tem a ver com levar uma suspensão por fumar. - Ambas se encararam em silêncio por alguns segundos.

Sophie se colocou sentada novamente, evitando o encontro dos olhos da mãe. Normalmente, de algumas semanas para cá, ela poderia devolver o argumento com força, mas esta foi a primeira vez em que não haviam palavras na ponta do língua.

— Olha só, eu tenho dezoito anos, e faço o que eu bem entender. - Colocou-se de pé. — A propósito, eu estou indo passar algumas semanas na casa de Tom. - Observou o semblante assustado de sua mãe.

— Você acha que ele vai permitir que você fume lá? - Indagou bebendo um gole de água. — Acho que já deu para você. Depois de tudo, eu ainda permiti que continuasse dançando, mas estou vendo que a dança está fazendo muito mal a você. - Ambas se observaram em silêncio por breves segundos. — Eu não vou mais pagar a sua academia. - Era perceptível o semblante decepcionado de Sophie.

— Não... Mãe, você não pode fazer isso. - Observou-a assentir. — Isto não passou de um blefe. - Suspirou cruzando os braços.

— Vejamos. - Uma atmosfera estranha se instalou sobre elas. — A partir de hoje, você não poderá dançar. - Disse de forma autoritária.

— Eu não preciso de você. - Resmungou. — Eu posso conseguir uma bolsa. - Caminhou furiosamente até seu quarto, batendo a porta.

Assim que fora audível o barulho do chocar da porta, a senhora Everdeen deitou-se sobre o sofá com lágrimas imediatas.

" Quem era aquela garota e o que fez com minha filha? "

Sophie estava deitada em sua cama, enquanto molhava seu travesseiro com suas lágrimas. Ela não queria sair da dança, e tinha quase certeza de que o que realmente fazia mal a ela, era seu professor. Deste modo, ela adormeceu.

Everdeen estava totalmente diferente, e sua mãe temia que ela se encontrasse no fundo do posso novamente. Ela entendeu, que Tom é a única pessoa que pode ajudá-la e trazê-la de volta. O que a levou a escrever uma carta.

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Olá, Tom...

Como você está? Trabalhando bastante? Espero que não esteja se cansando demais!

Eu não costumo escrever cartas, mas a este ponto do campeonato, reconheci a necessidade.

O foco principal desta carta, é Sophie. Odeio incomoda-lo, quanto mais quando você está ocupado trabalhando.

Mas recentemente, a saúde mental de minha filha não parece boa. Há alguns dias, recebi uma carta de suspensão da escola dela. Nela, dizia que Sophie foi encontrada fumando.

Daniel, o melhor amigo de Sophie, conversou comigo. Ele revelou todas as mais recentes ações de minha filha, e tenho que confessar que além de me sentir surpresa sobre isso, também estou assustada.

Você já salvou minha filha uma vez, e peço que a salve novamente.

Com carinho,

-/- Everdeen ...

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Faltavam apenas alguns dias para o fim da viagem a trabalho que o lorde fará, contudo, assim que leu a carta, ele decidiu voltar.

Deste modo, na manhã seguinte, ele estava observando Sophie dormir, à espera de seu despertar. Ele ansiava por aquele rosto haviam semanas. Fitar os lábios carnudos e vermelho de sua paixão, podia deixá-lo com sede.

O homem colocou o dorso de sua mão sobre o rosto dela, acariciando-o. Sophie colocou sua mão sobre a dele, soltando um suspiro, mas assim que ela sentiu o toque gélido do lorde, imediatamente abriu seus olhos.

— Tom?! - Indagou com sua voz falha, pulando da cama para abraçá-lo. — Quando você voltou? - Indagou apertando-o ao seu corpo.

— Hoje, meu amor. - Acariciou a parte traseira da cabeça dela. — Senti sua falta, querida. - Respirou o perfume dela de forma profunda.

Eles se afastaram, então Sophie selou seus lábios com veracidade, sentindo as mãos dele tocarem sua cintura, afastando-a.

— Meu amor, nós precisamos conversar... - Murmurou acariciando o rosto dela.

Ele fitou Everdeen bufar e deitar-se novamente sobre a cama. Ela revirou os olhos, observando o rosto dele com tédio.

— Por que está me olhando assim? - Indagou ele, colocando sua mão sobre a cintura dela.

— Porque você só está aqui porque foi informado da minha mais recente rebeldia, acredito. - Suspirou colocando sua mão sobre a coxa dele.

— Exatamente. - Ele a observa de forma severa. — Você devia respeitar mais a sua mãe. - Ele suspirou cruzando seus braços.

— Ela vai me tirar dá academia. - Revirou os olhos. — Você acha justo isso? - Indagou. — Foi assim que nós conhecemos, Tom. Digo, você, me conheceu. - Eles se observaram em silêncio.

— Eu não vou privá-la de dançar, meu amor. - Acariciou-a. — Eu quero que você vá morar comigo. - Observou os olhos dela sorrirem. — Mas... Com uma condição. - Ela se colocou sentada sobre o colchão.

— Estou ouvindo. - Murmurou com ansiedade.

— Você precisa ficar saudável, e não quero vê-la causando confusões com sua mãe. - Ela suspirou. — Vai abandonar as drogas. - Observou o semblante surpreso dela.

— Eu não sou uma viciada. - Suspirou detestando o comentário do namorado. — Não tenho problemas com drogas. Este é o último problema que eu poderia ter. - Desviou seus olhos do dele.

Pessoas que não tem problemas com drogas, não escondem pequenos saquinhos com pó branco sob seu colchão.

Você é Minha - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora