Capítulo quatorze

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O grande dia chegou. O dia do ano para alguns, mas principalmente, para Sophie Everdeen.

Ela contava cada hora, minuto ou segundo na esperança de que o dia chegasse, e finalmente chegou.

Tom e este dia, mais especificamente o dia do espetáculo de Giselle, eram as únicas coisas que traziam calor ao coração da mulher. Além é claro, de seus amigos e sua tão amada mãe.

Os dias do casal vinham esquentando bastante. O corpo de um clamava pelo corpo do outro. Deste modo, está noite, seria uma noite de extrema importância para o lorde. Ele pediria a mão de sua paixão.

O homem havia decidido isso assim que voltou de sua última viagem a trabalho, há apenas uma semana. Ele havia chego dela, com uma pequena caixinha, a mesma que custou certo custo.

Ele também pensou bastante sobre o seu mundo, e o mundo dela. Um bruxo supremacista, e uma mulher que porta sangue não mágico, tais fatos vão contra tudo o que ele se tornou, contra o mundo do lorde. E talvez, seja isso que torne a relação do casal tão excitante. De outro ponto de vista, um romance proibido.

Haviam se passado alguns meses desde a decadência de Sophie. Há cada dia que passava, tornava-se cada vez mais difícil esconder sua situação de todos que a amam.

Mas ela parecia não se importar, de certo modo. Era difícil não ser o que tanto almeja ser. Acontece que alguns ponto de vista são extremamente difíceis de mudar. Geralmente mais encontrado em pessoas teimosas.

Conforme sua relação com Tom vinha se tornando mais quente, ela quase não conseguia evitar o toque dele em seu corpo, especificamente em seus ossos que agora são visíveis outra vez. Desta vez, roupas largas não são o suficiente para cobrir a tempestade tenebrosa que está por dentro.

Haviam noites que Everdeen não passava na casa de Tom, noites que ele estava presente em casa, e noites que ele não estava presente em casa.

A insônia se tornava quase insuportável. Sophie conseguia dormir algumas horas por dia, isso quando conseguia dormir.

Esta foi uma das únicas coisas que Tom havia notado de diferente nela. No contexto geral, Everdeen sempre se recusava a levantar da cama antes das 8:00. Mas agora, ela vem se colocando de pé antes mesmo do lorde, normalmente, as quatro e cinquenta da manhã.

— Meu amor... - Murmura ele, ao senti-la sentar-se sobre a cama, segurando a cintura dela. — Ainda é bastante cedo... - Murmurou observando o despertador. — Deite-se comigo. - Sugeriu sua voz rouca de sono.

— Eu não posso, agora. - Resmungou de forma fria. — Hoje é um dia muito importante, e eu preciso treinar. - Observou a paisagem nublada e escura, estava chovendo.

Ela se voltou para ele, ficando sobre o corpo quase nu do homem, e por fim, selando seus lábios de maneira lenta e apaixonada. Deste modo, aproximou-se do ouvido dele e sussurrou:

— Durma mais um pouco. - Acariciou o rosto adormecido dele. — Eu vou treinar. Se eu já tiver saído, espero reencontra-ló nos bastidores, sim? - Ele sorriu abraçando-a.

A mulher deixou seus aposentos e caminhou em direção a cozinha após colocar sua roupa de treino. Enquanto a água do café esquentava, Sophie observava a enorme janela transparente, por onde ela analisava o jardim coberto por neblina e gotas de chuva.

Após tomar sua xícara de café, ela foi até seu estúdio, e começou alongando seu corpo de forma árdua. Em seguida, Everdeen deu início às coreografias que já havia decorado há meses, apenas aperfeiçoando-as da forma mais dura possível.

Ela controlava cada segundo gasto em cada movimento. Vê-la dançando, era como contemplar um robô programado para dançar de forma perfeita, contudo, com sentimento.

A dança era a sua esponja. A esponja que suga todos os seus pensamentos ruins, despindo sua mente de qualquer coisa que fizesse mal a ela.

A mulher observa seu reflexo no espelho da sala, agora sentada sobre seu piso, descansando após cinco horas de repetições cansativas.

Olheiras enormes, rosto pálido e um semblante tão morto quanto sua alma. Está não era nem a parte mais difícil, na verdade, a parte difícil de tudo, era ter que fingir plenitude, no caso, fingir que tudo estava bem.

Isso dói tanto quanto qualquer outra coisa que pudesse machucá-la.

Você é Minha - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora