Capítulo dez

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Minha doce Sophie...

Olá, meu amor. Como está se sentindo estes últimos dias?

Seu professor continua ocupando quinze horas do seu dia?

O que houve com as cartas semanais?

Estou sentindo a sua falta. Espero que possamos nos ver o mais rápido possível.

Duas semanas, e eu estarei aí com você.

Um beijo...

Tom Riddle.

Ps: Só consigo pensar em você.

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Uma semana se passou, mas Riddle não obteve respostas. E de repente, ele se viu mais preocupado com a vida de sua amada, do que com a própria.

Ele se questionava se algo havia acontecido com ela. Se algum membro da ordem da fênix tinha feito algo que fizesse mal à saúde de Sophie.

Contudo, ela apenas não tinha vontade de respondê-lo. Sem tempo para escrever cartas, apenas para dançar, dormir, comer e... Festas, as vezes.

Sophie aproximou-se de um mundo misterioso e perigoso. Ela obteve curiosidade e desejo por algumas pílulas, colocando o termo em eufemismo.

Em apenas duas semanas, o lorde estaria de volta. O tempo, parecia não passar. Sua ansiedade em revê-la, consultar o bem estar de sua amada, era seu mais desejo, naquele momento.

Tom tinha medo de que ela tivesse conhecido alguém pelo qual sentisse mais... Almejo.

— Você deveria parar com isso. - Murmurou o melhor amigo de Sophie, observando-a soltar a fumaça do " cigarro ".

— Dan, eu só... Preciso de algo que me faça esquecer do que vivo. - Murmurou abraçando-o.

— Eu estou aqui para o que você precisar. Eu e Jennie. - Ambos voltaram sua olhos para a mulher que andava na direção deles, atravessando a quadra.

Ao perceber a atenção de Danniel focar no outro lado da quadra de esportes, Sophie voltou seus olhos na mesma direção, observando sua melhor amiga caminhando na direção dos dois amigos. Ela imediatamente apaga o que estava fumando.

— Eu procurei vocês por toda a escola... - Murmura ela, sentando-se sobre a arquibancada. — Que cheiro horrível. Será que são aqueles garotos do segundo ano fumando de novo? - Questionou voltando seus olhos para a arquibancada.

Everdeen voltou seus olhos para Danniel, que devolveu o contato visual. Então a ruiva coloca sua mão sobre a dele, beliscando o dorso da mão do moreno.

— Com certeza. - Voltou seus olhos para a amiga. — Meninos do segundo ano gostam de pagar de homens, sendo que são apenas garotos. - Danniel gargalhou, tendo a atenção das duas.

— Vê graça nisso, Danniel? Crianças fumando? - Questionou Jennie, observando a melhor amiga divertidamente.

— Hora só! - Exclamou Sophie. — Já está na minha hora de ir. - Murmurou fechando seu rosto. — Se eu me atrasar outra vez, nosso professor vai me matar. - Colocou-se de pé.

— Ele já está matando você. - Murmurou Dan. — Por que você não vem com a gente hoje? - Questionou segurando a mão dela. — Está treinando todos os dias, como seu corpo aguenta? - Sophie desviou o olhar.

— Eu preciso ir. Não é questão de querer. É questão de disciplina. - Abraçou Jennie. — Nos vemos as três? - Indagou observando sua amiga assentir. — Dan, não fique mal-humorado, você sabe que eu preciso fazer isso. - Sorriu beijando a bochecha dele.

Enquanto Everdeen caminhava para longe dos amigos, Danniel e Jennie conversavam sobre a pressão desumana que era posta sobre Sophie todos os dias.

Como seu corpo aguentava? Como sua mente aguentava? O que ela fazia para suportar tudo? Eram perguntas que com base na aparência cansada e doente de Everdeen, já poderiam ser respondidas.

Fugindo.

Após retirar o tênis, ela voltou seus olhos para seus pés machucados. Em todos os seus anos de dança, Sophie jamais havia se ferido tão absurdamente quanto agora. Seu hálux, estava tão machucado, que ela deveria recorrer a um médico para tratar.

E aquilo definitivamente a assustou.

— Muito bem... - Murmurou seu professor. — Repita mais uma vez este movimento. - Pediu observando-a repetí-lo. — Não consegue perceber que seu braço está muito para cima? Precisamos de uma medida correta. - Observou-a suspirar e descer da posição.

— Já chega. - Murmurou ela, fechando seu semblante. — Eu não aguento mais ficar aqui. Quero mudar meu tempo de treino. Aceitarei treinar no máximo, quatro horas. - Murmurou com convicção.

— Meu bem, você não faz as regras aqui. Como será a tão maravilhosa bailarina do século treinando tão pouco? - Questionou caminhando até ela.

— Eu tenho escola, uma vida fora das sapatilhas. Você não pode simplesmente escolher tomar todo o meu tempo. Sou eu quem decido o que faço com meu corpo e o tempo que perco. - Ele assentiu, apontando para a saída.

— Faça o que bem entende. - Disse com simplicidade. — Talvez, Sabrina, sua concorrente consiga tornar-se a melhor do século no seu lugar. - Ele observou Sophie caminhar até a porta.

— Eu não vou mais permitir suas manipulações fajutas. - Bateu a porta, suspirando.

Você é Minha - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora