𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐈 - 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐞𝐭𝐢𝐝𝐨

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𝟸𝟽 𝚍𝚎 𝚘𝚞𝚝𝚞𝚋𝚛𝚘 𝚍𝚎 𝟸𝟶𝟸𝟸, 𝟶𝟾:𝟷𝟻𝙰𝙼,
𝙿𝚎𝚚𝚞𝚒𝚖 - 𝙲𝚑𝚒𝚗𝚊

  Yibo estava dormindo profundamente quando foi chamado de volta ao mundo real por lábios macios sobre sua pele. Xiao Zhan tinha feito um plantão de 36 horas no necrotério, substituindo um colega de trabalho que havia se machucado. Nesse período, tudo o que eles trocaram foram apenas algumas mensagens de texto, e Yibo já sentia sua falta.

  Fazia algum tempo desde que Xiao Zhan lhe ensinou a senha da fechadura eletrônica de seu apartamento, mas ainda assim, Yibo nunca tinha ido sem que ele estivesse ou sem avisá-lo com antecedência. Dessa vez, no entanto, resolveu usufruir desse privilégio, estando atualmente sobre a cama de Xiao Zhan, vestido em roupas leves que exalavam fortemente o cheiro do vampiro. E foi assim que ele o encontrou, adormecido e enrolado em seus cobertores, abraçando seu travesseiro.

  Yibo acordou lentamente quando os beijos não cessaram mesmo depois de alguns momentos. Eles foram distribuídos por suas bochechas, suas pálpebras, sobre a testa, em suas sobrancelhas, na ponta do nariz, sobre os lábios, em seu pescoço. Uma série de beijos lentos e arrastados que o fez se sentir preguiçoso. Ele abriu parcialmente os olhos quando sentiu o nariz frio afundando em sua nuca, na pele sensível do seu pescoço, inalando uma respiração profunda enquanto mãos suaves rastejavam por sua cintura, alcançando a pele por baixo da roupa e imediatamente começando um ataque de cócegas nele.

  Yibo não pôde evitar se contorcer sob o ataque, não conseguiu evitar a risada rouca que escapou por entre seus lábios, a felicidade genuína que sentia por poder ser acordado pelo homem que amava. Ele tentou fugir, mas pernas longas foram colocadas de cada lado de seu corpo, prendendo-o entre elas; mãos pequenas – comparadas às suas – mas ainda incrivelmente fortes, prenderam seus braços na cama sobre sua cabeça. Quando finalmente olhou para cima, foi cumprimentado com o sorriso ensolarado de Xiao Zhan, aquele que deixava seus olhos semelhantes a meias-luas.

  No momento em que Xiao Zhan se abaixou sobre ele, conectando suas bocas em um beijo carinhoso, teve a certeza de que não precisava de mais nada no mundo; tinha tudo aqui, ao alcance de suas mãos. Yibo sabia que era o ser humano mais sortudo do planeta Terra.

  — Bom dia, baobei. — Xiao Zhan o cumprimenta, a boca a centímetros de seus lábios.

  — Bom dia, Zhan-ge. — Respondeu, um sorriso levantando os cantos de seus lábios.

  — Não esperava encontrá-lo aqui.

  — Foi uma surpresa ruim, então? — Fez uma careta. Xiao Zhan riu, dando-lhe um pequeno beijo.

  — Óbvio que não. É só que você nunca vem aqui sem me falar ou sem que eu esteja em casa, apenas fiquei surpreso.

  — Senti sua falta. — Diz em resposta.

  Xiao Zhan solta seus braços então, e Yibo imediatamente os enrola em sua cintura, puxando-o para mais perto. Xiao Zhan cantarola contente, afundando em seu abraço.

  — Cansado?

  — Um pouco.

  Yibo enfia o nariz em seus cabelos para absorver seu cheiro, e só então percebe que eles estão um pouco úmidos.

  — Quando você chegou?
 
  — Já faz um tempo, antes de o sol nascer.

  Yibo levantou os olhos para a janela do outro lado do quarto que, apesar de ser protegida para que o sol não a atravessasse, lhe permitia ver os raios brilhando do lado de fora.

  — Por que não me acordou?

  — Você estava dormindo tão pacificamente que não quis te acordar. Além disso, quando cheguei você estava enrolado como uma bola sob os cobertores, era uma visão muito fofa de apreciar.

𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐑𝐞𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora