SER OU NÃO SER; EIS A VERDADE.

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Quem é mais inteligente: o homem ou a mulher? O negro ou o branco? Enfim, o que vem a ser inteligência? Os animais têm inteligência? O homem já nasce totalmente inteligente, ou necessita de desenvolvê-la a cada átimo de sua vida? A mente humana tem algo a ver com um computador?

O homem é um ser inteligente, o ser mais inteligente do Planeta Terra. Apesar de toda sua inteligência, o homem não alcançou a plenitude. Ele é frágil perante as forças da natureza, simplesmente porque o homem é um fragmento que faz parte dela.

Ao contrário, existe muita gente desavisada afirmando que a natureza é quem faz parte do homem. Quanto mais respostas encontrarmos sobre a ciência da vida, mais perguntas surgem, numa proporção incontável. Isso ocorre quando procuramos compreender a natureza da inteligência. Será uma dádiva divina, presenteada por um ser criador? A inteligência é tudo aquilo que nos faz pensar, agir, movimentar-se perante a vida. Sem a inteligência o homem é escravo de um padrão de vida, obedecendo a regras intransponíveis, tornando-se num ser morto, levado pela brisa da vida como se fosse uma estatueta.

Como dá trabalho ser inteligente! É esse o conceito que nosso inconsciente tem a respeito da inteligência. Veja que trabalhão damos a ele quando começamos a questionar o universo à nossa volta. Nossos neurônios são as células localizadas em nosso cérebro, tendo a função de coordenar todo o ciclo de inteligência, sendo processada e armazenada neles, se necessário. Nesse local encontramos a parte biológica e física da inteligência, processada pelos neurônios, montando um verdadeiro quebra cabeça em que cada peça possui várias funções. Como isso ocorre? Há a combinação e recombinação de neurônios, interligando informações das formas mais simples às mais complexas, constituindo a inteligência.

Quando viemos para o mundo, trazemos conosco uma linguagem própria, uma consciência própria. Eis a inteligência remanescente da nossa genética. Eis, aquilo que realmente somos. No útero materno iniciamos uma maratona de aprendizado, através de sensações e estímulos coletados por vários sensores dimensionados harmoniosamente em nosso organismo. A partir daquele momento, o âmago do mundo já não está contido dentro de nós, porém, a nossa volta. Passamos a ter nossas próprias regras, as nossas próprias fontes de vitalidade mental. Tudo o que aprendemos é, então, processado pela nossa mente, armazenando as informações (dependendo das circunstâncias momentâneas) e, posteriormente, reutilizadas para outro fim. Por exemplo: através da linguagem descobrimos um canal de comunicação com o mundo externo, um meio de receber e transmitir informações.

Se conhecemos a cor azul e demos a essa imagem o nome dito, quando pensamos em um lápis azul, reciprocamente, visualizaremos a imagem azul no corpo do lápis, com sua forma igual a que foi associada anteriormente em nossa memória. Portanto, são duas informações distintas; o lápis e a cor azul, diferenciada por um elemento comum: o nome do objeto.

No passado, pensava-se que a inteligência era uma dádiva presenteada pelos deuses. Todavia esse conceito antagônico já perdeu a sua veracidade. A própria inteligência humana encarregou-se de desmistificar essa mentira. Na evolução do conhecimento humano os conceitos de inteligência vem sendo modificados gradativamente. Até pouco tempo atrás, o famoso teste de QI era o auge do conhecimento científico sobre a inteligência.

O quociente de inteligência era medido através de testes, onde o indivíduo resolvia certos exercícios e, posteriormente, era avaliado de acordo com a quantidade de acertos, padronizado pela idade. O teste de QI levou muita gente a desistir de buscar o conhecimento, desestimulando aqueles que alcançaram os resultado mais inferiores ao teste, criando um preconceito em torno de sua própria capacidade de desenvolvimento cognitivo.

Contudo a inteligência voltou a funcionar e fez uma nova revelação, trazendo uma nova esperança para os fracassados no teste de QI. A inteligência criou a imagem verdadeira e caminha doravante em busca da verdade absoluta, em busca de uma resposta simplificada, compreensível e justa. A cada indagação solucionada surgem mais dúvidas a serem interpretadas. Graças a esse novo questionamento, na medida do tempo, o Homem caminha para o futuro com a resposta dentro de si, interpretada pela inteligência.

Todos nós temos uma semelhante capacidade mental de descobrir, criar, idealizar. E mesmo aquelas pessoas que possuem uma limitação física ou mental, dentro de seus limites, também podem desenvolver sua inteligência. Onde se encontra a diferença individual? Nas próprias diferenças humanas, no modo de vida e na sociedade, na motivação e auto-afirmação, nos desejos e conhecimentos. Se temos conhecimento de algo novo, se  o aceitamos, sentindo-se motivados por ele, teremos a inteligência ativada constantemente: trabalhando e processando informações, criando e buscando soluções diante de uma situação qualquer.

Tenho a certeza de que nada sei, mas tudo o que sei é essencial para obter respostas sob minhas incertezas e meus objetivos. Como eu conseguirei essas respostas? Buscando conhecimento, seja levado pela intuição, seja pelo caminho traçado por minha consciência.

Atualmente a inteligência abrange um processo elástico de conceitos. Toda ciência é uma forma de inteligência, senão não seriam interdependentes, apesar de cada uma necessitar de um processo diferente de inteligência. Há ciências semelhantes, mas nunca idênticas. Dentro de uma mesma ciência, a inteligência humana poderá descobrir uma nova ciência. As informações e imagens associadas formam novas idéias e conceitos. A linguagem é uma ciência usada em todas as demais, enriquecida a cada nova palavra criadas para identificar novas imagens, novos conceitos, novos elementos.

A verdade é: onde há mistério, há inteligência camuflada. O ser humano está hipnotizado pela mídia e as populações mais carentes estão sufocando a inteligência com regras, mentiras e valores de interesse capitalista. Temos de desenvolver nossa inteligência com ações e modos inteligentes. Temos de alimentar nossa mente com quebra-cabeças, não de coisas prontas. Se deixarmos a nossa mente adormecer, aceitando tudo o que é dito, perderemos a nossa identidade e a nossa existência como ser pensante e inteligente. A inteligência não se compra, não se faz, nem se vende. A inteligência se aprende com o cotidiano, exercitando-a constantemente. Temos de diversificar nossas atividades, para que a nossa mente desenvolva todos os seus hemisférios e regiões. Vamos acordar o ser inteligente que há dentro de cada um de nós, adormecido pela nossa consciência preguiçosa.

Basta de viver inferiorizado. Diga a si próprio que és inteligente. Veja como a inteligência se desenvolve através do conhecimento. Lendo esse texto, quanta coisa você aprendeu a respeito de sua inteligência. Vá em busca de conhecimento, vá em busca de respostas. Não fique atirado ao recanto de seu egoísmo e dê a você um presente que todos nós podemos ter: a inteligência.

Farmacia da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora