Winnerson
— Vamos para o Hotel? – Pergunta-me Bárbara enquanto conduzo com um pouco de dificuldade. A cacimba esvoaçava por quase toda a cidade.
— Sim.
— Winnerson. Prometa-me que não vai usar essa arma.
— Eu não prometo, mas vou tentar.
— Obrigada, – diz ela com um sorriso leve. — Até que está lindo com esse disfarce, nem parece você.
— E quem eu pareço ser? James Bond?
— Não. Capitão Jack Sparrow, com o cabelo curto. – Diz ela divertida.
Conduzo a viatura, estando agora ambos em silêncio, como se buscássemos por palavras novas. As normas que inventei, de não se deixar envolver, começavam a não fazer mais sentido cada vez que olho para Bárbara que alimentava a vista com as ondas do mar.
— Melhor estacionar aqui fora. – informo assim que chegamos à frente do hotel.
— Tudo bem!
— E você fica perto de mim, está bem? Vá que...
— Olha Winnerson, eu sei me cuidar. – Ela me corta com um tom firme.
— Tem razão, sabe se cuidar. Senão não, não teria chegado até aqui. Mas infelizmente eu não posso te deixar sair de perto de mim. Sinto muito.
— Está bem, certo, você venceu. ‒ Diz ela após um longuíssimo suspiro.
Coloco a arma na minha cintura e de seguida entramos no Hotel, onde vamos directo ao elevador. Bárbara trêmula, segura minha mão, como se não tivesse mais chão para pisar. Para içar ainda mais o meu ego, não a rejeito apenas seguro-a bem firme após um olhar de cumplicidade. A simplicidade de como ela me olha, faz-me lembrar de que há algumas horas fingíamos ser namorados, mas agora, aqui fora, que dizer: aqui dentro do hotel, eu me sinto realmente seu namorado. Pela forma como ela se pendura em meu braço.
Pegamos o elevador até ao quinto andar, assim que as portas se abrem caminhamos rápidos para o quarto da Bárbara onde encontramos suas coisas espalhadas pelo chão. O coração dispara ao me lembrar daquele cenário: da caneta nas costas de um dos homens. Dos tiros, vindo para a nossa direção. Aquilo foi surreal, nem sei como escapamos. Ambos agachamo-nos para recuperar e organizar toda aquela tralha espalhada. Bárbara, atordoada, coletava tudo que o podia e punha na sua mochila.
— Winnerson, pode ir para seu quarto levar as suas coisas, eu termino isto.
— Não, eu te espero. Iremos juntos!
Quando terminamos ali, seguimos para minha suíte, onde estava tudo intacto. Rápido, busco uma mochila e meto o meu laptop e algumas mudas de roupa. Outras coisas não me importam, afinal de contas estamos em fuga. Sem muita demora, seguíamos agora para o elevador, que nos leva até ao saguão.
Numa das entradas dois homens carecas e com óculos escuros vigiavam o local. Já era de se esperar.
— Fique calma e não olhe para eles, – digo a Bárbara que por sinal também havia os visto. — Ainda não nos viram, vamos.
— Eu estou com medo, Winnerson.
— Eu sei, mas disfarça, está bom? – seguro sua mão com firmeza enquanto a conduzo. — Vamos para o balcão.
— Olá senhores, como posso ajudá-los? – a recepcionista recebe-nos com gentileza.
— Poderia nos dizer onde fica a cozinha?
— A cozinha? – Ela pergunta com os olhos arregalados.
— Sim, é que... A refeição estava maravilhosa, e... Gostaríamos de parabenizar ao chefe, sabe, – minto e ela nos encara ainda meio atônita. — Pessoalmente.
— Ah... Sobre a refeição, claro, – ela sorri. — É só desviar a minha direita e seguir em frente. A porta que encontrarem à sua frente é a cozinha.
— Obrigado! – Deixamos o balcão e seguimos a instrução.
— Eles nos viram Winnerson, estão a vir a trás de nós.
Quatro homens vinham a nossa trás. O traje é mesmo para funerais.
Puxo a Bárbara e logo entramos por um corredor que nos leva para a cozinha. Convinha que fôssemos cozinheiros ou algo assim, mas entramos, sem licença e sem competências. A nossa presença faz com que muitos olhos nos encarassem esbugalhados. Estupefatos nenhum dos presentes naquele lugar ousa dizer palavra enquanto a atravessávamos aquele sagrado lugar até a saída de emergência e logo entramos no carro. Tiros se espalham em simultâneo quando saímos serpenteando pela estrada ultrapassando carros e desrespeitando os semáforos.
— Uau, Winnerson. Aquilo foi hilário. – Diz Bárbara gargalhando irônica.
— Eu só não entendo como eles sabiam que estávamos lá. A não ser que... Droga Bárbara, desliga o telefone, – digo quase gritando. — Acho que rastrearam seu telefone.
— O quê? Mas como, pode?
— Eu não sei. Talvez tenham conseguido emparelhar o seu celular ou sei lá. Ou talvez tenham colocado um GPS ou uma escuta na sua roupa, – digo e travo bruscamente. — Verifica suas coisas.
Bárbara vasculha sua pasta e sacode as roupas, mas nada encontra. Fazendo as contas, tudo que eu disse fazia sentido. Eles podem muito bem ter implantado uma escuta nas coisas dela.
— Inacreditável, não tem nada aqui, ‒ diz ela e de repente paralisa. — Ai merda. Winnerson veja no meu pescoço.
— O que tem?
— Quando aquele homem me esganou, senti algo estranho ele deve ter colocado alguma coisa em mim. Verifique Winnerson.
— Alguma coisa, quer dizer: um chip? Deixa eu ver...
— É...
— Nada disso Bárbara... Mas tem uma marca vermelha, só não acho que tenham te colocado um chip.
— Talvez eles tenham mesmo localizado o meu celular. Porque se não, então, como eles souberam que eu estou em África?
— E isso é um grande problema!
— E o que fazemos agora, Winnerson?
— Continuamos... E temos que ser rápidos. Precisamos ter acesso a essa informação, antes que eles nos encontrem. – Digo e ela afirma concórdia.
Acelero a viatura enquanto telefono para o meu amigo Senzo, que me dá as coordenadas exactas de como chegar ao seu iate. Não muito tarde, chegamos ao porto onde estaciono a poucos metros dos barcos ali ancorados.
— E ai Winn, meu amigo, como vai? – Senzo se aproxima com os braços prontos para um abraço.
— Oi Senzo, meu velho amigo, – abraço-o. — Você sabe como estou, não adiantar perguntar...
— Claro que eu sei mano, – diz ele após nos afastarmos. — Uau, estás com uma white das boas, mano.
— Hei, Senzo calma ai broh. Não é o que estás a pensar. – Falo num tom baixo.
— Ehh... Fala sério, Winn. É a tal garota de quem falaste? – agora Senzo abaixa o tom como que se sussurrasse. — Poxa vida, mano. Longe de pensar que era uma deusa dessas, pah!
— Senzo, esta e a Bárbara. A moça de quem eu falei, – digo assim que ela se aproxima a nós. — Bárbara, este é o Senzo, meu amigo.
— Prazer Bárbara, – diz ele e pisca um olho para Bárbara.
— O prazer é todo meu.
— Bom, pessoal. Bem vindos ao cruzeiro Afro-Senzo. – Diz Senzo convidando-nos com um simples gesto a entrarmos a bordo.
O iate carrega o mundo todo ali dentro e o luxo e de tirar o folego. Tem quase um pouco de tudo. No meio daquele deslumbro, Senzo carrega uma caixa e coloca-a por cima de uma mesa. Ele coça a cabeça antes de abri-la. E já que Abril é o mês da paciência, a gente se senta como se não tivéssemos nenhuma pressa.
— Querem tomar alguma coisa? Champanhe, uísque, ou... Qualquer outra coisa. – Diz ele caminhando para os armários.
— Eu estou bem, talvez alguma coisa só para ela...
— Obrigado, mas eu também estou bem. Lembras que temos os bolinhos da Dyane? – Ela coloca o cestinho dos bolinhos na mesinha do centro.
— Parece que tenho aqui ainda algumas barras de chocolate, sardinha, pão, e... Leite, – Senzo retira as coisas de um armário. — É, leite serve. — Acho que com leite, isso vai dar para assegurar o estômago enquanto trabalhamos.
Senzo traz o leite fresco e mais alguma coisa. Coloca tudo ao lado daquele cestinho, tudo ao seu estilo, que te faz pensar que vai se sentar, enquanto é mesmo para pegar um bolinho da cesta e colocar na boca.
— Hummm.. isso é tão bom, trouxeram de onde, Moçambique?
— Cala boca Senzo e traga um copo para ela...
— Huumm... Que bolinhos gostosos poxa, – ele fala com a boca cheia. — Sua avó deve ser uma ótima cozinheira, mano.
— Pára com isso Senzo, não estou com humor para isso hoje, – reclamo enquanto recebo o copo de sua mão. — Quer dizer que agora vives aqui?
— Quase isso, – ele senta-se em frente a umas telas gigantes. — Pensei que já tivesses voltado a Moçambique, não ias voltar hoje?
— Ia... Quer dizer, vou, na segunda, mas... ahh... Melhor deixarmos isso para lá.
— Sério, não me diga que ainda estavas a cuidar dos negócios do Cota e logo encontrou uma princesa... e se apaix...
— Senzo, dá para calar essa boca? – retruco antes que ele concluísse a frase. — Bárbara pode me entregar o celular?
— Está certo, senhor milionário... ups.. pronto, calei.
— Sabe broh, precisamos tirar uma informação desse celular, mas acredito que ao liga-lo seremos localizados.
— Vocês estão mesmo num jogo de perseguição hein? Isso deve ser incrível, – ele se diverte enquanto entrego-lhe aquele aparelho móvel. — Eu particularmente nunca estive numa perseguição. Tipo... Velozes e furiosos, tipo uau... Isso é mesmo incrível mano.
— Sem piadas Senzo. E por favor, dá para parar de falar?
— Está bem, desculpa ai, – diz ele e depois revira o celular em suas mãos como se fosse algo quente, — Sabe, não tem outro jeito de tirar essa informação sem ligar o celular. Ahh, mas isso vocês sabem. O que não sabem é que eu... Eu acho que posso fazer, quer dizer: eu posso tentar fazer uma coisa.
— O que exatamente? – Bárbara que até agora estava quieta se manifesta.
— Ligá-lo e logo desativar o GPS. – Responde Senzo, como se fosse uma piada. Quer dizer: lançar piadas, é a segunda e maior coisa que ele faz melhor.
— Consegue fazer isso? – Mais uma vez Bárbara questiona e Senzo bate os ombros olhando para mim.
— Ele... Ele consegue. A pergunta certa é: em quanto tempo ele consegue.
— Para ser sincero eu não sei. Uns três ou cinco segundos. Esse é um suficiente para desativar o GPS sem que alguém tenha a chance de rastreá-lo.
— E quanto a isso, – mostro-lhe o pen drive que arranco das mãos da Bárbara. — Em quanto tempo consegue descriptografar?
— Esta a brincar? Isso é meu trabalho mano.
— Por isso pedi a sua ajuda, – aproximo-me a ele. — Nos não temos muito tempo Senzo. Então, quanto tempo precisa para descriptografar a informação que esta aqui?
— Me passa o pen drive, – ele conecta-o logo que lhe entrego. — Dois minutos no máximo.
— Isso é sério? – Bárbara extrapola colocando-se em pé. — Tem homens armados, vindo a nossa trás neste momento. Então você precisa fazer isso em um minuto no máximo. Isso não deve ser tão difícil para ti. Já que é seu trabalho!
— Primeiro: é difícil sim. Porque tenho que tenho que desfazer uma criptografia de origem desconhecida, e segundo: está a dizer que eu não sou profissional, hein? – Senzo também se exalta. — Você acha que é fácil, então por que não vem aqui fazer?
— Ei, Senzo, calma está bom? Não foi o que ela quis dizer.
— Sabe, é que não tem outro meio de obter essa informação sem ligar o aparelho. Então o mínimo que eu posso fazer, é antes desligar o GPS do aparelho. Mas o GPS que dá mais trabalho e o da própria fábrica do telemóvel. – Senzo após conectar o celular em seus aparelhos. — este GPS já vem lá instalado. Para o caso de roubo ou perda do aparelho, porque caso não, só o facto de ela ter saído do seu país devia ter se desconectado.
— Então quer dizer que eles invadiram os satélites ou rede da Apple?
— Isso. Até que não é tão difícil assim, quando se tem material em potencial, – diz ele, ironicamente. — Então, se vamos fazer isso temos que ser e espertos e bem rápidos. E quanto ao conteúdo no pen drive está criptografado por um código muito complexo...
— Ei Senzo, eu vou entender se você não puder fazer nada. Na verdade é um grande risco que você está prestes a correr, então se quiser podemos parar por aqui.
— Senzo... É Senzo nem? ‒ ele assente. — Me desculpa está bom? Não que eu esteja a duvidar de suas habilidades com o computador, mas acho que Winnerson tem razão, você não precisa fazer isso. Nós vamos dar um jeito.
— Hhoo... Hhooo, espera ai pessoal, qual é? Eu sei que vocês podem dar um jeito, – Senzo deixa sua poltrona e aproxima-se a nós. — Você me conhece, Winn, eu sou bom nisso. E só para constar, eu sou seu amigo e, esse é um risco que alguém tem que correr. Você sabe mano. Aliás, correr riscos é uma das minhas especialidades.
— Sabe Senzo, isso não é uma brincadeira. Tem pessoas muito perigosas à trás de mim, de nós..., – Bárbara o adverte com serenidade. — Essas pessoas são da pesada, e você não vai querer se meter com elas.
— Fiquem tranquilos pessoal, que venham. Eu não tenho medo de nada, se eles quiserem se divertir, nos divertiremos para valer, – Senzo diz com certa confiança. — Também tenho a minha gangue.
— Como assim? O quer dizer com isso, por acaso você é louco ou o quê? – Bárbara aproxima-se do Senzo. — É da máfia que estamos a falar e não de bandidinhos dos filmes que você anda a assistir.
— Claro que não, mas ninguém mexe comigo garota fique a saber. –Senzo fala voltando para o seu lugar. — Infelizmente não estará mais aqui para vê-los morrer, se por acaso decidirem fazer-me uma visita.
— Aqui esta a informação que precisavam, – Senzo nos convida para perto. — Mas que porra é essa? Essa gente faz contrabando de tantas armas assim... Isto é o mesmo que vender a morte.
— Descritptografou? – Bárbara questiona.
— Eu disse que era bom. – Senzo mais uma vez se gaba. Posso abrir as fotos?
— Claro.
— Mas de onde é que saem tantas armas hein? – Ele se admira quando Bárbara mostra-lhe as fotos que fez.
Após as fotos serem copiadas para o pen drive Bárbara pede que sejam de imediato, apagadas do seu celular. E a informação já decriptografada, deixava transparecer alguns dados e nomes, em códigos, claro. Reparo nas datas e nos locais onde se contrabandeiam as armas. Algumas eram mandadas para a Europa, outras para América e África. Em África, deparo-me com o nome do meu país na lista, e a província era Cabo Delgado.
— Quem são esses tipos? – Senzo que continuava com os olhos nas fotos.
— A máfia russa. E este com a maleta é o meu irmão, Dimitri.
— Hooo hooo, espera ai loirinha, quer dizer que vocês estão mesmo a fugir da máfia russa? – Senzo espanta com a informação. — Eu pensei que fosse só mais uma brincadeira, sabe. Nós brincamos assim, contamos piadas, falamos de coisas engraçadas sabe, um pouco assustadoras, mas nada assim tão sério...
— É isso ai. Chega de conversa, temos que ir embora. Não sabemos o que pode acontecer se por acaso eles tiverem visto o sinal do GPS, – digo após olhar para o meu relógio de pulso. — E aquilo que eu pedi, está pronto?
— Claro, – Senzo coloca-se de pé depois que me entrega o pen drive. Ele abre a caixa de onde retira dois passaportes e um envelope branco. — E quanto ao dinheiro, não precisa me pagar!
— Obrigado irmão, agora reconheço que você é realmente o tal de Afro Senzo.
— E você é meu irmão, meu mano rico, – ele faz suas gracinhas. — Mas tem que me contar como conseguiu ficar rico em pouco tempo.
— Cala boca meu, você também é rico. Olha só para este iate.
— Ahhh qual é Winn. Isso é herança de família. Olha só para ti: você é que trabalhou e ficou rico. Até namora uma branca. – ele fala em zulo e se ri da piada.
— Não exagera. E não goze da minha boa vontade, senão ainda te arrebento aqui mesmo. – Digo ambos nos rimos.
— Isto é seu... – Entrego o pen drive a Bárbara.
— Não. Fique com ele, – ela rejeita empurrando minha mão. — Se alguma coisa acontecer comigo, eu quero que você entregue essa informação ao meu pai, ou as autoridades. Promete que vai fazer isso?
— Fique tranquila nada vai te acontecer, está bem? Eu estou contigo nessa, até ao final.
— Obrigado Winnerson, mas eu conheço o Dimitri. Ele não vai descansar sem encontrar essa informação, – ela segura minhas mãos com delicadeza. — Então me prometa Winnerson, que... Se algo me acontecer, você vai entregar essa informação ao meu pai ou as autoridades.
— Ei, Bárbara, olhe para mim, – seguro o seu rosto abatido. — Nós vamos resolver isto juntos está bem?
— Tudo bem. Mas você promete?
— Prometo. – Envolvo-a num caloroso abraço.
Estar assim abraçada a ela desperta em mim certos sentimentos e sinto que ela sente o mesmo. “E como é que eu sei?” O jeito que ela me olha, já diz tudo. Absurdo seria, se eu pensasse que nenhum de nós quer o outro, ou que, tirar a roupa um do outro é um plano que nunca nos passou pela cabeça.
— Ei, pessoal, acho que temos companhia. – Senzo nos avisa e soltamo-nos quase num pulo.
Ambos corremos para pequena janela: lá estavam os homens-careca, num grupo de quatro.
— São os mesmos do hotel. – Diz Bárbara se retirando da pequena janela.
— É melhor saírem daqui. Subam a escada e fiquem ali escondidos. Eu vou tentar despista-los para que vocês saiam, está bem? – diz Senzo, um pouco atrapalhado. — A não ser que queiram esperar até eles irem embora.
— Como assim? – Agora fico perplexo.
— Como? Eles nem sabem em qual barco vocês estão.
— Valeu irmão, mas temos mesmo que ir, – digo e busco a mão da Bárbara que não me nega. — Fique bem Senzo, e tente não fazer idiotices.
— Entendido, vão logo!
— Muito obrigada pela ajuda, – agradece Bárbara estendendo a mão para ele. — E a propósito, o seu iate é incrível, espero voltar um dia desses.
— Ahhh, valeu loirinha. Pode vir o quanto quiser, é bem vinda, – diz ele apertando sua mão. — Eles já passaram, agora vão. Vão, vão...
Enquanto deixávamos o iate, Senzo saia em direção àqueles homens, que vasculhavam barco a barco a farejo, como cães do mato.
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Uma escolha fatal|O moço ambikano e suas paixões
RomanceWinnerson Culande encontrava-se de férias na Cidade do Cabo, em África do Sul. Onde por alguma razão, uma jovem russa de nome Bárbara Kasyanov, invade o elevador no qual ele estava. Fugia da máfia. Roubara uma informação valiosa, e a máfia a queria...