Aemond sabia que sua carne era fraca demais para suportar os olhares desconcertantes dela.
Sempre que seus lábios se moviam em sua direção, ele sentia o coração despencar, como se caísse em um abismo profundo.
Ele já não estava aguentando resistir a...
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"O amor é loucura, e luxúria é veneno." – A Dança dos Dragões
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Ele é esculpido em fogo e sangue.
Por vezes mais fogo. Porém, o sangue pulsa em suas veias.
É um dragão feroz e ágil. Tem uma boca esperta, uma postura imponente, e é bom com palavras.
Transformaria um ateu em um homem de boa fé. Um ladrão em um pobre arrependido.
Mesmo sendo só alguém feito de carne e ossos, Aemond está revoltado porque não pode ter aquilo que mais quer.
Ele quer uma vida longe de tragédias. Quer a coroa banhando sua cabeça em ouro. Quer sua vingança. Seu olho por olho. Mas seu desejo mais perverso e indecente é querer sua irmã, Helaena.
Aquele maldito nome não sai de sua mente a meses!
Ele se culpa por ter sonhos lascivos, e se controla como pode.
Ele é um péssimo filho, afinal.
Diferente de Helaena em tantos aspectos.
Ele é desprezível. Ela é perspicaz.
Ele é rude. Ela é amável.
Ele é irresponsável. Leviano.
Ela é sensata. Inteligente.
Ambos opostos. Sempre em lados contrários.
Mas Aemond não aceita ver Helaena sendo vendida a Aegon como esposa. Ele sente suas mãos amarradas, a garganta sufocando com um grito silencioso e vazio.
Quer impedir o ato e reinvidicar o que tando necessita e acredita que seja seu por direito.
Porque ela é sua. E apenas isso importa.
(...)
Helaena desperta em um pulo. Seu coração bate em uma frequência esmagadora. Está com a boca seca, e o corpo suado, escorregadio.
Afunda os dedos no lençól fino, tocando na maciez, e sentindo que está acordada.
São pesadelos terríveis. Perturbadores. Uma maldição idigna.
Aemond quase arrebenta a porta maçiça em sua frente. Ele está tão desesperado que quando seus olhos encontram os de Hela, leva um tempo para acreditar que ela está plenamente bem.
