epílogo

428 38 14
                                    

"Quanto mais você fala, menos eu seiAonde quer que você vagueie, eu te seguireiEstou implorando para você pegar minha mãoArruinar meus planos, esse é meu homem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Quanto mais você fala, menos eu sei
Aonde quer que você vagueie, eu te seguirei
Estou implorando para você pegar minha mão
Arruinar meus planos, esse é meu homem

A vida era um salgueiro e ele se curvou ao seu vento."

- Willow, Taylor Swift

...

A

s dores a consumiam como pólvora no fogo.

Seus gritos ecoavam no silêncio soturno do castelo. Mulheres e suas guerras travadas no campo de batalha da concepção.

- Não solte a minha mão. - ela pede e ele a segura com mais força.

- É um menino, minha princesa.

A parteira entregou o bebê em seu braços. Ela sorriu. Eram lindos gêmeos. Seu coração apertou ao pensar no medo de perdê-los.

- Está sangrando. - Aemond esboçou um pavor desconcertante.

Ele parecia sentir a dor dela. Estava preocupado e afoito, jamais havia visto um parto na vida.

- Acredito que seja natural.

- Eles são tão pequenos. - diz ele.

- Fico feliz que esteja aqui. - Hela declara.

- Não a abandonaria nesse momento.

O olhar sincero de Aemond fez seu peito aquecer com tamanho apoio. Ele largou os treinos de espada no exato instante que soube que sua Helaena estava dando a luz.

Ele correu para chegar a tempo, ignorou os avisos de sua mãe sobre ir até lá, porque sabia a importância de estar ao lado dela.

Mas Aegon atravessou a porta e encontrou ambos abraçados em uma sintonia única e inexplicável, seu semblante endureceu.

- Pode me deixar a sós com meus filhos e minha esposa, irmão?

Ele assentiu, mas Hela segurou seu polegar para ele não se afastar.

O jovem se desvenciliou dela, assentindo que estava tudo bem.

Ele deixou o quarto, e se sentou em frente a lareira da grande sala.

- Fico tranquila em saber que ela está bem. - Alicent anuncia.

- Eles são lindos, se parecem com ela.

Sua mãe não esboça uma reação feliz. Alicent está impaciente, seus dedos formigam e ela tem um questionário de perguntas a Aemond sobre a natureza de seus sentimentos.

Aemond assistia seu reflexo turvo no espelho embaçado no alto da lareira.

Ele achou feio o que viu.

Achou estranho, odioso e abominável. Era assim que se via. A cicatriz pesada no meio da face, o olho que foi roubado.

Mas ao relembrar das noites com Hela, sua vida ganhava um novo sentido. Sentia-se completo, de um enfervescer de emoções.

Não era fácil estar no lugar dele.

Desde pequeno, construiu uma muralha envolta do seu coração, porém, aos poucos pedra por pedra foi sendo derrubada.

Ele era um perfeito desastre, nascido nas chamas, e destruído por elas.

Restavam, então, apenas cinzas de Aemond Targaryen, afinal.

- O que exatamente sente, Aemond? - ela finalmente indaga, atraindo a atenção dele. - Vamos, seja sincero!

Aemond olha para ela. Seu peito aberto, dilacerado.

Ele não tem o que esconder.

Já havia dito, mas Alicent não acreditou muito em suas palavras. Ela sempre dava o benefício da dúvida, exceto a Aegon, sua reputação era justa.

- Ardor.

Fim

ArdourOnde histórias criam vida. Descubra agora