4° CAPÍTULO: O antigo castelo.

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Janguar, após percorrer por muitos corredores, enfim chegou até a porta da sala do diretor de Hogwarts, se deparando com um novo empecilho: uma enorme gárgula de pedra, a qual ele não fazia ideia de como funcionava.

"Que porra é essa… oxi, que porta mais estranha! Isso, sim, que é criatividade." — Ele pensava sobre qual seria a forma correta de fazer aquela gárgula abrir a passagem.

— Precisa de ajuda? — Uma voz feminina surge por detrás de Janguar, lhe surpreendendo.

Ao virar-se, em direção àquela voz repentina, se depara com a jovem mulher que o cumprimentou no jantar de ontem. Não se lembrava, ao certo, qual era o seu nome…

— "Nomes de gringos costumam ser difíceis, né… É… Minerva, sim, e seu sobrenome… McAlgumaCoisa', McGonny, McGonall, Mc…" — Tentou se lembrar, porém, sua memória não era muito colaborativa.

— Lembra de mim? — A mulher perguntou, sorridente, impedindo que sua mente trabalhasse por mais tempo.

Ele cerrou os olhos e arqueou as sobrancelhas, com uma nítida expressão de quem tentava se lembrar a todo custo e falhava miseravelmente.

McGonagall riu, podendo quase ver um ponto de interrogação enorme acima da cabeça do rapaz.

— Bom… — Janguar procurava palavras, meio sem graça por não conseguir lembrar-se do nome da bela mulher. — Minerva, não é?

Ela, sorrindo, lhe confirmou com um aceno de cabeça.

— Sim, Minerva McGonagall, senhor Janguar.

— Sim, claro! — Janguar estalou os dedos. — Muito prazer, novamente, Minerva. Por favor, pode me chamar de Augusto. — Ele pediu permissão para beijar a mão de Minerva, como um bom cavalheiro, e a obteve rapidamente.

Ela sorria, agora, um tanto tímida e com as bochechas levemente avermelhadas.

Janguar amava causar isso nas pessoas… Era extremamente satisfatório vê-las acanhadas pela simpatia suspeitosa do latino. A moça era bonita, pensou que talvez valesse a pena investir sobre ela também, sem compromisso, claro, ou quem sabe… Não é atoa que lhe chamavam de "mulherengo", "vagabundo", "vadio", e dentre outras ofensas do tipo. Não era um orgulho, mas… não podia evitar. Ele tentava, jura que tentava, mas não conseguia evitar. Era um defeito, ele admitia. Já se perguntou de quem herdara e não foi difícil chegar a uma conclusão, bastou olhar para sua mãe. Apesar de uma mulher admirável, ela também possuía esse defeito não-tão-bom. Para Janguar, já havia se tornado um costume, um prazer diário, até mesmo um hobby, atirar para todos os lados. Ele sempre acertava alguns alvos. Era uma parte de sua personalidade, um hábito difícil de abandonar, e isso já lhe causou uns tantos problemas…

Só de lembrar-se das encrencas que já se meteu, não só por isso, sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Contudo, ao voltar sua atenção para a mulher, segundos depois do ocorrido, ela já havia se recomposto totalmente, como se absolutamente nada tivesse acontecido. Nem parece que suas bochechas estavam naquele tom de vermelho há segundos atrás.

No fundo, Janguar até preferia que não lhe dessem muita trela, pois era mais fácil de comportar-se naturalmente e evitar investidas que pudessem causar alguma nova confusão; (como maridos ou namorados furiosos, que era o mais comum de se acontecer).

— Precisa de ajuda para entrar na sala do diretor? — Ela questionou novamente.

— Pois é… — Ele olhou para a grande e estranha gárgula de pedra, mais uma vez, tão grande que seus olhos quase miravam o teto. — Eu não faço a menor ideia de como isso funciona. — Respondeu e riu.

𝙰𝙿𝙴𝚂𝙰𝚁 𝙳𝙾𝚂 𝙿𝙴𝚂𝙰𝚁𝙴𝚂 × 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐬 𝐃𝐮𝐦𝐛𝐥𝐞𝐝𝐨𝐫𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora