6° CAPÍTULO: Biblioteca.

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Após o término do almoço, Minerva seguiu para lecionar a sua primeira aula do dia. — Sua manhã com Janguar, durante o tour, havia sido bem relaxante para ela, há tempos que não tinha um momento tão descontraído. Ela e Janguar puderam se conhecer melhor, e Minerva poderia afirmar que jamais conhecera alguém tão divertido quanto Augusto. O rapaz fazia piada com tudo e conseguia achar graça até nos mínimos detalhes ao seu redor. Não era um humor forçado, ele só… falava de um jeito engraçado, talvez? — Já que Dumbledore havia sido transferido para a matéria de transfiguração, McGonagall ocupou seu cargo na matéria de Defesa-Contra-as-Artes-das-Trevas; basicamente, trocaram suas matérias. — Algo que, inclusive, foi bem desagradável para Albus; logo ele que amava as lições da matéria de D.C.A.T. e, sem dúvidas, já poderia ser considerado um dos melhores professores que lecionou em Hogwarts.

Aos poucos, o salão principal foi se esvaziando mais e mais. Alguns alunos insistiam em permanecer no local, na falha tentativa de fugirem por mais alguns míseros minutos das aulas tediosas e dos demais professores chatos. Mas, era inútil, aquele senhor esquisito que perambulava pelo colégio sempre os expulsavam com ameaças vazias.

"Quanto estresse…" — Augusto comentou em sua mente desocupada, observando o modo como aquele homem tratava os estudantes; tão rude.

Pouco tempo depois, o salão se encontrava totalmente vazio. Com isso, Janguar ficou meio à deriva pelo grande castelo mágico. Todos estavam fazendo suas devidas atividades, cumprindo com suas obrigações… Ninguém para conversar, bater um papo, jogar um truco, ou qualquer coisa aleatória, que fosse… Nada para distrair sua cabeça…

Apesar de não ser um adolescente há um bom tempo, seus pensamentos eram tão agitados, atualmente, quanto eram há uns 15 anos atrás. Às vezes, pensar demais o cansava e ele precisava constantemente mudar o foco de seus pensamentos extremamente ativos.

— Espera! — Augusto exclamou, pulando de uma das longas mesas do salão principal, que abrigava os alunos de alguma casa específica, em que estava sentado. — "A biblioteca de Hogwarts! É enorme! Basta encontrar um bom livro pra ler!" — Concluiu em sua mente, enfim, decidindo o que poderia fazer para se distrair até o final daquele longo dia.

Ele olhou ao seu redor, com um sorriso que foi diminuindo gradativamente, enquanto ele se dava conta de que não conseguiria lembrar o caminho correto para a biblioteca. Se tentasse ir sozinho, com certeza, se perderia em meio àquelas escadas assustadoras.

— Mas que merda, hein! — Exclamou, pondo as mãos na cintura e pressionando os lábios num gesto de ansiedade e frustração.

"E agora?" — Se questionou.

— Olá! — Uma nova voz surgiu por detrás de Augusto. Uma voz masculina, porém aguda.

Quando ele se virou — num pulo, por conta do susto — para ver de quem se tratava, deparou-se com um dos fantasmas do colégio. O homem meio transparente e brilhoso sobrevoava acima do latino e demonstrava simpatia em seu rosto.

— Olá. — Janguar retribuiu, dando um grande passo para trás com o reflexo de seu corpo assustado.

— Eu sou Nick-Quase-Sem-Cabeça, muito prazer. — O fantasma se apresentou, sorrindo de orelha a orelha.

Pelo nome e pela aparência não-tão-velha, era óbvio que ele havia sido assassinado, e pelas vestes de época, foi há muito tempo atrás. — Janguar constatou rapidamente, como de costume.

— Eu sou Augusto Janguar, muito prazer, senhor Nick. — Augusto mantinha seus olhos fixados no fantasma, pois não conseguiria identificar se aquele camarada era de total confiança.

Todos sabem, fantasmas são cheios de surpresas. Em CasteloBruxo também havia muitos fantasmas, de todos os tipos, e alguns eram terrivelmente duvidosos; como os poltergeist, por exemplo. Uma vez, um poltergeist de CasteloBruxo aprontou uma enorme pegadinha com Janguar, em seu 2° ano escolar. O trauma foi tão grande que acabaram virando amigos e aprontaram juntos pelo resto de seus anos na Escola de Magia e Bruxaria da Amazônia. — Bem irônico, com certeza, uma grande reviravolta. — Com seu amigo assombroso, ele aprendeu tudo e mais um pouco sobre pegadinhas, zoeiras e malandragens. Foi a melhor vida escolar que ele poderia ter, mesmo correndo riscos frequentes de expulsão — ou pior, até a própria morte.

𝙰𝙿𝙴𝚂𝙰𝚁 𝙳𝙾𝚂 𝙿𝙴𝚂𝙰𝚁𝙴𝚂 × 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐬 𝐃𝐮𝐦𝐛𝐥𝐞𝐝𝐨𝐫𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora