Capítulo 5: Tremor

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— O que diabos você quer dizer com preservá-los? — Hermione exigiu estridentemente. — Como isso é possível? Deve ter sido... — ela vasculhou o cérebro por um momento, tentando montar algum tipo de linha do tempo. Isso foi difícil devido à sua tontura. — anos...

— Menos do que você pode pensar, — Draco contradisse severamente.

Sem saber se seria capaz de ficar de pé sem ajuda por mais tempo, ela pressionou as costas contra a extensão da parede de pedra para se sustentar. — Eu preciso que você me diga o que você sabe.

— Eu não sei nada com certeza, — ele insistiu, o sulco de sua testa se aprofundando enquanto observava sua luta. Estendendo a mão, ele segurou o cotovelo dela e o enrolou na dobra do braço. Juntos, os dois se encostaram na parede ao lado da tumba mais próxima.

— Então me diga o que você acha que sabe.

Depois de um momento de hesitação, ele começou: — Bem, como você viu, há três câmaras principais aqui: esta cripta, a sala do altar... e a pequena câmara pela qual presumo que você e eu entramos.

Ela acenou com a cabeça com desgosto enquanto se lembrava de sua entrada horrível. — Aquela cheia de esqueletos.

— Sim - e como vimos, a cripta é para guardar os mortos, enquanto a sala do altar era para... er, sacrifícios...

Hermione estremeceu interiormente ao lembrar que o tampo da mesa tinha o comprimento certo para um corpo humano se deitar. Silenciosamente, ela pressionou: — Sacrifícios humanos?

— Suspeito que sim. — O horror dela deve ter ficado claro em seu rosto, porque ele acrescentou apressadamente: — Não sou o responsável por tudo isso, Hermione.

Hermione...

Ela nunca iria se acostumar com isso. A maneira como o nome dela saía de sua língua era primorosa. Como se eles não tivessem se separado em circunstâncias nada graciosas. Como se ela não tivesse fugido. Como se eles tivessem uma história significativa além de uma inimizade e um caso de uma noite. Como se ela fosse importante para ele. Como se ele pudesse apenas...

Não.

Ela não podia se dar ao luxo de pensar nessas coisas agora. — Eu sei que você não fez. Por favor continue.

Ele olhou para ela por um longo momento, como se soubesse partes do que acabara de acontecer em sua mente. O resto saiu de sua boca rapidamente; talvez ele estivesse ansioso para simplesmente acabar com isso. — O que eu suspeito é que os esqueletos na primeira câmara são os restos descartados daqueles que foram sacrificados.

Hermione não havia considerado esse ângulo antes. Movendo-se inquieto, ela lentamente afundou na parede. A pedra áspera era abrasiva contra suas costas, mesmo através de seu moletom. Draco tentou levantá-la pelo cotovelo, mas tanto o peso quanto a vontade dela eram muito pesados. Seus braços se desconectaram onde estavam entrelaçados e ela logo estava sentada no chão de pedra, com as pernas abertas à sua frente. Draco agora estava desajeitado, como se não soubesse mais o que fazer agora que não a estava apoiando fisicamente.

Seus pés descalços estavam dormentes de frio, de modo que ela mal podia senti-los por mais tempo, suas meias levemente úmidas de caminhar nos caminhos de terra fria. Inadvertidamente, Hermione estremeceu - um ato que usou mais energia do que ela estava preparada. Ela foi recompensada com outro surto de tontura.

— Está com frio?

Hermione olhou para a expressão preocupada de seu companheiro. — Está muito frio aqui.

— Por que você não disse antes? — Draco sibilou, agachando-se bem na frente de onde ela estava esparramada. Erguendo sua varinha, ele lançou um feitiço de aquecimento sobre ela.

Set In Stone | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora