Felix finalmente foi morar sozinho e estava indo bem, até ter a sensação de estar sempre sendo observado. Ele só não sabia se estava delirando por conta dos traumas de seu passado ou se ele realmente estava vivendo aquilo, de novo.
...
"essa noite você pode dormir no meu quarto. Eu fico na sala, só pra ter certeza de que você está seguro aqui em casa... Fico de vigia."
-não. Você dorme comigo. Do meu lado. Porque ele vai entrar pela janela... Eu sei que vai.
Falei conferindo a tranca da janela, vendo que ela era um pouco alta. Ele teria dificuldade pra pular ali.
" felix... Ninguém vai pular aqui, ok? Mas se você prefere... Eu durmo com você. Sem problemas."
- Mas eu quero dormir do lado da parede. E tranque a porta.
Falei checando a tranca da mesma, vendo Hwang vir até mim, segurando meus braços, e me virando pra ele, logo passando os braços por minha cintura.
" eu já falei que ninguém vai encostar em você comigo aqui... Você está protegido. Aquele maluco não vai ousar entrar aqui dentro."
Eu então o abracei, me sentindo reconfortado. Parecia que finalmente eu iria ter uma boa noite de sono.
Aquele sábado passou calmo, e na hora de dormir, Hyunjin foi buscar minhas coisas pra passar a semana na casa dele, junto de mim.
Cheguei, tomei meu banho e depois de jantar, eu deitei com ele. Ficamos conversando, até que ele dormiu.
Eu fiquei olhando pro teto, sem pregar os olhos. A porta e janela estavam trancados, mas eu conseguia visualizar aquele homem passando por ela.
Com medo dos meus pensamentos, eu tampei a cabeça com o cobertor e então eu dormi.
Dormi bem ate as 5 da manhã, quando não senti hyunjin na cama comigo. Vi a porta do quarto aberta e quando olhei pra direção da sala, eu vi algo que arrepiou até os fios de cabelo da minha nuca.
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" o que é aquilo? Não... Não... É seu cérebro criando coisas. Deita e cubra a cabeça."
Foi o que eu fiz, e logo ouvi a descarga no banheiro, e então a porta fechando. Quando a cama afundou, eu olhei e vi hyunjin ali, se deitando.
Eu grudei nele e passei o resto da noite ou Dia, daquele jeito. Uma hora até senti que ele estava com calor, mas não o soltei por nada. Ele tinha oferecido um ombro amigo, então agora iria ter que me aguentar.
Só iria sair daqui quando eu parasse de ver aquele homem.
