Capítulo 8 - Por Que Não Quereria?

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Pov Zendaya

As pancadas não paravam. Tentei enterrar minha cabeça no travesseiro, mas isso não pareceu abafar o barulho. Eu gemi e rolei e de repente não havia nada debaixo de mim
e minha bunda estava batendo no chão com um baque. Que porra é essa? Onde eu estava? Eu não queria abrir meus olhos para descobrir, mas como as batidas continuavam, eu não tinha escolha. Eu calaria qualquer que fosse o inferno que
estivesse causando essa gritaria infernal.

Abri os olhos e olhei ao redor, mas ainda estava malditamente escuro, então eu não conseguia ver um palmo à frente do nariz. Parecia que eu havia caído de um sofá. Por
que diabos eu estava dormindo no sofá? Puxei-me para cima pela almofada e soube
imediatamente que não era o meu sofá. Esse era muito mais macio. Não é de admirar que eu estive dormindo lá.

A batida continuou e eu finalmente percebi que estava vindo da porta da frente. Quem diabos estava a essa hora na porta? Inferno, o amanhecer nem sequer tinha acontecido ainda, estava escuro. Minha cabeça estava me matando e as batidas não
estavam fazendo nada melhorar, então fiz meu caminho em direção à porta da melhor maneira possível.

Maldito seja. – Eu murmurei quando esbarrei em uma cadeira. Minha perna teria um hematoma feio mais tarde.

Segurei a parede atrás da cadeira enquanto eu seguia as batidas. Quem diabos ficaria batendo por tantos minutos que tinha me feito levantar e encontrar a porta? Algum idiota insensível, era isso. Ele ou ela escutaria muito assim que eu descobrisse como abrir a porta.

Eu me atrapalhei com a tranca e a fechadura e, finalmente, desbloqueei e abri a porta, estremecendo automaticamente com a luz vinda do corredor. Claramente eu não
estava em uma porra de casa. Eu estava em um hotel? O que eu tinha feito na noite passada? Eu apertei meus olhos, tentando ver quem estava em minha frente, mas não sendo realmente capaz de me focar ainda.

Esfreguei meus olhos e tentei olhar de novo, encontrando um peito. Oh merda, eu conhecia aquele peito. Tudo veio à tona, o toque formigando, o flerte, o quase beijo, a vadia, o número de telefone e o bloco de
notas. Realmente, Deus, você é tão fodidamente cruel assim? Deixando-o me ver em meu melhor momento na noite passada, enquanto eu estava parecendo bem, e agora
deixando-o me ver no meu pior momento fisicamente. Adorável.

O que eu estava mesmo vestindo? Parecia ser uma camisa gigante que chegava em minhas coxas e por baixo somente minha calcinha. Jack, isso era onde eu estava. Na sua casa... ou condomínio, eu acho. E, aparentemente, Tom estava aqui também, acordando-me no meio da noite por alguma razão desconhecida. Talvez ele quisesse me chamar de vagabunda e rasgar meu bloco, eu merecia isso.

Zendaya? – Ele perguntou incrédulo e eu suspirei quando ouvi aquela voz de novo, provavelmente pela última vez depois que eu exagerei na noite passada.

Ainda assim, se eu sofreria a humilhação de tê-lo me olhando enquanto eu parecia um lixo, pelo
menos eu deveria ser capaz de contemplar a sua perfeição uma última vez.

Eu finalmente arranquei meus olhos do seu peito e olhei para cima... Ele olhou para mim, alguma expressão que eu não conseguia decifrar em seu rosto. Irritação? Nojo? Ódio? Todos os três? Seus olhos se estreitaram quando ele percebeu minha aparência sem dúvida assustadora.

Levantei a mão e fiz uma careta quando senti os emaranhados no meu cabelo. Sim, definitivamente meu pior momento. O karma era uma vadia e ela estava me cobrando caro pelo meu comportamento com ele.

Ele estava olhando para mim com expectativa e eu percebi que não tinha respondido a ele ainda.

Sim, sou eu. O que você está fazendo aqui no meio da noite? – Isso veio em um grasnado estridente, mas ele deve ter entendido porque seus lábios tremeram por um segundo antes de acalmar.

Não está no meio da noite. São seis horas da manhã. – Como isso poderia ficar fodidamente melhor?

TOMttenhamOnde histórias criam vida. Descubra agora