Hannibal senta na cama ao lado de Will, seus olhos brilham com a situação, e seus lábios se abrem um sorriso largo.
- Quando você invadiu a minha casa, se passou na sua mente que acabaria dessa forma, Will? - pergunta Hannibal.
Will exita em responder, seus lábios formam um bico.
- Não! - responde Will seco.
Hannibal sorri sutilmente, e se aproxima mais do corpo do mais novo, e retira a venda dos olhos de Will.
A visão de Will começa a voltar, e a visão de Hannibal Lecter bem arrumado na sua frente, muito mais do que o comum o deixou nervoso.
Hannibal acaricia o rosto de Will sutilmente e o mais novo o recebe com um olhar piscar delicado febril.
- Não consegui jantar por sua causa Will, e acredito que nem você. - disse Hannibal ainda acariciando o rosto de Will. - vou preparar alguma coisa.
Hannibal se levanta e se ajeita, e começa a partir para cozinha, mas antes de passar pela porta.
- Hannibal me solte. - suplica Will, ainda com a voz mole. - Por favor.
O mais velho que estava de costas, vira para Will, e dá um sorriso maquiavélico.
- Hoje não, Will.
Não havia nada o que fazer naquela situação ao não ser esperar Hannibal voltar com a comida, pensou Will.
O cheiro sublime da comida de Hannibal subiu os andares e adrentou no quarto, e o cheiro era bom, tão bom que Will se sentiu como antigamente quando ele confiava no que Hannibal colocava no prato, mas logo ele voltou a realidade, e de seu propósito amargo.
Seria ele capaz de se entregar a Hannibal para depois apunhalar ele pelas costas?
Eu já fui longe demais para parar agora, pensou Will e nisso chegou a conclusão que antes se negava a concluir, ele se entregou ao jogo e irá se entregar ao jogador mais forte para vencer.
Elias colocou ele propositadamente nesse cenário, o que deixou Will não só com raiva de ser manipulado, mas curioso por que ele estava tão facilmente aberto a manipulação.A cabeça de Will estava girando, como se ele estivesse acabado de acordar de uma ressaca, os seus pensamentos que doíam pararam quando Hannibal chegou ao quarto com a refeição numa bandeija.
- Haejanggukz, é uma sopa coreana para o tratamento de ressaca, apesar de não ser exatamente o que você tem Will, espero que ajude. - disse Hannibal cortes.
- Minha cabeça está girando e doendo. - afirmou Will franzindo o rosto
Hannibal nao respondeu imediatamente, pois ajeitava a sopa no criado mudo, e puxava a cadeira para perto de Will.
- Deve ser fome. - disse Hannibal sorrindo.
Will notou que havia somente um tijela com sopa, e uma agulha com um líquido branco dentro.
- Eu fiz um sanduíche rápido para mim, e fiz a sopa especialmente para você, Will. - disse Hannibal sentando na cadeira ao lado de Will.
- Eu prefiro o sanduíche. - disse Will olhando para a sopa.
- Confie em mim Will, não vou drogar você igual Elias fez. - afirmou Hannibal segurando a seringa de injeção. - e isso é apenas remédio para anemizar os efeitos do Boa noite Cinderela que Elias te deu.
Will parou por alguns segundos para absorver os fatos, seus olhos voltaram para as suas mãos amarradas, e depois foram para Hannibal.
- Eu disse hoje não Will, eu cumpro com o que eu digo, principalmente para você que causou essa situação deploravelmente curiosa. - disse Hannibal limpando com algodão a pele do braço de Will.
Will nem sentiu a fisgada da agulha, ele apenas confiou em Hannibal, isso o deixava com raiva, porque cada vez que ele recebia um sorriso de Hannibal ele se lembrava das suas vítimas, de Abigail e de como ele foi inocente em acreditar na lobo em pele de cordeiro.
- Eu posso me alimentar sozinho. - afirmou Will.
- Will você as vezes é irritamente teimoso deveria procurar terapia. - disse Hannibal ironico.
Hannibal senta na cama e se aproxima do rosto de Will.
- Agora, abra a boca pra mim. - sussurrou Hannibal no ouvido de Will.
Will estremeceu, seu corpo deu um choque ele não soube dizer se isso era bom ou ruim, mas a sensação do calor da voz de Hannibal o deixou nervoso e exitado.
- Abra, você precisa comer.
Will abriu a boca e Hannibal o alimentou uma colherada de cada vez, assim como uma criança pequena que não sabe se comer sozinha.
- Quem está nessa sopa? - pergunta Will.
- Ninguém, mas se você preferir posso ligar para o Elias. - disse Hannibal sarcástico, mas num tom leve.
Will ali, na casa de Hannibal, na cama dele, amarrado e vulnerável, era tudo que a parte mais maligna de Hannibal desejava, o mais novo sabia quem ele era e isso deixava as ações tão mais meramente empolgantes para Hannibal, afinal agora com Will ele não vai mais precisar mais fingir.
- Agora que você terminou, Will acredito que você me deve explicações. - disse Hannibal em tom leve.
- Acredito Doutor Lecter, que você pode tirar as suas próprias conclusões, eu não devo nada a você.
- Você deve tudo a mim, quem você é hoje é tudo graças a mim, não existem mais diferenças estamos nos encarando sem máscaras, você me vê como eu sou.
- Um monstro.
- Nesse mundo tem que existir monstros como eu, ficaria muito chata e monótona sua vida se eu não existisse, você sabe que é verdade.
- Minha vida ficaria muito melhor se você não estivesse nela Doutor Lecter, você é a razão da minha ruína.
- Tem certeza, Will? - perguntou Hannibal acariciando a coxa de Will. - você diz essas coisas, mas o seu corpo afinal diz outras.
- Sua mãe não te ensinou a nunca brincar com a comida? - pergunta Will - sinceramente Hannibal acabe logo com isso.
- Eu não vou matar você Will, porque eu faria isso - disse Hannibal leve, com olhar seduzente.
Will da uma risada curta, e um sorriso leve se forma depois.
- Existem outras formas de tirar proveito de sua carne, e acredito que da ultima vez você queria tanto quanto eu. - disse Hannibal sorrindo debochado olhando para ereção crescente de Will. - você é um paciente e um amigo, alguém que enxerga a minha verdadeira face e porque eu mataria o único que me conhece, a solidão é melhor quando se está acompanhado.
Os dedos de Hannibal percorriam o peitoral de Will, o fazendo estremesser com toque.
- Me diga o que você quer que eu faça com você. - disse Hannibal sussurrando no ouvido de Will. - eu farei tudo que você quiser.
- Eu quero que você traga o Elias.
Hannibal levanta e ajeita o terno.
- Irei trazê-lo.
- Vivo. - afirmou Will.
Hannibal sorri, e sai do quarto, Will não escuta mais nada e depois apaga e dorme.
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Topázio Azul
Não FicçãoDepois de sair do Hospital psiquiátrico de Baltimore, Will irá buscar com todas as suas forças uma forma de lidar com os seus sentimentos sobre Hannibal. Ele vai receber ajuda de um novo conhecido Elias, que vai despertar sentimentos no Will e princ...