CAPÍTULO 61

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RHAEMERYS

Estávamos na cama, Henry estava deitado enquanto eu ficava ao seu lado segurando sua mão encarando seu rosto. O meistre havia acabado de terminar os curativos e pelo canto do meu olho pude vê-lo me encarar respirando profundamente, caminhando em seguida em direção a Geralt e Daemon que estavam atrás de mim.

— Então... — Daemon o questionou.

Antes do meistre responder eu me perguntei brevemente se eles pensavam que eu não os ouvia.

— As chances são abaixo de mínimas... — Meu corpo ficou rígido. — O coração está fraco, a espada por muito pouco não feriu algo mais comprometor...Contudo, ele é muito forte.

— Ele vai acordar? — Geralt o questionou.

— Só os deuses podem dizer mas... — Sua voz diminuiu. — Pelo que eu vi ele tem três dias de vida no máximo antes do seu corpo parar de vez.

— Ele só está dor... — Antes que eu terminasse Geralt me segurou pelos ombros.

— Pare! — As lágrimas de Geralt escorriam pelo seu rosto. — Ele não está dormindo Rhaemerys...Ele foi persuadido pelos cavaleiros do outro lado...Ele...Ele está morrendo! — Tremendo ele me segurou com mais força. — Eu não posso perder você também...A gente não pode. — Após fungar ele me encarou novamente. — Então se levanta dessa maldita cama, você não vai enlouquecer! Eu não vou permitir isso porra.

Minha mão soltou a de Henry e eu me levantei ainda encarando Geralt. — Quais foram? As últimas...

— Não esqueça o cobertor.

Sorri por fim encarando chão. — Você os deixou vivos?

— Sim, é você quem irá matá-los. Eles querem nossos filhos a mando de Aegom

Era exatamente o que eu desejava, que eles estivessem vivos.

— Sir Erryk, prepare Akira irei partir em alguns minutos. — Passando pelos homens no quarto segui em direção aos meus aposentos onde sozinha vesti minha armadura e fiz uma trança em meu cabelo. Quando estava finalizando, meus olhos se encontraram com os de Daemon que acabará de entrar em meu quarto.

— Essa armadura...

— Era sua. — Finalizei sua frase. — Eu roubei.

É claro que roubou. — Sua risada foi breve. — Ela pensa que você a odeia.

— Quem? — Me virei na sua direção.

— Sua mãe, acredita que a culpa é dela.

— Sabemos de quem é a culpa. — Guardei minha espada. — E não é de Rhaenyra. — Passando por ele nos encaramos mais uma vez.

— Você é o dragão, e dragões não são enjaulados. — Daemon sorriu assentindo. — Seja a vadia sanguinária que eles tanto temem.

Meu pai estava certo, não era o momento de sentir medo e sim de fazê-los temer a mim. Essa noite, eu faria dos homens que feriram um de meus maridos nada mais que sangue e carne podre. Saindo do castelo fui até Akira que me esperava do lado de fora onde também estava Rhaenyra.

The Queen's Blood - House Of the DragonOnde histórias criam vida. Descubra agora