Capítulo XIII

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Cheguei ao café, cumprimentei a Ana e comecei a trabalhar, mas com a cabeça no Arthur e se ele estava bem, de vez em quando mandava mensagem ao Eron perguntando se ele e o Arthur estavam bem.
Quando deu minha hora fui direto para o hospital e Eron ainda estava lá, ele me contou que a médica disse que o Arthur tinha uma queimadura de 2°grau e que a assistente social foi na casa do Arthur conversar com a mãe dele, que no caso se chama Pâmela, e também disse que provavelmente a mãe ia perder a guarda do filho.
Eu: se caso a Pâmela perder a guarda do Thur vou adota-lo.
Eron: vamos adota-lo. - ele vem até mim e me abraça.
Eu: Eron pode ir pra casa, eu fico com ele a noite.
Eron: certeza? Se quiser eu fico.
Eu: não precisa, pode ir pra casa descansar ja ajudou muito.
Eron: ok então, volto amanhã cedo pra você ir para a escola.
Eu: não precisa, amanhã falto, já sei a matéria toda mesmo e você também tem seu trabalho.
Eron: meus betas me ajudam no trabalho.
Eu: pela manhã não precisa, é sério. Se quiser vir a tarde para eu ir trabalhar.
Eron: ok então minha princesa, até amanhã.
Ele parecia exausto, mas  também primeiro a Isa foi parar no hospital e agora o Thur, o Eron parece mesmo se preocupar com ele, como eu também me preocupo, sinto que ele é muito especial, só não sei pra que, mas sinto que tenho que protegê-lo de tudo e todos que querem seu mal.
Meu celular toca e vejo que é o Mat perguntando onde estou, falo que estou no hospital acompanhando um garotinho e que sinto que devo protege-lo. Pergunto também se o mesmo pode trazer uma muda de roupa pra mim, uma roupa de dormir e uma toalha e vir buscar a minha mochila da escola. Pois não vou amanhã.
Ele demora uns 20 minutos para chegar com uma mochila e me entregar.
Mat: tem lanche pra você ai dentro também, não sei se gosta de comida de hospital.
Eu: eu como qualquer coisa Mat, mas obrigada.
Mat: esse é o garotinho?
Eu: sim.
Mat: ele realmente emana um poder diferente, não só de um ômega comum. Acho que tem muito mais coisa escondida.
Eu: ele parece bastante especial, tenho que cuidar dele. - vejo ele abrindo os olhinhos e vou até ele. - Oi Thur como se sente?
Thur: melhor, mas ainda dói um pouco, Tia quem é ele? E cadê o tio Eron? - aponta para o Mat que está na porta.
Eu: ele é um amigo da Tia, o nome dele é Matias, e o tio Eron foi pra casa descansar um pouco, amanhã ele volta pra ver como você tá, ok?
Thur: ok tia, oi. - falou com o Mat. - você também é meu tio?
Mat: sou sim, pode me chamar de Tio Mat, ok pequeno? - foi até pertinho dele e mexeu em seus fios de cabelos.
Thur: Tio você parece legal, mas gosto mais do tio Eron.
Mat: me senti magoado. - fingiu que tava chorando.
Thur: não chora tio, você também é legal, desculpa, desculpa, por favor não me bate. - o Arthur encolheu juntou as pernas e as agarrou com o braço que não estava enfaixado e escondeu sua cabeça entre as pernas. Então eu dei um beliscão no Mat pra ele ver que fez o garoto ficar com medo.
Mat: eu tava só brincando pequeno, e com um pouco de ciúmes também, não vou brigar com você criança, jamais o tio promete viu.
Thur: promete? - Mat balança a cabeça confirmando.
Eu: e se ele encostar em você eu acabo com ele. - dou uma piscada para o Thur. - Bom meninos, fiquem aqui conversando que vou tomar um banho, ja volto.
Pego as roupas de dormir que Mat trouxe e a toalha, entro no banheiro e tomo um banho, ponho a roupa e volto para onde estava, me sento na cadeira ao lado da cama. Não demora muito e o Mat vai embora, Arthur falou que gostou dele e que ele é um grande amigo.
A enfermeira entrou no quarto pra ver como Arthur tava, medir sua pressão e tal e estava tudo certo, ainda bem. O Arthur não demora muito para dormir, e ele dormiu segurando minha mão, tão fofinho. Logo que vejo que ele dormiu, me deito na cadeira e também durmo com a mão ainda segurando a dele.
Acordo cedo no outro dia e me lembro que o Arthur não tem roupa aqui, então mandei mensagem ao Eron pra quando ele vier se tem como trazer uma roupa para o Arthur, ele respondeu que traria, iria passar na loja antes de chegar.
Não demorou muito para o Arthur acordar, ficamos conversando e brincando por um bom tempo. A assistente social apareceu la e fez um monte de pergunta ao Thur e depois foi embora, o thur falou que a mãe dele batia nele, colocava ele de castigo no porão sozinho e o mesmo tinha muito medo, deixava ele sem comer por um dia inteiro, e que ele tinha medo dela. Me deu uma vontade enorme de estrangular essa mulher e fazer ela sofrer que vocês não tem idéia, senti até meus seres ficarem agitados e falarem que queriam mata-la, eu senti nojo da mãe dele e vontade de matar ela ou qualquer um que fizesse mal ao meu pequeno.
A assistente social foi embora e não demorou muito para o almoço chegar, almoçamos e o Arthur parecia estar com bastante fome, e ele comeu tudo da marmita e sozinho, sem precisar de minha ajuda. Não demorou muito para o Eron chegar, e ele veio trazendo umas roupas nas sacolas, alem do presente que ele comprou ontem para o Arthur.
Eu peguei uma roupa que caberia no Thur e resolvi dar um banho nele, sem molhar o curativo da queimadura, pois as enfermeiras ja tinham trocado pela manhã.
Depois de dar um banho nele, pego a roupa que o Mat trouxe ontem e vou tomar um banho também e deixo o Arthur e o Eron conversando.
Saio do banho e vou até os dois Arthur ta super animado com a pista de carrinhos que ganhou e o Eron está brincando junto com ele. Me junto a eles e fico brincando também até dar o horário de ir ao trabalho.
Não demoro muito em sair, pois a hora passou muito rápido. Chego no trabalho, cumprimento a Ana e vou por o uniforme, para começar.

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