capítulo 6

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"Eu tento não incomodar você, mas meu tipo de problema gosta do seu problema também."
- fun, Selena Gomez.

Eu era uma pessoa que gostava de planejar

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Eu era uma pessoa que gostava de planejar. Tinha minha vida planejada aos 12. Sempre soube o que queria fazer e ser. Então dormia tranquila a noite.

Até ter um surto e largar a escola por um ano. Na mesma época que meus pais se separaram. Eu tinha 16 e de repente minha vida virou de cabeça para baixo. Não conseguia pensar direito. Não ligava se tinha tomado banho; se tinha comido; não dormia. Os trabalhos da escola passou a ser irrelevante, até que parei de me importar em ir para a escola. As crises de pânico começaram e só piorou tudo. Meus pais não sabiam o que fazer, eles se sentiram tão culpados, isso só fez eu querer parar de existir por magoar tanto as melhores pessoas do mundo.

Eu realmente não sabia o que fazer, eu sempre falava que estava tudo bem mas não estava. Só doía, tudo doía. Eu não sabia colocar em palavras.

Meus pais resolveram me colocar na terapia. Eu não lutei. Pensei que talvez ajudasse, eu não queria dar trabalho mas não sabia como fazer parar. Eu sentia que tudo que eu falasse não seria nada comparado ao que eles estavam passando. Eu era um estorvo. Sugando a paciência deles, só queria desistir.

Terapia me ajudou aos poucos. As poucos as coisas foram melhorando. Sentia meu peito menos pesado, conseguia respirar melhor. Parece que eu tinha despertado de um transe.

Não estou dizendo que é tudo mil maravilhas. Ainda tenho minhas crises, ainda tenho meus dias ruins. Mas agora eu tento, porque eu realmente não quero voltar para aqueles dias ou  depender de remédio como foi no início.

Voltei a estudar e agora estou no último ano escolar.

A questão é que eu não sei mais o que quero fazer da vida e isso é um gatilho.

Eu sou apaixonada por futebol. Erick e eu passamos horas conversando sobre. Somos Flamenguistas mas vemos todos os jogos tanto daqui quanto de fora.

Antes, eu terminaria meus estudo aos 17 já que sou 1 ano adiantanda. Faria faculdade de jornalismo aos 18, durante o curso estagiaria na ESPN e com sorte e muito trabalho aos 25 anos seria âncora na Inglaterra. Aproveitaria muito o país e talvez com 35 voltasse e terminaria minha carreira aqui. Sem filhos e sem maridos, com todo respeito aos que gostam; Deus me livre.

Mas agora? Só de falar em futuro eu me sinto sufocada.

A vida não dá voltas, ela capota. (Segundo meu irmão isso não existe ou faz sentido, mas eu gosto então só isso importa.)

Por que logo você pensando sobre o futuro Maju?

Porque eu penso que tudo que você faz na vida um dia volta, seja bom ou ruim.

E sabe meu lema desde que eu me entendo por gente?

"Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você."

Esse é o FimOnde histórias criam vida. Descubra agora