여덟

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ᐡᐦ𐌈Stray Kidsᐂᐦᐢᐡ


– M-mas, o que ele fez com você? Eu quero saber, quero denunciar ele e colocá-lo na prisão! – Jeongin falou alto, quase gritando, alterado.

– Jeongin! – Felix o chamou a atenção, segurando o rosto do menino entre as mãos – Olha pra mim, neném. Está tudo bem, eu estou aqui – afirmou, trazendo o menino para perto e o segurando consigo.

Jeongin respirava pesado e a face estava em completo desespero, mas o carinho e a voz de Felix conseguiu confortá-lo.

– O que... O que aconteceu? – Jisung passou pela porta que dividia o corredor dos quartos e a sala, chegando na frente dos dois vendo Jeongin chorando e Felix vermelho.

– Pegue a chupeta dele, depressa – pediu a Jisung, que entendeu e foi procurar o objeto no quarto do citado.

Quando Jisung voltou, Felix colocou a chupeta entre os lábios de Jeongin, que ainda chorava, e o outro agora totalmente apoiado em seu colo, o colocando contra seu peito.

Num balanço calmo, Lix cantarolava musiquinhas calmas e dizia que ficaria tudo bem, e o choro aos poucos se dissipou, sendo substituído por leves espasmos e apertos na camiseta de Felix.

– Vai ficar tudo bem...

° ° °

Com muito choro, lágrimas e compreensão de todos os meninos, Felix e Jeongin puderam finalmente se abrir sobre o que sofreram.

Eles eram mais fortes do que pareciam.

Enquanto todos os meninos choravam ou confortavam os dois, Chan franzia a testa, ao mesmo tempo que olhava todos os membros.

Sentia-se mal por não ter notado, odiou o fato de ter estado tão perto e não ter conseguido sequer ajudar.

Mas não havia mais o que fazer.

Denunciá-lo como? Mal tinham provas. Aquilo só seria um caminho perdido e muita confusão para dar dor de cabeça aos meninos frágeis.

— O que está pensando?

— Nada — Chan respondeu Changbin, desviando o olhar e fingindo coçar os olhos.

Changbin também fingiu não ver. Ele respirou fundo e levantou o pulso, checando o horário depois olhando para o lado de fora da janela.

— Eles estão atrasados — concluiu o baixinho.

— Logo chegam — Chan o garantiu, falando baixo e voltando a olhar o cardápio na sua frente.

– Você não teve culpa. Não adianta remoer isso agora – Chang o confortou, jogando as palavras duras de forma suave, tentando amenizar o impacto.

Mas infelizmente nem todo impacto pode ser suavizado. Chan podia sentir as lágrimas gordas se formarem nos olhos arregalados. Ele tentava de tudo não chorar. Não ali, justo naquele momento onde tinham mais pessoas que não fossem ele e sua própria solidão.

– Tem um banheiro nos fundos... – Bin informou, notando a tensão nos músculos do mais velho e a face escondida pelos cabelos claros.

Christopher levantou de súbito, se dirigindo ao local indicado. Ele não aguentava aquilo sozinho, mas não podia se mostrar fraco na frente dos que mais contavam consigo.

– Hyung! – Hyunjin acenou sorrindo para Changbin no momento em que Chan desapareceu pela porta.

Acompanhado dele vinham Felix, Minho e Seungmin. Os quatro sentaram-se animados já procurando no cardápio o que deveriam devorar.

Não muito depois, Jeongin vinha ao longe de braços dados com Jisung. Um brilho brincalhão e bobo no rostinho de ambos acompanhava olhares faceiros e danados.

– O que vocês inventaram dessa vez? – Minho perguntou quando os dois se sentaram, pegando uma batatinha e colocando na boca de Jisung.

– O que te faz pensar que aprontamos algo? – Jisung perguntou depois de colocar a batata na boca e a guardar na bochecha para poder falar.

– Ele não disse que vocês aprontaram – Changbin riu – Você tá se entregando, seu mané – riu mais alto.

– Catapimbas – resmungou, nervoso e com as bochechas já cheias de batatinhas — Não aprontamos nada tá.

Os meninos riram, segundos depois Chan sentava-se de volta à mesa, bebericando seu suco.

Todos já comiam.

Jisung e Jeongin sussurravam juntos, rindo e tendo uma conversa incrível. O que não era incrível é que deixava todos os meninos doidos de curiosidade.

— O que vocês tanto conversam? — Seungmin perguntou, erguendo uma sobrancelha e encarando os dois o olhando como cachorrinhos assustados.

— Nada, nada. Eu acabei de comer — Jeongin limpou a boca no guardanapo e afastou o prato de si — Acabou, Ji?

— Sim, sim — ele pegou e levantou, ambos saindo do restaurante sem mais nem menos.

— Quem vai pagar?

— Obrigado Hyung! — Jisung gritou da porta, correndo com Jeongin para fora.

— Tô vendo que vai sobrar pra mim — Changbin resmungou.

° ° °

O dormitório estava razoavelmente arrumado. Mesmo sendo artistas, eles ainda eram pessoas comuns que tinham a casa virada do avesso.

Mas naquele dia até que tudo estava mais em ordem, tudo graças aos dois meninos arteiros que resolveram ajudar um pouco para amenizar o que trouxeram para casa.

— Você acha que eles vão gostar, Ji?

— Claro que vão! Quem não gostaria de uma coisa dessas? Desde que cuidemos da bagunça, acho que eles não se importam não.

Jeongin concordou, finalizando a organização dos sapatos na entrada enquanto Jisung guardava os pratos e talheres nos devidos lugares.

Uma coisinha fora aqui e ali não fazia diferença. Os meninos conseguiam de alguma forma se encontrar e se organizar na bagunça.

Mas nem toda bagunça se atura.

— Jiji — ele encontrou Jisung sentado no sofá e sentou-se em seu colo.

Jisung grunhiu com o peso no início, mas fez carinho no menino e o trouxe para perto.

— O que foi neném — apertou as bochechas gordinhas — Quer fazer alguma coisa enquanto os outros não chegam?

Jeongin pensou, lembrando dos presentes que ganhou de Jisung.

— Lego! — ele levantou, correndo para o quarto e voltando com a chupeta na boca, a caixa de Lego numa mão e uma mamadeira na outra.

Jisung olhou o menino se sentar na sua frente, no tapete da sala. Jeongin nunca tinha usado a mamadeira, era estranho que ele tenha escolhido aquele momento para experimentar.

— O que você quer tomar? — ergueu a mamadeira, mostrando que o ajudaria com essa tarefa — Água, suco ou leitinho?

— Água — respondeu baixinho, por detrás da chupeta enquanto esvaziava a caixa de Lego, espalhando as peças pelo tapete e começando a montar coisas aleatórias.

Jisung sorriu com a animação fofa do menino, depois indo encher a mamadeira com água fresquinha.

O esquilo só não esperava ver Jeongin chorando quando voltou, vendo também uma mancha no tapete, próximo ao Lego.

— O que foi, Innie?

— Dicupa...

— Chegamos! 

𐌘ᐉ𐍃𐍄𐌰𐍅ᐚ𐌣

𝐥𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 ♥ 𝐡𝐲𝐮𝐧𝐢𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora