Sophia:
— Paiê! – O grito ecoou pelo extenso corredor da casa parcialmente quieta para uma manhã.Poncho:
— Ninguém se mexe! O que houve? É bandido? Está machucada? – Poncho saiu do seu quarto trajando nada mais que uma cueca.Sophia:
— Ah pai, meus olhos! Não preciso saber a cor das suas cuecas. –Tapou os olhos dramatizando a situação.Poncho:
— O que diabos aconteceu no seu cabelo? – Sua mirada percorreu as mexas da filha originalmente loiras escuras, mas que naquela manhã exibia um tom de rosa nada agradável
Sophia:
– O babaca do filho que você decidiu não mandar para um internato passou tinta nele enquanto eu dormia. ENQUANTO EU DORMIA COMO UM ANJO, PAPAI. – Sapateou, no corredor – Pelo amor de Deus, ponha uma roupa para que eu possa reclamar com dignidade. – Voltou a cobrir os olhos.
Alana:
— Hoje o inferno vai congelar! – O grito irado reverberou no quarto ao lado – Miguel eu espero que você tenha feito tudo que quis na vida porque hoje ela acaba! – Um rosto idêntico ao que estava parado no corredor surgiu. – PAI!
Alana exibia cabelos exageradamente roxos.
Poncho:
— Eu devia ter tido cachorros. Cachorros não filhos. Cachorros são tão fofos. – Revirando os olhos, Poncho voltou para seu quarto para vestisse apropriadamente para o que viria a seguir. – Se serve de consolo eu gostei muito do novo estilo de vocês. – Brincou de volta ao corredor.
Alana e Sophia
— PAI! – As gêmeas o repreenderam.
Poncho:
— Eu tenho que ser o adulto da situação né? – Conteu o riso encarando as faces iradas das filhas agora parecidas saídas de uma trupe de circo. –MIGUEL! – Chamou pelo filho em seu tom habitual.
Miguel:
— Sabe qual é o meu maior sonho? Conseguir dormir até às nove sem ter que ouvir vocês. – O garoto de cabelos escuros saiu de seu quarto com cara amassada — Hoje é sábado, gente. Sábado. Até Deus descansou no sábado. – Choramingou.
Poncho:
— Meu maior sonho é não ter que brigar com você todos os dias. – Poncho respondeu.
Miguel:
— O que eu fiz dessa vez? Bati numa freira? – Entreabriu os olhos que manteve fechado desde que saiu do seu quarto.
Poncho:
— Agora, Miguel, quero que você olhe bem para suas irmãs e me diga, o que há de errado com elas? – Apontou para as gêmeas coloridas que estavam a ponto de explodirem.
Miguel:
— O senhor quer que eu ignore todo resto e escolha um erro só? – Provocou.
Poncho:
— Miguel!
Miguel:
— Olha Tico&Teco, se querem minha opinião, eu fiz um trabalho melhor do que aquele cabeleireiro caríssimo que vocês vão.
Sophia:
— Seu desgraçado, filho da puta! – Sophia partiu pra cima do irmão.
Poncho:
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O Segredo
FanfictionSinopses: O que se pode dizer de uma mãe que abandona os filhos? Fria, cruel, egocêntrica? Sim, esses são todos os adjetivos que você pode dar a Anahí. Ao descobrir a gravidez aos dezesseis anos, Anahí vê-se desnorteada e somente o aborto lhe pareci...