CAPÍTULO 02

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Dois dias depois de papai ir viajar, eu estava pegando água no pequeno poço para reabastecer o pote dos animais quando Philippe apareceu

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Dois dias depois de papai ir viajar, eu estava pegando água no pequeno poço para reabastecer o pote dos animais quando Philippe apareceu. Ele estava assustado e agitado, o que me deixou nervosa e com medo.

- Ei, calma – segurei sua rédea e acariciei sua crina. – Calminha, rapaz. Onde está o papai? Onde ele está? – Olhei para o caminho por onde o cavalo branco veio e franzi a sobrancelha, assustada. – Me leve até ele, Philippe. Me leve até o papai.

Montei no cavalo e ele não demorou muito para começar a correr. Entramos na floresta e, quanto mais adentrávamos, mais preocupada ficava. As árvores começaram a ficar grandes demais e a tampar o céu. Estava anoitecendo e começando a ficar frio.

Onde o papai está? Será que sofreu um acidente? E se estiver ferido? Deus, não deixe que o papai esteja sofrendo.

Chegamos a um ponto no qual o cavalo foi diminuindo a velocidade até que parou em frente a um castelo enorme. Arregalei os olhos, surpresa. Eu não sabia que esse castelo existia; ele era enorme e assustadoramente sombrio. Toda a construção era cercada por folhas, e o castelo, que deveria ser muito bonito, agora só era assustador.

- Espere aqui – sussurrei para Philippe e beijei seu pescoço.

Indecisa, comecei a andar em direção ao castelo e suspirei quando abri a grande porta, encontrando-a aberta. Chamei por meu pai, mas sem resposta. Minha voz ecoou pelo lugar e senti um calafrio na espinha.

Será que Philippe me trouxe ao lugar errado?

Estava quase subindo as escadas quando escutei sussurros e me virei na direção do som.

- Olá? – Olhei em volta, mas estava tudo escuro e silencioso. – Tem alguém aí? Estou procurando pelo meu pai, por favor. – Pedi, mas só o silêncio respondia.

- Quando ia subir a escada, escutei mais sussurros e parei outra vez, me virando para trás. Estava pronta para perguntar quem era outra vez quando escutei:

- Não, não, Lumière – alguém falou, e então um homem alto, ruivo e barbudo se aproximou.

- Olá – ele sorriu, e eu dei um passo para trás, mas acabei esbarrando no degrau da escada e caí sentada.

– Oh, não quis assustá-la, desculpe – ele parou de andar e eu só o olhava. – Sou Lumière. Posso te levar ao seu pai. – Seu sorriso era gentil e respirei fundo quando ele estendeu a mão e me ajudou a levantar. – Desculpe ter te assustado.


- Tudo bem, sou Bela – disse, e ele riu.

- Oui, belíssima – agarrei a saia do meu vestido e olhei em volta. – Eu vou…

- Não acho que seja uma boa ideia – outro homem apareceu, e eu dei um passo para trás. Ele era baixo e com uma barriga proeminente. – Lumière, não faça idiotices.

A Bela e a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora