Dois dias depois de papai ir viajar, eu estava pegando água no pequeno poço para reabastecer o pote dos animais quando Philippe apareceu. Ele estava assustado e agitado, o que me deixou nervosa e com medo.- Ei, calma – segurei sua rédea e acariciei sua crina. – Calminha, rapaz. Onde está o papai? Onde ele está? – Olhei para o caminho por onde o cavalo branco veio e franzi a sobrancelha, assustada. – Me leve até ele, Philippe. Me leve até o papai.
Montei no cavalo e ele não demorou muito para começar a correr. Entramos na floresta e, quanto mais adentrávamos, mais preocupada ficava. As árvores começaram a ficar grandes demais e a tampar o céu. Estava anoitecendo e começando a ficar frio.
Onde o papai está? Será que sofreu um acidente? E se estiver ferido? Deus, não deixe que o papai esteja sofrendo.
Chegamos a um ponto no qual o cavalo foi diminuindo a velocidade até que parou em frente a um castelo enorme. Arregalei os olhos, surpresa. Eu não sabia que esse castelo existia; ele era enorme e assustadoramente sombrio. Toda a construção era cercada por folhas, e o castelo, que deveria ser muito bonito, agora só era assustador.
- Espere aqui – sussurrei para Philippe e beijei seu pescoço.
Indecisa, comecei a andar em direção ao castelo e suspirei quando abri a grande porta, encontrando-a aberta. Chamei por meu pai, mas sem resposta. Minha voz ecoou pelo lugar e senti um calafrio na espinha.
Será que Philippe me trouxe ao lugar errado?
Estava quase subindo as escadas quando escutei sussurros e me virei na direção do som.
- Olá? – Olhei em volta, mas estava tudo escuro e silencioso. – Tem alguém aí? Estou procurando pelo meu pai, por favor. – Pedi, mas só o silêncio respondia.
- Quando ia subir a escada, escutei mais sussurros e parei outra vez, me virando para trás. Estava pronta para perguntar quem era outra vez quando escutei:
- Não, não, Lumière – alguém falou, e então um homem alto, ruivo e barbudo se aproximou.
- Olá – ele sorriu, e eu dei um passo para trás, mas acabei esbarrando no degrau da escada e caí sentada.
– Oh, não quis assustá-la, desculpe – ele parou de andar e eu só o olhava. – Sou Lumière. Posso te levar ao seu pai. – Seu sorriso era gentil e respirei fundo quando ele estendeu a mão e me ajudou a levantar. – Desculpe ter te assustado.
- Tudo bem, sou Bela – disse, e ele riu.- Oui, belíssima – agarrei a saia do meu vestido e olhei em volta. – Eu vou…
- Não acho que seja uma boa ideia – outro homem apareceu, e eu dei um passo para trás. Ele era baixo e com uma barriga proeminente. – Lumière, não faça idiotices.
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A Bela e a Fera
DragosteBela para proteger seu pai acaba sendo levada por uma fera assustadora, ele é mal educado e mal-humorado, a mantém presa e apesar de saber falar vive soltando rosnados e grunhidos que a irritam mas ela não consegue evitar se sentir atraída por ele e...