CAPÍTULO 09

2.5K 241 7
                                    

Acordo sentindo todo o meu corpo reclamar de dor, sinto uma dorzinha fina no meu interior quando me sento na cama, olho em volta e não o encontro em lugar nenhum

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acordo sentindo todo o meu corpo reclamar de dor, sinto uma dorzinha fina no meu interior quando me sento na cama, olho em volta e não o encontro em lugar nenhum. Franzo minha testa em desgosto e quando olho para o lado da cama onde ele tinha dormido encontro um papel dobrado, o pego e quando abro sorrio com a letra elegante e bonita.

" Eu não sabia se você iria ficar confortável em acordar comigo ao seu lado e por isso saí, eu pedi para levarem seu café no quarto e a curandeira do castelo vai vê-la logo mais.

Espero que tenha acordado bem,  beijos. "

Um sorriso cresce em meus lábios e suspiro me sentindo encantada. Eu realmente aprecio essa atitude dele pois me sentiria muito envergonhada em vê-lo do meu lado depois de tudo.

A noite passada foi incrível, muito prazerosa, não sabia que podia ser tão bom. Mordo meu lábio com minha mente vagando pelos acontecimentos de ontem, nesse momento a porta abre e levo um pequeno susto, uma senhora que nunca vi entra no quarto e logo depois algumas criadas que começam a encher minha banheira com água quente.

- Bom dia senhorita Bela, sou Margô a curandeira - arregalo meus olhos e ela ri quando percebe meu rosto ficando avermelhado pois com certeza sabe oque aconteceu noite passada - Tome um banho para que eu posso começar a consulta.

- Senhora... - envergonhada eu desvio o olhar e ela vem para mim me ajudando a levantar e tirar minha roupa para o banho - Aí não precisa, eu faço sozinha - seguro suas mãos e ela acaba concordando.

- Claro senhorita, vou buscar seu café da manhã - ela sai do quarto junto com as outras e suspiro com muita vergonha.

- Ai merda.

Eu vou tomar meu banho e quando me sento na banheiro juro que posso senti-lo dentro de mim, uma dorzinha chata me faz suspirar. Termino meu banho e quando volto para o quarto encontro Margô parada ao lado da pequena mesa com duas cadeiras que há no quarto, meu café posto ali.

- Antes de se vestir, deite-se na cama - ela diz quando começo a tirar a toalha do corpo - Vou te examinar - abro a boca chocada e ela ri se aproximando - Não se preocupe, sou muito leal a Fera e jamais abriria minha boca sobre isso, na verdade eu gosto que esteja tão próxima dele.

- Senhora... - meu rosto esquenta e não sei oque dizer e então caminho para a cama e me deito ainda enrolada na toalha.

Ela fica entre minha pernas e me sinto constrangida quando ela começa a me tocar . Margô passa algo morno ali, colocando um pouco para dentro e estremeço fechando meus olhos com muita vergonha, que situação constrangedora, depois disso ela se levanta e lava a mão em uma pequena bacia e então me entrega uma xícara.

- Chá de ervas para evitar filhos - ela diz e já nem olho para em seu rosto, morrendo de vergonha - Sente alguma dor?

- Ah, um pequeno incômodo - falo sem olhar para seus olhos e tomo um gole do Chá, faço uma careta pois é bastante amargo.

- Isso é normal, vou deixá-la se vestir e tomar seu café - ela se curva para mim e fico confusa - Tenha um bom dia - e então se retirar do quarto.

Bela você enlouqueceu.

Enlouqueci e quero repetir meu ato de loucura.

Ah Deus.

Depois de tomar o chá e me recuperar da onda de vergonha me levanto e começo a me vestir, tomo meu café enquanto leio um livro que peguei da biblioteca mas acabo me perdendo da leitura me lembrando da Fera, Adam, ele não é tão ruim assim e não é só pela noite de ontem, na verdade ele é encantador.

Quando algumas criadas entram para arrumar o quarto eu saio e vou ver Phillipe e fico surpresa ao encontrar a Fera sentada no último degrau das escadas da entrada do castelo, ele olhava para o jardim de rosas.

- Você vai ficar parada aí? - pergunta sem se virar e respiro fundo tentando espantar o nervosismo.

- Oi - falo baixinho enquanto me sento ao seu lado, eu não olho em sua direção e escuto um grunhido.

- Você está... arrependida? - pergunta com hesitação e fico em silêncio olhando para minhas mãos em meu colo - É claro que está - ele bufa uma risada e começa a soltar grunhidos o que me irrita.

- Sabe que não gosto quando começa a grunhir, eu hein - reviro meus olhos irritada e então tomo coragem para olhá-lo. A  Fera me encara enquanto espera pela minha resposta - Não, só envergonhada.

- Hm claro - resmunga e se levanta - Eu vou...

- Eu gostei - interrompo sua fala atraindo seu olhar de volta - Só estou com vergonha porque... eu nunca tinha deixado ninguém me tocar daquela maneira - sorrio envergonhada para ele que suspira - Está tudo bem.

Depois disso nós passamos o resto do dia juntos, conversamos sobre os sonhos que tivemos e as coisas das quais acreditamos. Foi um bom dia mas quando pedi para ele me deixar ver meu pai recebi um grande não, oque me fez ficar com raiva e me trancar no quarto.

- Eu posso entrar? - escuto a voz dele depois de duas batidinhas na porta.

- Pode - ele entra em seguida, me encontrando sentada em uma das poltronas na lareira.

- Ainda está irritada? - o olho torto e ele ri - Não fique irritada comigo.

- Não quero falar sobre isso.

Algumas semanas passaram desde aquela noite, a curandeira disse que seria melhor evitar contatos íntimos para que o interior dela não fosse prejudicado e esperei, passei essas semanas andando pelo castelo junto com ela, vendo Bela andar a cavalo, ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Algumas semanas passaram desde aquela noite, a curandeira disse que seria melhor evitar contatos íntimos para que o interior dela não fosse prejudicado e esperei, passei essas semanas andando pelo castelo junto com ela, vendo Bela andar a cavalo, nós líamos um para o outro e sempre fazemos refeições juntos mas sempre que ela pedia para ver o pai eu negava, se ela for nunca mais vai voltar.

Ela não vai voltar, eu tenho certeza.

E enquanto o tempo passava eu assistia as pétalas caindo, uma a uma e restam tão poucas que eu sei que meu tempo está acabando, vou ficar assim para sempre, não quero condenar Bela a viver comigo como um monstro mas enquanto existir pétalas eu ainda tenho chances.

Ela pode me amar.

A Bela e a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora