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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo! Este capítulo contém parágrafos de Relíquias da Morte, alteradas para se encaixarem na fic.

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Narrador

Alguns meses se passaram

Remus e James estavam revezando para embalar Harry, o bebê estava grandinho, tinha o cabelo espetado e os olhos bem abertos como duas esmeraldas. Peter e Sirius estavam no jardim, conversando, Lily conseguia vê-los através da janela, mas não ouvia nada que seus amigos diziam.

Lá fora, eles observavam as estrelas, e Peter iria começar a plantar algo que ele chamava de "sementinha do mal".

— Sabe, eu nunca falei com ninguém sobre o que aconteceu no dia em que Marlene morreu — começou com uma expressão de dor e medo, fazendo Sirius ficar preocupado.

— Pode falar.

Peter respirou fundo e abaixou o olhar.

— Eu cheguei lá por volta de cinco minutos antes de todo mundo, comecei a rondar para salvar a Marlene... mas alguém acertou minha cabeça — disse baixinho, Sirius ergueu uma sobrancelha — Alguém que deve ter chegado antes da Lily.

— A única pessoa que chegou lá antes da Lily foi o Moony — Sirius estava tremendo e sua voz ficou pesada.

E Peter achou que estava no caminho certo, pois sabia que seu amigo odiava traição, e achava que iria desencadear uma discórdia, mas Sirius ficou parado olhando para Peter como se não acreditasse que aquela insinuação havia saído de sua boca.

— Como você pôde...? — ele deu dois passos para trás deixando o copo de refrigerante firme na mão.

— Ah, qual é, Padfoot? — Peter sorriu incrédulo, seu plano estava saindo pela culatra — Você sabe que ele não é confiável.

— Eu sei? — Sirius sentiu o seu animago pedir para sair, e pegar a jugular de Peter com os dentes — Eu?

— Ele é um lobisomem, nunca será confiável, você sa-... ai porra!

E o punho de Sirius acertou em cheio seu rosto, Peter caiu sentado no chão com sangue escorrendo do nariz, ao mesmo tempo que se preocupava em saber como estava sua cartilagem ele sabia que precisava de um plano B. E ele veio quando Remus correu até seu corpo, Lily veio atrás e James carregava o pequeno Harry sem entender como uma conversa pacífica se tornou pancadaria generalizada.

— O que aconteceu? — Remus ficou no meio dos dois e levantou os braços para que eles não se atracassem um no pescoço do outro — Por que estão brigando?

— Então, é isso? — Peter se levantou com sangue escorrendo no rosto, se fazendo de revoltado, mas como adorava perigo... estava maluco para começar a rir — Eu insinuo apenas que seu namorado é suspeito e você surta?!

— Como é? — Remus se virou, sem entender como havia sido acusado, e do que — Que história é essa?

— Ele acha que você matou a Marlene — Sirius contou, e todas as respirações começaram a diminuir, era passível dizer que até pararam — Acha que porque você chegou lá antes, matou ela antes de todos chegarem.

Remus sentiu seus olhos encherem de lágrimas, nunca na vida havia sido tão insultado como naquele momento, Peter estava olhando-o com ódio. E nojo. Remus sentiu seu corpo todo tremer com alguma coisa que o deixava com vontade de vomitar.

— Matei a Marlene? — repetiu, como se a ideia o machucasse, disse isso tão baixo que se não fosse o silêncio do ambiente (com exceção dos sons que Harry fazia com a boca) não iriam ouvi-lo — Eu fui namorado dela. Eu a beijei, disse que a amava no quinto ano, tive aquela mulher, e tenho até hoje, em grandíssima estima e você a pachorra de insinuar que eu a matei?!

E se...? (Drarry +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora