"30"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo! Aqui começa o sexto ano deles em Hogwarts e não vai ser tão longo. Cortei a batalha do Ministério porque como não pretendia matar o Sirius não havia nada que pudesse ser relevante de ser escrito.

Alter ego da autora: ela ficou sem criatividade e passou logo pro próximo.
Eu: Hey, cala a boca.

Pensem nesse sexto ano (ou melhor, apenas esse capítulo) como um lapso, um divisor de água. Entre a "calmaria do antes da guerra" e "o terror da guerra". Também marca a separação de Draco e Harry por um tempo.

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Por Harry Potter

"Um não pode viver enquanto o outro estiver vivo...", essa frase ficava ecoando na minha cabeça o tempo inteiro desde a batalha do Ministério. Nada podia fazer com que eu esquecesse a sensação de estar com Voldemort dividindo o mesmo corpo. A mesma mente. Eu me senti maculado e violado, me arrepiava de nojo só de pensar que ele me usou assim num ato de covardia para tentar me matar.

No madrugada do dia 30 para o dia 31 de Julho eu acordei com uma enorme dor de cabeça e a certeza de que estava ouvindo o sibilo de uma cobra. Algo que parecia estar me chamando, algo que estava ali comigo naquele momento e que queria conversar.

Levantei da cama meio tonto e tentei andar até o banheiro do meu quarto, mas a verdade era que tinha algo me puxando na direção do corredor. E mais uma vez lá estava eu naquela mesma parede de sempre, quando tinha pesadelos era aqui que vinha parar.

Eu odiava essa parede. Odiava essa sensação.

Respirei fundo sentindo suor escorrendo pela minha testa, tentei levantar, tentei mesmo mas não consegui me mover por uns minutos. Senti cheiro de pão de ló, morangos e ouvi algo como uma batedeira. Fiquei curioso e agarrei a varinha no bolso ficando com ela em punho.

Desci as escadas com o coração galopando no peito e vi que a luz da cozinha estava acesa, havia alguém ali. Enfiei a cabeça um pouco dentro do recinto e reconheci mamãe fazendo um... bolo? Baixei a varinha e a admirei um pouco mais calmo.

Ela estava concentrada. Tinha glacê no rosto e um coque frouxo nos cabelos vermelhos. O bolo tinha dois andares, morangos e glacê em volta. Meus olhos se encheram de lágrimas quando me lembrei vagamente que amanhã era meu aniversário e ela estava fazendo um bolo para mim, me mexi lentamente e voltei para o meu quarto. Não queria estragar sua surpresa.

Alguns dias se passaram, nós já estávamos de volta à Hogwarts quando fui ver Dumbledore em sua sala. Desde que estive lá pela última vez não falei com o diretor e queria saber se ele estava bem.

Mas assim que abri a porta para entrar, vi que Draco estava saindo de lá com o braço esquerdo tapado e um olhar fundo. Quando ele esbarrou em mim, me olhou e seguiu andando, eu soube que algo estava errado.

O que eu não sabia é que tudo tinha mudado naquele verão.

Por Draco Malfoy

Aquilo doía, ardia e coçava... meus braços estavam em carne viva depois que recebi a marca negra em troca da proteção dos meus pais. Mas a lei era clara: eles só iriam sobreviver se eu matasse Albus Dumbledore. Engoli seco antes de bater na porta do diretor mas tinha que fazer isso.

Precisava fazer isso.

Bati na porta ignorando o pensamento de que meus amigos iriam sentir nojo de mim assim que colocassem os olhos nessa marca.

— Entre — ouvi a voz cansada do diretor e abri sua porta com as mãos tremendo, o velho olhou para mim com um ar muito cansado — Draco, entre meu rapaz, entre.

E se...? (Drarry +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora