From here to the moon (daqui até a lua.)

15.

Callie Torres

Depois que sai da casa da Arizona, ontem, fui para a minha casa.

Direto para o escritório, terminar algumas papeladas da empresa que ainda estavam em andamento.

Depois daquilo eu jantei e bla bla bla, coisas que eu sempre faço.

Agora são oito e cinco da manhã e já quero que essa conversa com a Erica acabe, estou com saudade da Sophia já.

Eu e Erica decidimos ir tomar um café da manhã para que a mesma possa explicar porque sumiu, mas é claro que eu não iria sem antes dizer isso a um advogado.

O mesmo me orientou a tentar fazer um acordo apesar de ela já ter assinado o divórcio, ainda tem muita coisa em jogo.

E Erica quer muito mais do que ela tem direito. E bom, eu é que não vou dar.

Sempre paguei tudo a ela, sua carreira de modelo internacional só aconteceu por minha causa, Erica é uma péssima modelo e nenhuma agência contratava ela, a não ser as que tinham negócios comigo e sabem que sou uma boa influência para a empresa deles e como ela era minha esposa, bom, aí está.

Não sei como ela vai sobreviver agora, talvez ela tenha algum fundo de garantia ou dinheiro guardado, já que ela também estava sempre usando do meu dinheiro.

Mas eu não ligo, quero me ver longe o máximo possível.

Informei ao meu advogado também a situação da Arizona e Sophia, ele pediu também para tentar tirar informações sobre isso com Erica, mas sem que ela saiba que eu sei que tenho uma filha.

Essa manhã vai ser frustrante de mais, mas pelo menos irei almoçar com Sophia.

Ainda não lhe chamei de filha, pelo menos não na sua frente, quero que ela esteja pronta, e por mim pode demorar o tempo que for, contanto que eu continue presente na sua vida.

Suspiro alto e decido levantar da cama e ir tomar um banho, preciso estar na lanchonete às noves.

Depois do meu banho, escolho uma roupa social na cor preta e um tênis da mesma cor.

(...)

- Bom dia - digo assim que chego na mesa em que a mesma estava sentada.

- Bom dia, como você está? - ela ergue o olhar até mim e sorri. Sera que ela não sabe que fugiu com dinheiro do meu cofre e ainda furtou meu carro?

- Estou bem, Erica. Vamos ao que interessa - digo após despensas a garçonete e pedir apenas um café preto.

- Sera que eu poderia comer, primeiro?

- Não, vamos direto ao ponto, tenho mais compromisso.

- Certo. Me desculpa por fugir com seu carro e com dinheiro - diz com uma melancolia e faço de desde com a mão - você sabe que ainda não assinei os papéis do divórcio de verdade, e tenho alguma condições - serro os destes travando a mandíbula e entrelaço minhas mãos em cima da mesa lhe encarando.

- Diz, Erica.

- Quero dinheiro, por tempo indeterminado, sei sobre seus segredos, mais do que gostaria, então também quero segurança - luto contra a vontade de gargalhar alto, mas me contento apenas com uma risada baixa.

- Está me ameaçando, Erica? - chego mais perto da mesmo até estar cara a cara com ela - eu não faria isso se fosse você, a mas não mesmo.

- Fomos casadas a seis anos, sei que me ama e não faria nada comigo - da de ombro e me lança aquele sorrisinho de deboche.