Capítulo 9

529 92 28
                                    

- Ken, prazer em te conhecer. - falei, ele sorriu.

-O prazer é todo meu. Então, Pete, o que aconteceu para Porsche me dar essa oportunidade de ouro? – dei de ombros –   

-O garoto que ficava no lugar dele, sumiu misteriosamente. – ele levantou as sobrancelhas –   

-Ah, sim—   

Ele ia falar algo, mas a sirene o atrapalhou, sendo seguida pela voz feminina falando “Hora do almoço”. Ken olhou para mim e sorriu.   

-Foi isso mesmo o que eu vi? – escutei a voz de Porsche e me virei, aproveitando para ver se Ken ainda estava por ali, mas não estava.   

-Eu não fiz nada. – falei – Acho que ele estava só sendo simpático. – Porsche sentou-se ao meu lado com cara de tédio

- Sei. – falou batucando os dedos na mesa, levantando-se indo em direção à bancada com as bandejas.   

-Vou convidá-lo para se sentar com a gente. – falou baixo –   

-Não ous—   

-Ei! Menino novo! – Porsche galou alto para Ken quando o mesmo já tinha pegado o almoço. Ele olhou para nossa direção – Vem sentar aqui com a gente. – Ken sorriu fraco, vindo até nós e sentando-se em nossa frente –   

-Oi. – falou olhando para Porsche e logo olhando para mim –   

- Já nos conhecemos antes, certo? – perguntou, bebendo um pouco de água. Eu apenas continuava calada, apenas observando enquanto comia –   

- Sim. – sorriu    

-Então, Ken.. – Porsche falou chamando nossa atenção -  Você vai ficar no meu lugar, não é? Número quinze, se não me engano... – Ken assentiu –   

-Isso mesmo.   

-Já recebeu todas as informações? – perguntei – 

-Sim. Assim que cheguei aqui de manhã. Eles me deram tudo que precisava e disseram que começo hoje mesmo.   

-Ah sim. – Porsche falou – Quando você voltar vamos comentar sobre, ok? Só quem não vai falar sobre a paciente dele é o Pete. – Porsche começou a rir e Ken franziu o cenho, claramente não entendendo –   

-Essa piada já é velha. – falei, colocando um pedaço de carne na boca, enquanto vi Porchay vir sentar perto de nós –   

-Estão falando de que? – perguntou –   

-Porsche tá fazendo piadas velhas. – falei –   

-Sobre você ser ignorado? – perguntou e Ken levantou as sobrancelhas –   

-Você é ignorado por seu paciente? – revirei os olhos bufando –   

-Não mais. Bem, não tanto como antes.   

-Cala a boca.  – resmunguei –   

Fui até o quarto, pegando dois livros. Um para mim e outro para Vegas e os remédios do garoto, indo até o corredor do medo em seguida. Abri a cela do menino, escutando um barulho estranho assim que abri a porta, e logo depois vendo a menino em pé no meio do quarto, um pouco ofegante e com um olhar desconfiado. Cerrei os olhos curioso enquanto fechava a porta.   

-Boa tarde... – resmunguei e Vegas voltou com a respiração normal–   

-Por que você está vindo mais cedo? – perguntou bem grosso. Fiquei até um pouco ofendido –   

-O que? Não gosta da minha companhia? – ele sorriu sarcasticamente –   

-Ainda bem. – sorri mais irônica ainda e ele bufou –   

Monster - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora