Capítulo 13

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— Pete! — escutei Porsche falar e olhei para dentro do quarto, vendo todos sentados no chão, lembrando do verdade ou consequência  — Eu já estava indo te buscar! Que demora! — neguei com a cabeça.

— Tive um imprevisto. — falei sorrindo, tentando disfarçar meu nervosismo pelo o que tinha acabado de acontecer — Daqui a pouco as luzes apagam, você quer mesmo fazer isso? — Porsche cerrou os olhos, pegando minha mão em seguida.

— Vem logo. — ele me puxou para sentar na rodinha, que se fechou quando sentei ao lado de Chay, que me olhou sorrindo sem muita empolgação, provavelmente gostando daquilo tanto quanto eu.

E então o jogo começou. Logo os meninos fizeram varias perguntas e consequências entre si, nada muito pesado. Até parou em mim algumas vezes, fiz uma pergunta e respondi duas. Depois disso, meu pensamento foi para outro lugar.

Não por muito tempo.

A garrafa parou para Porsche perguntar e eu responder. Ele ia, provavelmente, perguntar algo bem idiota e vergonhoso, então resolvi optar logo pela consequência.

— Era isso que eu queria! — falou após eu dizer minha escolha — Certo. Quero que você e o Ken se beijem. Na boca. Aqui e agora. — alguns começaram a rir, algumas não acreditaram e eu fuzilei Porsche com olhar.

Olhei para Chay no meu lado e ele estava tentando prender uma risada. Então eu olhei para Ken, que tinha as sobrancelhas franzidas e um sorriso compreensivo no rosto. Ele estava claramente percebendo que eu não queria fazer aquilo. Fechei os olhos, respirando fundo. Levantei e fui até onde Ken estava, sentando ao seu lado.

— Pete... — ele sussurrou.

— Vai logo, Pete! — escutei a voz de alguém que eu não conhecia me incentivar, logo em seguida outras vozes começaram a fazer o mesmo.

Levei minha mão até o pescoço de Ken e senti sua pele quente. Me aproximei devagar, vendo-o fechar os olhos.

Quando meus lábios estavam quase encostando nos seus, lembrei de outros lábios. Outra respiração. Outra pele. Vegas. Lembrei do momento que tivemos alguns minutos atrás e mordi meu lábio, fechando os olhos com força e me afastando em solavanco.

— Eu não posso. — resmunguei, abaixando a cabeça e escutando o barulho das luzes se apagarem e várias vaias dos garotos. Não sei exatamente por qual motivo. Só sei que vi por canto de olho alguns levantando-se e saindo da roda.

Senti a mão de Ken no meu braço, afagando o local de leve.

— Tudo bem? — perguntou e eu neguei com a cabeça — Ei, o que foi? —  olhei para eld novamente e dei de ombros, sorrindo sem humor.

— Eu não sei. — o que era realmente verdade. Eu não sabia.

Logo Porsche e Pol vieram em nossa direção, quando vi todo mundo já tinha saído. Olhei para cima e Porsche me olhava franzindo o cenho, na verdade, estava escuro, e eu não consegui ver seu rosto direito, mas acho que ele estava franzindo o cenho.

— O que foi isso? — ele perguntou, se agachando ao meu lado.

Suspirei, levando minha mão até meus olhos.

— Eu... Estou com um pouco de dor de cabeça. — falei — Acho que vou dormir. — ele suspirou, assentindo.

— Eu também.

— Boa noite então, garotos. – Pol falou, acenando e indo para sua cama.

Porsche acenou também e ficamos só eu e Ken ali em pé no meio do dormitório.

— Pete.. – ele começou e eu neguei com a cabeça.

— Eu... Eu realmente preciso descansar Ken. — ele franziu os lábios — Desculpe, não precisa se preocupar.

Monster - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora