Reflexão 2

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S/n= seu nome
N/d= nome dele
O/n= outro nome

— O que você quer dizer com isso? — você perguntou assimilando o que ele havia acabado de falar.

— Mas é lerda mesmo, falei que ele não te merecia. — respondeu.

— Não isso! O final, que eu deveria dar valor a quem realmente me ama não a lixos como ele. — você falou.

— Ah, isso... É por que ele sempre te tratou mal e você continuou com ele, enquanto outras pessoas realmente te amava e tratava como uma deusa, você as chamava de " Amigos do O/n ". — falou com uma certa frustração.

— Quem é? — você perguntou.

— Não está óbvio? Eu sempre te tratei como uma deusa, sempre cuidei de você como se fosse minha namorada, sempre te avisei sobre as traições e o tipo de pessoa que ele era, mas você nunca reconheceu ou cogitou na ideia de prestar atenção, você estava cega de paixão, e eu estava vendo perfeitamente tudo que ele faz ou fazia e sempre te avisava, mas, como falei, você não dava a mínima, falava que isso era delírio da minha cabeça e mesmo com provas você não acreditava. Eu, sinceramente, cansei. Eu não quero sentir mais nada em relação ao amor... — falou quase que chorando.

— Você nunca deu indícios... — você falou sem olhar para.

— Todo aquele cuidado, todos aqueles avisos não serviram para nada? Não serviu para mostrar minha preocupação? Não serviu para mostrar meu amor por você? Eu... vou embora. — ele levantou e foi embora.

— Se eu soubesse disso eu teria feito diferente.  — você sussurro para si mesma. — sua tola, burra e lerda. Como não percebe esse tipo de coisa?

Anos depois...

Você cresceu e estava entediada, então resolveu entrar do tinder. Você encontrou um perfil de um homem lindo e deu like. Depois de um tempo vocês deram match, você começaram a conversar e resolveram se encontrar em um restaurante.

No dia seguinte...

Você estava mechendo no celular enquanto esperava por ele, você sentiu um toque no seu ombro e arrepios correram por todo o seu corpo, como se o toque fosse conhecido.

— S/n? É você mesmo? — N/d perguntou.

— Sim, sou eu mesma. E você deve ser o N/d, não é mesmo? — você falou.

— Sim. Você não está lembrando de mim? — perguntou confuso, afinal como você não lembrava?

— Não, eu não te conheço. — você respondeu estranhando a pergunta. — na verdade, essa é a primeira vez que eu te vejo. — você sorriu. — eu perdi a minha memória em um acidente de trabalho. — você justificou.

— Ah... — falou sem graça.

Horas depois...

— Que jantar maravilhoso! — você exclamou alegre.

— Pois é. — ele falou sentindo a brisa bater no rosto dele.

Você estava sentindo a brisa e o som das folhas das palmeiras balançarem, você fechou os olhos para aproveitar ao máximo aquilo, seu cabelo voava porcausa do vento e ele te admirava com um sorriso bobo nos lábios. Você o encarou e ali vocês começaram a se aproximar e finalmente se beijaram.

O beijo era calmo e apaixonante. Você estava sentindo algo que nunca sentiu antes, um frio na barriga, o coração batendo rapidamente, sua mente dizendo que ele era o homem que você tanto esperava.

N/d estava a mesma coisa só que 1 milhão de vezes mais intenso do que você. E algumas lembranças venheram a tona.

ᴵᴹᴬᴳᴵᴺᴱˢ ᴮᴼᴼᴷ #¹Onde histórias criam vida. Descubra agora