A neve que juntava no chão estava tão branca quanto o céu daquele dia.
O frio tomava conta de toda aquela cidade, e os risos das crianças felizes esquentava os corações de todos que as observavam.
A lareira queimava a lenha seca e deixava a casa quente e confortável com todo aquele fogo chamativo. As faíscas eram leves e voavam delicadamente próxima a grade que impedia o fogo de se espalhar.
Os olhos de Peter eram azuis como o oceano, mas ver as chamas da lareira fazia seu olhar se tornar quente e iluminado como o sol.
Peter estava tão concentrado em ver o fogo que seus ouvidos estranharam o som do bater na porta que veio do lado de fora. Ele se virou, um pouco assustado, mas continuou sentado na poltrona.
Isso até a voz de uma mulher chegar em seus ouvidos. Ela disse, em tom sério:
— Peter, vá ver quem está lá fora. Pode ser os correios com as nossas coisas!Ele se manteve em silêncio por um momento até obedecer a senhora. Peter abriu a porta, esperando ver um senhor com uma caixa, mas, não foi bem o que aconteceu. Na verdade, não havia um senhor, mas um garoto da sua idade com um presente nas mãos.
— Boa tarde, Peter! Você não viu minha mensagem!? Ah! Eu disse a você que viria hoje pra cidade. Aliás, feliz natal.
Noah
Esse é seu amigo de infância. Desde pequenos eles foram tão próximos, mas o que os impediam de ficarem juntos eram suas famílias.
Parecia não haver motivo ou, talvez, só não quisessem dizer o porquê do conflito entre eles.
Os olhos escuros de Noah eram tão profundos que chegavam a brilhar. Peter ficou um pouco perdido, e logo um imenso sorriso surgiu em seu rosto.
— Eu senti tanto a sua falta, cara! — Noah disse, um pouco alto.
— Não fale tão alto assim. Se minha mãe te ouvir, vai sobrar para mim. — Peter respondeu, rápido.
Seus olhos pousaram para dentro de sua casa, e logo voltaram depois de terem certeza de não ter visto uma mulher com um olhar afiado passando pela sala.
Os sorriso de Noah tinha um brilho único que chegava mostrar suas covinhas nos cantos de suas bochechas negras. O seu cabelo cacheado estava um pouco bagunçado e com alguns flocos de neve no topo. Em suas mãos, havia uma caixa embrulhada com papel listrado em vermelho e verde junto a uma fita branca impedindo que o papel abrisse.
Peter olhou o presente e ficou curioso.
— O que é?— Hum... Veja você mesmo.
— Para mim? — apontou para si mesmo.
— É, seu cabeção!
O garoto de olhos claros estava surpreso com... Bem, esta surpresa. Ele pegou o que lhe foi dado e convidou Noah para se sentar em uma parte onde os donos da casa não os veriam juntos.
Com cuidado, ele desfez o laço e abriu o presente.
A primeira coisa que viu foi um plástico bolha, o qual ele não conseguiu se segurar e teve que estourar algumas bolhas transparentes.
Não demorou muito para a ansiedade apertar e ele querer ver o que ganhou de seu melhor amigo.
E, com delicadeza, ele pegou um objeto que ainda estava todo embrulhado com papel fino.
Estava guardado tão perfeitamente que Peter teve medo de acabar o deixando cair, todo o seu cuidado foi concentrado em retirar o papel com leveza nas mãos.
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Nosso Espírito Natalino
Short Story·Este é um conto de minha autoria. Por favor, não repostar!!! •Título: Nosso Espírito Natalino ·Gênero: Conto, Romance BL •Livre para todos <3 ·Status: Completo [8 capítulos e 1 extra] •Sinopse: Dois melhores amigos de famílias rivais descobrem um...