Capítulo 3 - Raposa.

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A raposa carregava consigo um cheiro agradável. Era tão delicado quanto seus pelos claros e seu focinho rosado.

Peter piscou.

Aquele animal parecia estar querendo dizer algo. Mas, era um animal!

O loiro esfregou os olhos, mas quando o fez, ouviu alguém gritando alto. Ele olhou para os lados, porém não havia ninguém.

O som esta vindo... De cima!

O garoto olhou assustado para o céu e viu alguém caindo. Ele ficou com medo do que aconteceria com aquela pessoa. Tudo bem que era tudo neve, mas ela poderia se machucar, de qualquer jeito.

Era um jovem que caía do céu. Seu grito era familiar.

A raposa também olhou para o alto.

— Ele vai ficar bem.

— ... Como sab- — Peter ia perguntar, quando se deu conta de quem havia pronunciado aquelas palavras. — Você fala???

— Por que não falaria? — A raposa se sentou. — Olha para ele.

— ... Espera, é o Noah!? — Peter arregalou os olhos e se levantou. — NOAH!!!

— Relaxa, Peter.

— Você- Como você sabe o meu nome???

— Shh.

— Shh o quê???? Meu amigo tá caindo!

— AHHHHH!!!

O grito de Noah foi se aproximando cada vez mais. Seus olhos estavam tão fechados que chegavam a doer um pouco.

O animal bocejou enquanto olhava o garoto flutuar em sua frente e gritar como se ainda estivesse em perigo.

Peter viu seu amigo levitando em sua frente e não sabia o que deveria sentir. Ele se aproximou de Noah com cuidado, e o chamou.

O outro garoto deu um pulo, ainda voando, e abriu os olhos com força.

— Peter!? — Ele olhou. — ... Eu tô voand--

Antes que pudesse ter contato com a neve, seu corpo foi pego por braços fortes no ar. Quando foi ver, estava no colo de Peter.

— Não está mais. — A raposa baixou uma pata.

— Onde eu tô- ESSA RAPOSA FALOU? — Noah agarrou o amigo rápido.

— Não falei, não.

— ... Raposa sarcástica, né? — Noah comentou, antes de descer do colo de Peter.

Tudo em volta deles era neve. Havia uma floresta de pinheiro um pouco a frente, mas ainda sim, tudo era coberto por pedaços de gelo fino.

Os garotos olharam para aquela floresta pequena e chamativa, e logo voltaram o olhar para o animal que parecia estar entediado.

A raposa os olhou de volta.

— Posso falar?

— ...

— Vocês sabem o porquê de estarem aqui? — A raposa perguntou. Os garotos negaram com a cabeça, ainda um pouco confusos por estarem vendo um animal falar, mas enfim, ela continuou: — Eu sou a raposa deste globo de neve.

— Globo de neve? — Peter estava confuso.

— Vocês estão dentro do seu presente, Peter. Mas, então, vou direto ao ponto. — Ela mudou de posição. — Preciso que vocês me ajudem a encontrar minhas irmãs. Estamos sendo atacadas desde que suas famílias começaram a brigar e-

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