Esa es mi chica

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Alerta de gatilho: tentativa de assédio explícito. 

Para os solteiros como o autor: boiolagem extrema, preparem seus corações.

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As semanas correm como os alunos da Escola Central de Denver indo atrás de pares e vestes apropriadas para o tão esperado baile escolar. 

As garotas cochicham nos corredores, comentando sobre os garotos - em grande maioria - que estavam interessadas, aparecendo nos dias de aulas perfeitamente maquiadas. Já os garotos estão se dando ao trabalho de expor suas habilidades nos jogos de educação física, nas perguntas frequentes feitas pelos professores durantes as aulas, ou em suas redes sociais, tirando fotos com diversos filtros e montagens.

Para a sorte de Finney, ela não se enquadra em nenhum dos casos. Tendo sua parceira combinada há semanas, a garota apenas cantarola pelos corredores, suspirando constantemente e quase desmaiando nos braços de Billy quando o motivo principal de tudo isso passa por si e lhe deixa uma piscadela.

— A gente já está indo embora, vê se sobrevive até a saída! - Billy reclama, empurrando Finney para o lado. — Meus braços são muito sensíveis para aguentar seu peso.

Finney sente as bochechas corarem e suspira pela quinquagésima vez apenas naquele dia. O revirar de olhos de Billy foi impagável.

— Não é você quem eu quero que me carregue... - A garota murmurou, enrolando um de seus cachos no dedo. Era um gesto que Vance vivia fazendo quando o assunto era Bruce, mas parece que acabou sendo contagioso.

Ela se lembra de viver caçoando de seu amigo por conta disso. A época foi inesquecível, embora seus ouvidos tenham ensurdecido por conta dos gritos raivosos e apaixonados de Vance.

Ninguém nunca a contou que chegaria a sua vez; mas chegou.

— Eu vou te abandonar no meio do caminho se você continuar assim. E ainda levo o Vance e o Bruce para eles não passarem por essa dor. - Billy bateu a mão na testa, mas suas palavras atingiram Finney.

A garota ergueu o olhar repleto de hesitação e medo, sentindo a boca se fechar instantaneamente. Já tinha dito ao seu irmão que não voltaria para casa no horário normal, então ele provavelmente havia partido.

E não queria sair daquela escola sozinha de forma alguma. Querendo ou não, Rev ainda estudava lá e tinha constantes pesadelos por conta do ocorrido, mesmo que fizesse semanas.

Havia conseguido recuperar a normalidade e a aceitação de toques; não se assustava mais com abraços ou cutucadas repentinas, mas a ideia de ficar sozinha por um grande período de tempo não cabia em sua mente desde então.

Billy se lembrou disso quando encarou sua expressão assustada.

— Meu Deus, eu esqueci. - O garoto bateu a mão na testa novamente, como estivesse tentando se ferir. — Desculpa, Finney. Eu não quis dizer isso. Só estava fazendo cu doce e reclamando como um solteiro que não tem ninguém para fazer companhia, não vou te deixar sozinha. Eu juro. 

— Tá tudo bem, Billy. - Finney sorriu, tentando acalmar a ambos. — Eu estou conseguindo superar também. Robin me ensinou alguns truques no fim de semana, então estou mais confiante. Eu consegui ir até a casa dela sozinha, já que é bem perto da minha.

Era uma conquista. Suas emoções afloravam em diversas sensações e vermelhidões pelo seu corpo quando se lembrava dos beijos que ganhou de Robin por aquilo. 

Os gritinhos animados da mexicana foram música e composições que a garota poderia colocar em uma playlist e escutar pelo resto de sua vida, assim como o rosto de Robin era uma pintura magnífica que poderia adornar a parede de Finney em um belo quadro, no qual Finney acordaria todo dia encarando aquele olhar inesquecível e hipnotizante.

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