Honey, just put your sweet lips

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Mais uma one sem plot, apenas hot.

Não leiam se não curtem.

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Se alguém perguntasse, o que ela esperava que não fosse acontecer claro, Rosamaria iria argumentar que a ideia foi plantada na sua cabeça por Gattaz. Foi Gattaz que, enquanto apertava as cintas do strap em volta da cintura, abriu um sorriso largo e perguntou se Rosa já havia usado um daqueles antes.

- E não tipo o que a gente vai fazer agora, - a central tinha explicado, sem olhar para cima, ocupada com os ajustes, e soando como se estivessem falando sobre o tempo. – Cê já usou em alguém?

E a pergunta havia sido feita com tanta naturalidade, que Rosamaria demorou alguns segundos para entender que não era mais uma das formas que Gattaz havia encontrado para fazer piada em um momento inoportuno. Quando ela entendeu, entretanto, que Gattaz estava mesmo esperando uma resposta, Rosamaria sentiu seu rosto esquentar. Ela, que já estava deitada na cama esperando Carol terminar de se arrumar, ou melhor, arrumar o brinquedo que elas haviam decidido usar, totalmente nua e que a poucos minutos havia implorado para ter os dedos da namorada em volta da sua garganta. Essa mesma mulher conseguiu sentir vergonha com a pergunta que foi jogada no ar daquela forma.

- Não, - ela respondeu eventualmente quando os olhos castanhos se viraram, questionadores, para sua direção. – Nunca... usei.

- Sério? Não faz seu estilo?

E Rosamaria até podia ter apresentado fatos e argumentos, ter dito que as outras mulheres com quem ela transou nunca foram mais longe do que apenas algumas ficadas e ela nunca se sentiu confortável em sequer mencionar algum tipo de brinquedo sexual, ou ter falado que ela realmente nunca se imaginou naquela posição. Porém, Gattaz começou a andar em sua direção e seu centro já estava pulsando tanto que Rosamaria decidiu desligar os demais pensamentos. Ela tinha uma coisa muito mais importante para se concentrar naquele momento.

Entretanto, a semente foi plantada e Rosamaria havia passado os próximos dias com aquilo na cabeça. Dias, e, bem semanas, que se transformaram até em meses. Demorou dois meses para elas se verem de novo, já que Rosa havia ido para o Brasil visitar a namorada naquela ocasião, e ela não teve coragem de abordar o assunto quando Gattaz foi para a Itália. De fato, Rosamaria só voltou a trazer o assunto à tona quase seis meses depois quando as duas puderam se encontrar com mais calma, durante as duas semanas de férias que as duas teriam na temporada.

Mesmo assim, foi preciso muita coragem por parte de Rosa para dizer algo. E, essa coragem, ela podia dizer que foi o tesão que trouxe.

Depois de um jantar romântico que Gattaz havia organizado, em um restaurante chique de Belo Horizonte, as duas voltaram para o prédio da central já com o clima quente entre elas. Na verdade, a única coisa que impediu Gattaz de parar no meio do caminho era porque ela sabia que seu carro não era confortável o suficiente para fazer o que ela queria. Isso, é claro, não impediu as duas de se agarrarem no estacionamento por alguns minutos, mas, por sorte ou azar, elas tiveram que dividir o elevador com um dos vizinhos de Gattaz.

O elevador pareceu demorar horas para chegar ao andar do apartamento de Carol, mas as duas saíram de lá tão rápido que o rapaz estava terminando de falar a primeira sílaba da sua despedida enquanto elas já estavam na frente da porta do apartamento. Enquanto Gattaz tentava achar a chave do apartamento dentro do bolso, algo que ela já deveria ter feito antes na opinião de Rosa, a oposta já havia começado a tirar a blusa de Gattaz de dentro da bermuda de sarja que a namorada havia escolhido usar naquela noite mais quente.

- No meio do corredor, Rosamaria? – A central tentou provocar, mas sua voz já meio ofegante denunciava o que ela realmente estava sentindo.

- Se tu não abrir a porta logo... – Rosamaria terminou sua frase deixando uma mordida no ombro de Gattaz, que ralhou por entre os dentes a dor, se encolhendo para longe por instinto.

Life Went OnOnde histórias criam vida. Descubra agora