Bruno Medeiros
Ver a Ane grávida no meio daquilo tudo é uma coisa que me comove e que de certa forma me causou um incômodo desde quando eu a vi pela primeira vez.
Eu não esqueço as sensações que eu senti naquele dia. Era uma vontade de se aproximar, de conversar, entender os motivos dela. Isso ainda é uma coisa que me deixa muito intrigado.
Me faz pensar que o homem que engravidou Ane é no mínimo um canalha. A forma que ela me tratou quando eu perguntei sobre esse assunto, me parece que ele é um cara que ela não gosta de lembrar.
Eu sou um homem que poucas vezes tive envolvimento direto com alguém que eu ajudei. Aliás, a única vez que eu precisei ter um contato direto foi em uma situação extrema. Mas com ela está sendo diferente, eu sinto vontade de estar próximo, tenho curiosidade em conhecer mais a Ane.
—
— É sério que você quer que eu mande investigar a vida da Ane? - Davi estava impaciente com aquela situação.
— Sim! - Respondi como se fosse óbvio.
— Bruno, ela é uma prostituta que você conheceu não faz nem um mês.
— Não interessa o tempo que eu conheço a Ane. Quero que providencie isso pra mim o quanto antes.
— O que essa mulher tem de tão interessante? Isso pra mim é no mínimo estranho.
— Eu tenho algumas dúvidas em relação a ela. Preciso entender algumas coisas. Só faça isso e não questione.
Ele virou um copo de whisky e me encarou tal como quem está achando essa situação toda um grande absurdo.
—Olha cara, você está delirando. Isso foi um chá de buceta ou um feitiço? Enlouqueceu de vez. - Não me contive e soltei uma gargalhada.
— Eu não transei com a Ane.
Ele deu risada.
— Conta outra. Você não estaria assim a troco de nada.
— Acredite se quiser. Eu não transei com ela.
— Então a situação é pior do que eu imaginava.
— Para de dramatizar. Eu quero ajudar a Ane. Ela está grávida e me parece sozinha.
— Que papinho! - Ele deu risada. - Daqui a pouco você me aparece dizendo que vai criar o filho dela. Já estou vendo tudo!
— Não viaja, cara. Isso é temporário.
— Você me põe numa loucura dessas e eu que estou viajando? Meu caro, o tempo passa e você continua com essa alma caridosa, principalmente se a caridade for pra mulher.
— Você só fala besteira. - Abri um sorriso.
Que cara palhaço.
—
Ane Duarte
Aqui não se fala em outra coisa a não ser em Bruno Medeiros e o tanto que ele e sua família são ricos
As meninas estão me elogiando, falando que eu tirei a sorte grande. Kate já mandou avisar que ele é um dos maiores empresários e tem fama de ajudar as pessoas.
Estou achando isso tudo engraçado, vai. E confesso que eu estou gostando muito.
Embora eu não tenha entendido qual é a dele, né?! estou gostando.
Mas eu não fico deslumbrada fácil. Ainda mais com homem. de homem eu entendo e muito bem.
—
— Não é a casa dos sonhos, com a estrutura dos sonhos, mas é melhor do que criamos o Danso aqui.
— Não sei, Clara, não sei.
— Não sabe o que mulher? Confia em mim.
— Mas e a sua mãe? Se ela cismar de voltar? aquela ali é doida e você sabe disso.
— Se ela cismar, não vai ser agora. Diz ela que está apaixonada e não volta pro rio nunca mais. Você sabe que minha mãe faz qualquer coisa por causa de homem então pode relaxar.
— Ainda estou meio cabreira, mas acho que por agora é o melhor a se fazer.
— Com esse bofe todo todo pra cima de você, querendo te ajudar, eu estou achando o máximo e não duvido nada que você consiga uma casa melhor.
— Uma casa, Clara? - Dei risada. - Seria um sonho mesmo.
— Ane, você está grávida mas não está morta.
— Pior que eu nem gastei o dinheiro todo que ele me deu. Guardei dois mil, tanto da primeira, quanto da segunda vez.
Ela me encarou.
— Fica ligada, minha amiga, fica ligada. Homem assim... rodeando a gente, com dinheiro, não pode dispensar, não.
— Clara! Não fala assim também. Ele não é nenhum otário.
— Eu disse que é? não venha pagar de prostituta consciente pra cima de mim, não. Eu te conheço e você é bem pior que eu.
Soltei uma gargalhada.
— Não me faz rir assim, sua doida, qualquer dia eu vou acabar parindo essa criança antes da hora.
Ela riu.
— Você que me faz rir. Engravidou virou santa é? Toma tenência, mulher.
— Não tem nem como eu mentir. Meu passado, meu presente, absolutamente tudo me condena.
Ficamos conversando.
Daqui a pouco vamos para o nosso novo lar resolver algumas coisas.
Kate e Mateo quase levantaram as mãos pro céu pra agradecer, menos duas.
Pretendemos dormir por lá amanhã. Tendo em vista que a gente começa a trabalhar à noite e só termina no outro dia.
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Um Doce Encontro
RomanceUma linda moça, em uma noite de sexta-feira. Uma prostituta ou uma ex prostituta? o fato é que ela trabalha no prostíbulo. Ela, que é tão jovem, se ver perdida novamente e dessa vez sem soluções que possa reverter sua gravidez indesejada. Ele, em u...